sexta-feira, 31 de outubro de 2014

É de borrar a cueca!

Aterrar na Madeira é foda para quem não se sente confortável a andar de avião xD
E mesmo para quem não tem medo, às vezes é de borrar a cueca xD

O vídeo viral de que toda a gente fala:


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ser chefe não é andar à boa vida

Já tinha dito no blog (neste post - clicar para abrir) que tinha sido promovido. E tem sido um desafio constante. E, pegando no post anterior, posso estabelecer aqui uma comparação com conquistar alguém: quanto mais difícil for o desafio, mais saboroso se torna quando as coisas até correm bem.

Tem sido difícil. Muito mais do que pensei, confesso. Julgava-me estar preparado para o que ia enfrentar, mas tem sido muito mais desafiante do que alguma vez pensei. Lidar com pessoas não é fácil. Cada pessoa tem a sua própria sensibilidade, os seus pontos fortes, os seus pontos fracos, ... E gerir equipas é mais complicado do que se pensa. Há que saber jogar com os pontos fortes de cada um em prol do colectivo, por exemplo. Acho que aí tenho uma pequena vantagem dadas algumas características da minha personalidade. O facto de ser muito observador (mesmo quando parece que estou noutro mundo) ajuda-me a perceber determinadas coisas que à primeira vista podem passar despercebidas.

Acho que aquilo que me é mais difícil é ter que agir "à chefe". E entenda-se por isso ter que "repreender", chamar à atenção, chatear-me. Nestes meses, posso dizer que apenas uma mão chega para contar as vezes em que tive que ter atitudes "à chefe". Regra geral, sou um tipo tranquilo. Desde que não abusem :P mas sei lá... Ainda continua a ser estranho ser chefe daqueles que continuo a ver como colegas (e alguns até considero mesmo amigos). E acreditem: trabalhar com amigos às vezes é complicado...

Mas o balanço é, sem dúvida, positivo. Apesar do aumento da responsabilidade, apesar de todos os problemas que estas situações por vezes trazem, apesar de tudo... O balanço é francamente positivo. E sinceramente, orgulho-me de estar a saber lidar com esta nova responsabilidade. Quem me conhece minimamente sabe que eu não sou nada de peneiras nem merdas, e o mesmo se aplica ao trabalho. Quando tenho que me chatear, chateio-me (trabalho é trabalho, conhaque é conhaque!), mas regra geral sou um tipo porreiro e disponível. E aprendi a gerir bem uma coisa: o trabalho fica onde tem de ficar. Se tiver de "agir à chefe" agora, ajo. Se houver problemas para resolver, resolvem-se. Mas ficam resolvidos ali. À hora de saída, vamos beber um caneco e estamos na boa. Ou nem é preciso chegar a tanto: depois do problema estar resolvido, estamos na boa. Não gosto de misturar as cenas, muito menos misturar vida pessoal com trabalho. E acho que me tenho safado bem nesse aspecto.

Desengane-se quem pensa que a vida de chefe é fácil. Não é. Gerir personalidades, egos, sensibilidades, expectativas e afins, exige muito jogo de cintura e um bom-senso descomunal. O meu maior medo era não conseguir ter esse bom-senso, porque às vezes falho na racionalidade. Mas lá está, na vida profissional consigo ser infinitamente mais racional do que na minha vida pessoal. Mas também sou muito perfeccionista e exigente comigo próprio na minha vida profissional, e acho que é isso que me tem feito ir um bocadinho mais longe todos os dias.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Atracção fatal pelo impossível


Recebi isto por e-mail, por parte de uma prima minha, e cujo assunto era "olha nós".

