sábado, 21 de junho de 2014

Desafio - 7 anos como blogger: as respostas! (parte I)

E assim se passaram 7 anos. É incrível como o tempo passa e nem damos por ele. Sobretudo quando fazemos algo que gostamos, que nos dá prazer.
Um obrigado a todos vocês que fazem parte do meu dia-a-dia blogosférico.
E um obrigado por todas as perguntas que me foram lançadas na sequência deste desafio.
Como ainda são umas quantas questões, todas elas de resposta aberta e que dão pano para mangas, decidi dividir o post em duas partes, porque ficou de facto muito extenso. Esta é a primeira parte. A segunda será publicada às 12h de hoje.
E agora vamos ao que interessa :)

O que já te disseram que nunca esqueces?
Feliz ou infelizmente, eu tenho uma memória prodigiosa :P
Não esqueço o bem (nem o mal...) que me fazem. Não esqueço os bons conselhos. Não esqueço os bons ensinamentos. Não esqueço as lições de vida que me foram transmitidas, sobretudo pelos meus pais. Não esqueço alguns elogios também ahahah :P
No fundo, não esqueço palavras que me marcaram de alguma forma.

O Roger criança, teria orgulho do Roger de hoje?
Sem dúvida. O Roger de hoje é aquilo que o Roger criança queria ser. O Roger adulto é a prova de que o Roger criança soube interiorizar os ensinamentos que lhe foram passados, a educação que lhe foi transmitida, os valores que lhe foram incutidos. Sou o homem em que me queria transformar. Há sempre coisas a moldar, obviamente, todos as temos. Mas, com todos os meus defeitos, acho que sou, cada vez mais, o ser humano que queria ser.

Estás onde querias estar ou ainda tens algum caminho para percorrer para alcançares objectivos a nível pessoal e profissional?
A pergunta mais complicada e que mais dava pano para mangas, podíamos estar horas a falar sobre isto :P
Eu acho que temos sempre caminhos para percorrer. A acomodação é das piores coisas que podemos fazer a nós próprios. E eu não sei viver sem objectivos, sem metas, sem ter algo que me motive a saltar da cama todos os dias.
Estou satisfeito e orgulhoso por aquilo que tem sido o meu percurso na vida. Acho que a palavra que melhor me define é determinação. Eu sou obstinado por natureza e isso faz-me querer sempre ir mais além. O que tenho hoje, é fruto do meu empenho. E, felizmente, tenho atingido as metas a que me proponho, de uma forma geral. Por isso, por um lado sim, vou chegando onde quero.
Por outro lado... A vida tem teimado em pôr-me à prova. Porque me vai afastando daqueles que são os meus objectivos iniciais, levando-me a criar outros. Isso fez com que, por exemplo, entrasse numa área profissional que, apesar de gostar e de me suscitar muito interesse e fascínio, não era o meu sonho. Mas acho que, regra geral, fui sabendo reinventar-me. Por isso, sim, ainda tenho muitos objectivos a alcançar, uns mais realistas e possíveis do que outros. Tirar o curso de jornalismo (mesmo que nunca venha a exercer...). Ser pai. Ter estabilidade emocional. Poder fazer algo na produção musical. E tantas outras coisas... Não sei se vou morrer aos 30, aos 50, aos 70 ou aos 90. Mas sei que, até ao meu último dia de vida, quero e vou sempre ter caminhos para percorrer. Se assim não for, sei que vou estar morto muito antes do meu corpo. Há sempre coisas para aprender, coisas para fazer, e também coisas para ensinar. Tem que haver sempre pelo menos um objectivo.

De que sentes mais falta da tua cidade natal? Sem ser a família. Lugares, etc...
Do ar de Coimbra. Eu sei que isto soa um bocado estúpido, mas é inexplicável. Porque eu tenho realmente amor à cidade que me viu nascer e crescer. Sinto falta também do meu quarto, das minhas coisas, da minha casa. Da comida da minha mãe. Dos petiscos do meu pai. De passear junto ao Mondego. Da noite de Coimbra. Do espírito académico que se respira na cidade. Da Praça da República. Do recinto da Queima e Latada. Da Serenata. Do Cortejo. Do Jardim Botânico. Do Penedo da Saudade. No fundo, sinto falta de tudo. Sou apaixonado pela minha cidade. Pela sua beleza, pela sua história, pelas suas tradições e pela sua gente.