Ainda há poucos dias alguém me perguntou "como é que ainda estás solteiro?". E eu respondi "porque sou estúpido" :P

A verdade é esta: o que é demasiado fácil, aborrece-me... Não sei se é defeito ou não, mas a verdade é que preciso de constante estímulo emocional e intelectual. Caso contrário, desligo. Demorei algum tempo a chegar a esta conclusão. Mas só quando percebi isto é que entendi por que raio fui tão instável emocionalmente durante tanto tempo. Preciso de me sentir desafiado. Gosto de desafios, dão-me pica. Por isso é que nunca fui (com excepção daquele período negro da minha vida, sobre o qual falei há alguns dias) um gajo de engates na noite, de one night stands, de casos. Porque são demasiado fáceis. Não consigo ficar cativado por uma mulher que seja fácil, a quem bastem meia dúzia de palavrinhas bonitas para a ter na minha cama. Até porque, convenhamos, mulher que vai nesse paleio não é mulher que nenhum homem queira ter para a vida. Atenção, não estou a ser machista, nada disso, até porque tenho a mesma visão no sentido inverso: nenhuma mulher devia querer para si um homem a quem baste mostrar-lhe o decote para o ter aos pés.

A minha vida amorosa tem sido uma sucessão de "impossíveis". Precisamente porque é isso que me faz ficar caídinho. Felizmente, já tive a sorte de conseguir conquistar alguns "impossíveis". Mulheres que eu achava que estavam bem longe do meu alcance, pelos mais variados motivos, mas que afinal não eram assim tão impossíveis. E digo-vos, são as conquistas mais saborosas. Para mim, não há nada de saboroso em palavrinhas bonitas, por exemplo. É uma conquista sem sabor! E já agora, um conselho masculino às mulheres deste mundo: deixem-se de gajos que vos cantam a canção do bandido, com muitos "fofinha" e "linda" e "flor" à mistura; assim afastam os gajos mais decentes que olham para vocês. Porque gajos decentes (e sem falsa modéstia incluo-me nesse grupo) não querem para eles uma mulher que só goste de paleio de treta...

Isto tudo para dizer que sim, é por me sentir atraído por complicados e impossíveis que aos 27 anos não saio da cepa torta... É continuar à espera que um dia apareça um impossível que se torne a "the one"...

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Back on stage!

Para além da família e dos amigos (obviamente), tenho 3 grandes amores na minha vida: o Sporting, o surf e a música. Já não são meras paixões, já são verdadeiros amores que fazem parte da minha vida desde sempre (o surf é excepção, apareceu apenas na adolescência). Mas a música desperta em mim algo que nunca conseguirei explicar... É o que mais gosto de fazer, é o que me dá mais gozo, é e sempre foi o meu grande hobbie.

Infelizmente, nos últimos anos, essa paixão foi ficando na gaveta. Quando saí de Coimbra, tive de deixar para trás a banda que tinha há vários anos. E desde então que deixei de me dedicar tanto à música. Ia fazendo umas coisas de vez em quando, mas muito esporadicamente...

Mas, apesar do trabalho não me deixar muito tempo para o lazer, decidi voltar a apostar um pouco mais nesse meu grande amor que é a música. E decidi iniciar um novo projecto. Uma banda de covers de punk-rock/pop-punk, dentro do género de Blink-182, The Offspring, Green Day, por aí... É um projecto que está a começar agora a dar os primeiros passos. É tudo muito recente, mas que nasceu de uma grande vontade de 4 colegas que querem sobretudo divertir-se!

As saudades que eu já tinha de voltar a ter a música bem presente no meu dia-a-dia :D

Rock on :D

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

U€FA 4 - Sporting 3

Há alturas em que parece que todo o universo se alinha a conspirar contra nós.
Esta noite parecia um desses momentos. A noite até começou bem, o Sporting estava a mostrar o que vale e começou a ganhar cedo. Mas depois... Ainda a primeira parte não ia a meio e o Slimani lesiona-se e o Sporting tem de queimar uma substituição. Minutos depois, Maurício vê o segundo amarelo e é expulso - já falamos melhor sobre isso. Na sequência do livre originado pela falta que levou à expulsão, o Schalke empata o jogo, com uma infelicidade do Patrício - pessoalmente, não considero propriamente um frango (o terreno estava enlameado junto à baliza e acabou por atraiçoar o GR). Para compensar a expulsão de um central, tivemos que tirar um dos melhores jogadores em campo, João Mário (que estava a pressionar bem) para voltar a organizar a defesa com a entrada de Sarr.

Começava a adivinhar-se uma noite negra. O Sporting ia jogar durante 1h com 10 jogadores, já tinha queimado duas substituições. Mas ia ficar pior...

Na segunda parte, o Sporting sofre o segundo golo, que é precedido de um fora-de-jogo. Alguns minutos depois, o Schalke marca o terceiro. Tudo estava a correr mal. Aliás, corrijo: nem tudo. Porque o Sporting mostrou uma superação, uma raça e uma crença imbatíveis! Apostou tudo o que tinha, deu tudo por tudo. E acabou por conseguir chegar à igualdade. 3-3! Aguenta coração! Já eu estava numa pilha de nervos, já não conseguia estar sentado, já não conseguia parar quieto! Gritava como se estivesse no estádio! Só conseguia dizer "que coração, que pulmões"! Que equipa! Adrien, então, foi transcendente!

E eis que, nos descontos, aparece mais uma vez aquela mãozinha que adora deitar abaixo as equipas portuguesas. Foi assinalado o penalty mais escandaloso que me lembro! A bola bate na cara de Jonathan Silva, que até fica com a marca na cara. Mas como estava com os braços levantados, o árbitro de baliza dá indicação ao árbitro que é penalty. Quando a situação ocorreu no seu ângulo de visão e TODA A GENTE consegue ver que a bola bateu na cara e não no braço!

O que se passou esta noite na Alemanha foi ES-CAN-DA-LO-SO! O penalty que não o é acabou por ser a face mais visível de uma arbitragem desastrosa. Porque o segundo amarelo ao Maurício não o devia ser. Ok, um jogador amarelado não pode ser tão infantil na abordagem ao lance, mas aquela jogada nunca daria um segundo amarelo! E o segundo golo do Schalke foi precedido de um fora-de-jogo. Concluindo: três erros crassos e escandalosos que prejudicaram o Sporting. Curiosamente, o árbitro era russo... O principal patrocinador do Schalke é a Gazprom... Um dos patrocinadores da competição é a Gazprom... Coincidências?! Um árbitro russo NUNCA deveria ser nomeado para este jogo!

O que se passou hoje foi uma verdadeira pilhagem russa!
Mas estou orgulhoso da minha equipa. O Sporting suou, lutou e só não ganhou (ou, vá, empatou pelo menos) graças a uma arbitragem manhosa! Porque este Sporting, com esta alma e esta ambição, mostrou que em nada é inferior ao Schalke. 11 contra 11 e tenho a certeza absoluta que o resultado teria sido diferente. Mas daqui a 2 semanas, em Alvalade, a vingança vai servir-se num prato tão frio como a Rússia no Inverno!

PS - Aos poucos, hei-de voltar ao activo a 100% na blogosfera. Voltar a ler os vossos blogs, voltar a comentá-los e voltar a ser assíduo aqui no meu tasco. Fica a promessa!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

"Camarão que dorme, a onda leva". Mas agora eu estou bem acordado, já não me leva mais!

Eu não sou estúpido. Mas às vezes faço-me. Só para perceber até onde vai o joguinho de alguém. Só para perceber até onde são capazes de ir. Só para perceber até onde vai a prepotência de acharem que me tomam por parvo. Mas, muitas vezes, as pessoas cometem um erro básico: não percebem quão observador eu sou. Mesmo quando parece que estou absorto nos meus pensamentos, eu vou observando. E considero-me perspicaz e com um bom sexto-sentido.