Tens jeito para escrever. Alguma vez sonhaste em escrever um livro ou tens algo na forja?
Não és a primeira pessoa a fazer-me essa pergunta :P
Não, não tenho nem nunca tive essa pretensão. Gosto de escrever, acho que escrevo bem (emprego bem as regras ortográficas - sem acordo! - e gramaticais e escrevo de forma coerente), mas isso não faz de mim um escritor. Nunca me considerarei como tal sequer, considero-me isso sim um comunicador e o blog evoluiu isso em mim. Estes 7 anos de blogosfera tornaram-me melhor com as palavras, tornaram a minha escrita mais fluída. Mas serei sempre apenas um apaixonado por palavras, sem qualquer tipo de pretensão. Para além de que, ok, de vez em quando lá me saem uns textos ficcionais porreiros, mas não é o meu estilo de escrita. E até mesmo essas pequenas ficções têm sempre um fundo de verdade, um fundo de realidade. Acho que nunca escrevi um texto de ficção puro e duro. A minha escrita é mais generalista. Escrevo sobretudo sobre banalidades, ou faço reflexões. É um tipo de escrita que só têm algum interesse num blog :P
Para além de que, confesso, faz-me um bocado de confusão esta tendência de que qualquer pessoa publica um livro, nem que seja de croniquinhas manhosas. Ok, há espaço para tudo no mercado. Mas há diferenças abismais entre ser escritor e ser alguém que até escreve umas coisitas porreiras :P

Se te teletransportasses e viesses a Coimbra HOJE, por uma hora, o que fazias?
Opá, só uma hora não dava para estar nem com um terço das pessoas de quem sinto saudades :P
Complicaste a coisa, hein? :P
Vou dar a resposta mais simples, que pode soar a cliché, mas que é a mais verdadeira: estaria com as pessoas mais importantes da minha vida. Os meus pais, os meus irmãos, os meus sobrinhos. E restante família mais chegada e especial.

Onde e com quem te imaginas daqui a 27 anos... profissional e pessoalmente?
Apesar de ter objectivos, porque é isso que me faz andar para a frente, estou a aprender a viver sem fazer grandes planos. Porque sempre que os fiz, saíram furados. Das duas vezes em que pensei que tinha encontrado "a tal" e havia planos para um futuro a dois, a vida pregou uma rasteira. Quando pensei que ia ser pai, a vida pregou uma rasteira. Quando eu tinha decidido tirar um curso de jornalismo, algo que decidi com 10 ou 11 anos, não foi possível concretizar essa vontade. Por isso até já tenho algum receio de fazer grandes planos a longo prazo.
Mas, respondendo à tua pergunta baseando-me naquilo que são os meus sonhos, daqui a 27 anos (quando tiver 54, portanto), imagino-me a ter a minha família. Casado ou "amantizado" (como diz uma amiga minha lol) com a mulher certa para mim. Com filhotes lindos, bem educados, pessoas bem estruturadas e que cresceram num ambiente de carinho e amor. Com as pessoas importantes da minha vida: pais (como eu gostava que eles vivessem até aos 200 anos!), irmãos, sobrinhos, tios, primos, amigos.
A nível profissional... Espero estar a fazer algo que goste, que me dê prazer, que me estimule intelectualmente. Que seja remunerado de forma justa e que isso permita uma vida digna e confortável dentro do que for possível. E que o meu empenho seja reconhecido. E claro que o conjunto é uma grande utopia, porque vivemos em Portugal e não se adivinham mudanças positivas para os próximos anos. Mas se é para sonhar, então que o sonho seja completo :P

4 comentários:

  1. A aguardar pelas próximas perguntas e respectivas respostas :)
    Tenho curiosidade de conhecer essa Coimbra mais pura, digamos assim. Fui lá no meu comboio de caloiro e em termos de ambiente académico pareceu excelente. E uma grande amiga que do estudar para lá ficou apaixonada...quando veio para cá fazer o mestrado andava tão em baixo que até dava pena.

    Pergunta extra após ter lido estas: o curso de jornalismo fazes questão de tirar na tua cidade, na cidade dos estudantes, ou não importa a faculdade interessa o curso?

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    1. Coimbra é uma cidade que vale a pena conhecer. E não o digo apenas por ser a minha verdadeira casa. Mas é uma cidade cheia de história, de tradições. Tem um ambiente académico ímpar. É uma cidade linda :) tens que tirar um fim-de-semana ou assim e conhecer Coimbra :)

      Respondendo à tua pergunta... Depende... Uma coisa é quando se é adolescente, se tivesse tido oportunidade de ingressar logo no ensino superior teria sido em Coimbra (até porque tinha média para tal, sabia que entrava de certeza). Agora, é diferente, porque depende do factor trabalho, seria sempre a estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Não sei se consigo arranjar trabalho na minha área em Coimbra. Coimbra será sempre a minha casa, quero voltar para Coimbra e é na minha cidade natal que gostava de viver forever and ever. Se isso me for possível, profissionalmente, é em Coimbra que tirarei o meu curso. Coimbra será sempre a minha primeira opção em tudo na minha vida, desde que seja possível :)

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  2. Tenho de confessar que a pergunta sobre Coimbra tinha algum interesse. :p
    Já visitei Coimbra, mas sempre a fugir, logo não vi muito. Por isso ter feito essa pergunta. :)
    Gostei de ler as perguntas e as tuas respostas. :)
    E já tenho um roteiro de Coimbra ;D

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    1. Ah foi uma pergunta de duplo sentido :P
      Até podias ter sido mais directa, porque eu acabei a divagar por outro lado e se calhar não fui assim tão concreto no que querias saber :P
      E vale a pena tirar uns dias e ir conhecer Coimbra ;) pensa nisso ;)

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