Como eu disse nos posts anteriores, eu mudei nos últimos anos. Tornei-me mais desconfiado, e isso leva-me a estar sempre alerta. Só que possivelmente há quem ainda não tenha percebido que eu mudei. E pensam que estão a lidar com o mesmo Roger de há uns anos. Aquele Roger que até era facilmente manipulável (admito), porque acreditava sempre nas boas intenções das pessoas. Eu era tapadinho ao ponto de ter sido um verdadeiro boneco nas mãos da minha grande paixão da adolescência (ali entre os 15 e os 17 anos). A Maria desligava-me o telefone na cara consecutivamente, e o tapadinho ligava de volta. A Maria fazia birras de menina mimada, e o tapadinho pedia desculpa mas nem sabia porquê. Depois de acabarmos, a Maria estava sempre a sacudir-me, mas quando ela precisava eu não dizia que não. Quando me via a ficar mais próximo de alguma rapariga, a Maria vinha com o choradinho de "o maior erro que cometi na vida foi acabar contigo" e lá ia o cãozinho atrás...até levar a patada seguinte. Até que aprendi... Na realidade, a Maria foi o primeiro grande abre-olhos da minha vida. E juro-vos, se há coisa que me dá grande gozo é o facto de, depois de mais de 2 anos sem nos falarmos, ela vir pedir batatinhas com um "ai a minha relação está tão mal" e eu não lhe dei o mínimo espaço de manobra.

Mas adiante, que este post não é sobre a Maria... O Roger manipulável e boneco já não existe. Aprendeu com as cabeçadas que deu, com as patadas que levou. Hoje exijo reciprocidade nas acções. Não há nenhuma relação na vida (seja entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, entre namorados, whatever) que possa existir sem reciprocidade. E eu até sou muito (demais...) de dar, de me dar. Mas também gosto de receber. E comigo já não funciona essa coisa de "vai remando aí, que eu remo quando me apetecer". Ou bem que todas as partes remam para o mesmo lado, ou bem que ninguém rema. Não me tomam mais por estúpido!

Eu acho que a minha maior qualidade é ser um bom amigo. Mas há quem se aproveite disso. Há quem só se aproxime quando precisa de colinho. E aí eu sou o melhor amigo do mundo, e gostam muito de mim, e sou das melhores pessoas que conhecem, e agradecem muito por ser um bom ouvinte. Mas quando passa o furacão, puff... Desaparecem. Deixo de saber se estão vivas, se estão bem, se estão assim ou assado. Lamento, comigo não funciona. Não sou amigo de ocasião e não aceito que os outros o sejam comigo. Uma relação de amizade tem que ser alimentada por ambas as partes. Cansei de ser o eterno otário. E não fico onde não me sinto bem-vindo, isso é certo. Lá está, com o passar dos anos tornei-me mais "desligado emocionalmente": se me falham, eu viro bloco de gelo. Deixo de aparecer, deixo de falar, deixo de ligar, deixo de mandar sms. Digo muita vez: enquanto eu falo e discuto, é bom sinal; preocupem-se quando eu já não me der ao trabalho de falar - é sinal que desliguei o botão da emoção. Sinceramente, acho que atingi um ponto em que tenho tolerância zero para falhas. Claro que há falhas e falhas, eu também falho, todos nós falhamos. Somos humanos. Mas há falhas que qualquer pessoa com 2 dedos de testa vê que são inconscientes, e há falhas que são absolutamente pensadas. Cruelmente delineadas.

Herdei o feitio do meu pai. Herdei dele que a honestidade, a lealdade, o carácter, são as coisas mais importantes que alguém pode ter. Não admito deslealdade! O meu pai diz "a quem muito se baixa, o cu se vê". Não me baixo por ninguém. Aos 27 anos, atingi aquele ponto em que só é considerado amigo quem realmente age como tal. Sou cada vez mais exigente comigo e com os outros. Cansei de ser aquele que vira lixo quando já não dá muito jeito ter por perto! Cansei de criancices, vindas de malta com idade (late 20's, early 30's) para ter outra maturidade.

Ao meu lado, só caminha quem vale a pena! Ensinaram-me que cada um aceita o amor/amizade que acha que merece. Eu aprendi a ser exigente!

domingo, 19 de outubro de 2014

A explicação do post anterior... Ou "o Roger a nu num simples post"... (parte II)

(continuação)

Hoje sei quais foram os meus erros. Sei identificá-los e aprendi com eles. Aprendi lições de vida, sempre à minha custa. É curioso como me ria quando um amigo meu costumava dizer "nunca endeuses uma mulher, é meio caminho para ela não ter qualquer pudor em pisar-te". Hoje dou-lhe toda a razão, hoje sei que esse foi um dos erros que cometi: punha aquela miúda num pedestal tal, que no dia em que tudo ruiu, eu não sabia como levantar-me.

Não lhe guardo rancor. É um facto que me magoou muito, é um facto que me desiludiu brutalmente. Mas também é um facto que, para o bem e para o mal, ela mudou a minha vida. E guardo o que é bom de guardar. E, acreditem, houve muita coisa boa para guardar. E é isso que guardo com carinho, todos os momentos bons. As cicatrizes das coisas más também estão cá, mas acredito que ela também as tem... Desiludimo-nos mutuamente, magoámo-nos mutuamente. As coisas acabaram como nenhuma relação tão especial e intensa devia acabar... Por culpa minha... No meio da minha fase "fundo do poço", eu estava tão desorientado que fui o maior otário que possam imaginar. Estava tão cego de revolta, que fui eu que arruinei com qualquer possibilidade de amizade. Disse-lhe coisas horríveis, que não sentia e não pensava, mas que no calor da revolta me saíam disparadas da boca... Fui eu que a afastei com as minhas atitudes... Porque me sentia magoado, traído até... Não compreendia (e isso é algo que ainda hoje não consigo compreender) como é que ela era capaz de dizer que me amava, que ia amar-me sempre, mas que estava a viver naquele instante "pequenos momentos de felicidade com a pessoa com quem estou" (palavras dela, que nunca esqueci). Porque, para mim, o amor é um sentimento absoluto, inteiro. Ou se ama ou não se ama. E quando se ama, não há espaço para surgir mais ninguém...

É por isso que o dia 19 de Outubro de 2007 me vai marcar para sempre. Explicando então o contexto dessa data... Esse foi o dia em que confessei que estava apaixonado por ela. Tinha esse sentimento escondido dentro de mim desde o Verão desse ano... E estava a sufocar-me... Ela era a minha melhor amiga, e namorava há uns 3 ou 4 anos... Ainda hoje não sei dizer quando é que o meu sentimento mudou, quando é que percebi que aquilo não era só amizade... Sei, isso sim, que esse Verão foi complicado. Comecei a vê-la de outra forma, mas ao início tentei desvalorizar, achava que era mera carência... Não era... O sentimento aumentava de dia para dia... Quis o destino que a relação dela começasse a tremer nesse mesmo Verão. Porque as probabilidades de ela entrar para faculdade longe de casa eram enormes e o namorado dela não estava a saber lidar com a situação. E ali estava eu, fazendo das tripas coração, completamente apaixonado mas a ouvi-la, a aconselhá-la, a ser o melhor amigo. Verdadeiramente na friendzone, portanto. Soube depois que foi nessa altura que ela também teve o click. Talvez isso explique as brincadeiras que começaram a existir: "ah e tal dava umas voltinhas contigo", mas sempre com aquele risinho de quem está a brincar. Nenhum de nós estava a brincar, não queríamos é que isso transparecesse. 

E foi naquele dia de Outubro que as coisas mudaram. Que numa conversa que ainda hoje não sei explicar como foi (os nervos daquele dia bloquearam-me a memória lol), ela acabou por perceber que havia algo que eu não lhe estava a contar. E apertou comigo. Aguentei horas a desviar o rumo da conversa - ou a tentar, porque ela era persistente! Para terem noção, a conversa começou a meio da tarde e acabou já bem de noite... Até que eu percebo que não havia como contornar, e acabo por lhe dizer o que sentia e descubro que é mútuo. E foi o início de tudo. Ela resolveu a vida dela, porque ainda tinha uma relação para terminar - e juro-vos, aqueles dias de espera (porque ela só ia a casa no fim-de-semana seguinte) foram uma tortura. Porque tanto ela como eu tínhamos noção que o ex dela merecia o total respeito. E só nos permitimos viver o que sentíamos no dia em que ela terminou a relação.

Foram 2 anos únicos. Apesar da desilusão e da mágoa no final, a verdade é que deep down inside sei que tinha ali uma grande mulher. Lá está, não me esqueço das coisas boas... Não me esqueço do apoio incondicional que ela me deu quando tive que vir para longe de tudo e todos, foi a minha grande força. Não me esqueço de tudo o que vivemos de bom. Não me esqueço de tudo o que aprendi com ela. Há quem me diga "ah e tal ainda há aí história" - há quem diga o mesmo da Carolina. Não, não há história nenhuma. Apenas há o carinho que fica das coisas boas. E mesmo com as coisas más eu cresci. O meu "fundo do poço" foi uma merda, que foi, mas fez-me crescer e amadurecer. Deu-me muitas lições para a vida.

O dia 19 de Outubro de 2007 trouxe-me muita coisa. Muita coisa boa e muita coisa má. Fez-me conhecer o meu melhor lado, mas também o meu pior. Fiz muito mal a mim próprio e fiz sofrer quem me rodeia e gosta de mim. Tornei-me mais desconfiado. Mais "desligado emocionalmente", no sentido em que quando me desiludem eu viro bloco de gelo. Tornei-me mais inseguro, menos confiante. Mas também me tornei mais adulto, mais capaz de enfrentar os problemas (percebi que fugir deles é algo que é sempre apenas momentâneo, mais tarde ou mais cedo eles aparecem de novo). Já não sou o mesmo Roger de 2007. A essência é a mesma, sim. Os valores, os ideais, os princípios... Mas sou menos ingénuo, menos dado, mais exigente (comigo e com os outros)... Por isso é que este dia me mudou irreversivelmente... E se durante 2 anos este foi um assunto que eu sempre evitei, chegou a altura de me reconciliar com essa parte do meu passado. E foi por isso que decidi escrever este post no blog. Hoje, aqui e agora, exorcizo os meus fantasmas...

A explicação do post anterior... Ou "o Roger a nu num simples post"... (parte I)

Quando digo que o dia 19 de Outubro de 2007 mudou a minha vida, é uma grande verdade. Como já perceberam pelo post anterior, tem a ver com uma pessoa que fez parte da minha vida.

Foi a partir desse dia que percebi que muita coisa que eu dava como certa, não era tão certa assim. Foi a partir daquele dia que percebi que os amores assolapados do passado eram afinal meras paixonetas, porque o amor só o descobri ali. Foi a partir daquele dia que percebi o que realmente gosto, quero e preciso numa mulher: companheirismo, cumplicidade, saber que mesmo no dia mais merdoso há sempre alguém que nos estende a mão. Foi a partir daquele dia que descobri o meu melhor lado, o que de melhor tenho, o que melhor sei fazer: amar, cuidar, proteger, mimar.

Mas nem tudo o que esse dia me trouxe foi bom... Enquanto durou, foi (a par de já ter estado perto de ser pai) a melhor coisa que me aconteceu na vida. Mas quando acabou, acabou mal, e destruiu-me enquanto pessoa. Por isso é que me mudou irremediavelmente... Quando falo da minha fase "fundo do poço", quem não me conhecia nessa altura não faz puto de ideia do que falo... E provavelmente desvaloriza... E é por ter aprendido com o passado que vou falar dele agora, pela primeira vez no blog...

O fim dessa relação coincidiu com a doença do meu afilhado e o seu falecimento... E foi tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, que foi too much to handle... E tornei-me uma sombra de mim próprio. Deixei-me levar por merdas que não devia. Apanhava bebedeiras quase diárias... E, pior que isso, a droga passou a constar na minha vida... Nunca tinha tocado numa ganza que fosse (e nunca mais toquei desde então), mas naquela altura estava tão perdido, que estar bêbedo e pedrado era a única forma de sair daquele mundo de dor e mágoa... Fui um fraco, eu sei... Quis fugir da vida, da realidade... Não queria encarar a dureza da vida, e fui um cobarde. Um cobarde que se deixou levar por merdas que anestesiam momentaneamente, mas quando deixamos de estar alterados os problemas continuam lá.

No meio de tanta merda, aliada a um coração fraco, fiquei a conhecer a vida hospitalar mais vezes do que seria desejável... Mas na altura, eu estava tão perdido que tudo isso me era irrelevante... Cheguei a misturar tanta merda, de forma consciente e propositada, que é uma sorte eu estar aqui hoje.

Felizmente, tive pessoas do meu lado que rapidamente me fizeram perceber o caminho destrutivo que eu estava a seguir. Esta "vida loka" durou aproximadamente 2 meses... Mas o fundo do poço ainda era o meu habitat natural... Afoguei-me propositadamente em trabalho, dispensava folgas para não ter de lidar com os meus problemas. Jurava nunca mais me apaixonar. Os momentos de carência eram resolvidos com umas curtes sem importância, merdas de uma noite, sem qualquer sentimento (porque como diz um grande amigo meu "o sentimento atrapalha a relação" lol). Aconteciam apenas pela necessidade de me sentir desejado, de querer ter o ego insuflado. Tinha o orgulho ferido porque a mulher que amava e com quem tinha namorado durante 2 anos, 1 mês depois de acabarmos já tinha outro namorado...

Esta fase "fundo do poço" existiu entre Fevereiro de 2010 e Março de 2012. Foram 2 anos de pura estupidez. Fui um puto, um cobarde, um fraco. Não me orgulho da grande maioria das coisas que fiz nesse período. Envergonho-me até. Por isso é que evito falar nisso. Porque me envergonha, porque me desilude a mim próprio e provavelmente desilude muita gente também. Foi por vergonha que só contei isto à minha última namorada já bem perto do final da relação... Porque acredito que deve ser uma desilusão do carago acharem-me forte por tudo o que já passei, e no final descobrirem que sou um fraco...

(continua)

sábado, 18 de outubro de 2014

"Um dia conheci uma pessoa"

Há umas semanas atrás, respondi a um desafio que me foi proposto (post aqui - clicar para abrir).
Uma das perguntas era: "Se pudesses reviver um dia da tua vida (sem lhe alterar coisa alguma), qual seria?". Respondi dois dias. O dia em que soube que ia ser pai; e um dia que me mudou irremediavelmente por vários motivos (19.10.07).

Através do texto que vou colocar de seguida, terão uma ideia do porquê deste dia me ter ficado marcado. Ou pelo menos, conseguirão perceber mais ou menos com que está relacionado. Mas amanhã explicarei então o contexto da situação, como é que este dia me mudou em todos os sentidos (a forma de encarar o mundo, a forma como encaro as relações amorosas, etc).

Texto escrito pela C. S. (copy/paste integral), sendo eu o destinatário, datado de 17.02.08 e cujo título é o mesmo deste post.

"Um dia conheci uma pessoa….daquelas que nos marcam sem querer. Uma pessoa daquelas que nos agarram só por serem aquilo que são. Conheci-o sem querer…por acaso….ou talvez não. E com o tempo fui aprendendo a gostar dele…e ele de mim.
 
Passou algum tempo, tornámo-nos cúmplices, confidentes, melhores amigos. Ele ouvia-me chorar e ouvia-me rir. E eu fazia o mesmo com ele. Estava lá…dava-lhe a mão quando ele queria atirar-se para o chão e desistir…e não deixava. Não deixava que ele desistisse de nada, tal como ele fazia comigo. Puxava-o para cima e fazia-o viver todos os dias mais um bocadinho. Enfrentar aquilo que o magoava e faze-lo ser mais forte! E ele conseguia…devagarinho dava mais um passo todos os dias. Com a minha ajuda e com a ajuda de todas aquelas pessoas que são importantes para ele. Elas também lá estavam, também eram importantes. 


No entanto, entre nós era tudo diferente. Era tudo novo, forte, intenso. Sem querer escrevemos uma história de cumplicidade muito bonita, que aos nossos olhos era apenas uma história de uma amizade que nasceu por força do acaso.
Mal sabíamos nós o que se ia passar a seguir.

Todos os dias falávamos, todos os dias tínhamos alguma coisa para contar um ao outro. Fosse bom ou fosse mau partilhávamos quase tudo. Não tínhamos medo de confiar…e ao mesmo tempo que era uma confiança estranha….era boa, muito boa. Falávamos de nós muitas vezes, da amizade especial que nos unia. Escrevemos coisas um ao outro, dissemos coisas um ao outro. Chorámos quando nos afastámos, chorámos quando tivemos sem poder falar todos os dias… E era tudo tão estranho para nós…e ao mesmo tempo tão bom. Não se podia explicar…mesmo que tentássemos ninguém ia compreender…porque era mágico. Era só nosso. Apenas podíamos sentir e viver aquela historia lado a lado todos os dias.

A verdade é que sempre foi diferente… sempre foi especial, demasiado especial para ser um acaso.
Ele estava lá sempre. Não havia dia em que não me viesse á cabeça por esta ou aquela razão. Quando me ligava o sorriso com que eu ficava era estranhamente delicioso. Quando ouvia a voz dele a sensação de paz com que ficava era qualquer coisa que ainda hoje não sei explicar… ou se calhar sei, como tu também sabes.

Hoje faz tudo tanto sentido…os sorrisos, as lágrimas, o aperto no coração. As conversas até ás tantas. As vezes em que falávamos das conversas no sofá…
Faz sentido…agora faz sentido. Fazem sentido as reacções estranhas (sabes do que estou a falar). Fazem sentido os comentários que ouvíamos este tempo todo.

Aquela amizade especial que não se explicava começava a ser mais que isso. De repente demos por nós e era tão mais do que isso. Mas o medo era tão grande. O medo de que do outro lado o sentimento não fosse o mesmo (o que nas nossas cabeças era o mais provável). O medo de contar porque podíamos pôr a amizade em risco. 


Também tive medo…tive medo de arriscar, tive medo de te contar tudo. Tive medo que fugisses por não saber lidar com isto. Uma vez escrevi uma mensagem em que te contava tudo. Tudo o que sentia, as sensações que me causavas sem saberes, mas depois não tive coragem de arriscar e pôr em risco tudo aquilo que tínhamos construído. Mas tu contaste…tu disseste que estavas apaixonado. E de cada vez que me lembro da sensação de felicidade que senti naquele momento, solto aquele sorriso genuíno que soltei quando li aquela mensagem. A mensagem que mudou as nossas vidas.

Porque de repente a minha vida deu uma volta de 180º. Ficou virada ao contrário. Tudo aquilo que antes era tão certo passou a ser só algo que eu já quis mas que agora já não faz sentido.
Agora fazia sentido arriscar, fazia sentido largar tudo e escrever uma nova história ao teu lado…que na realidade não era tão nova assim. Era apenas a continuação daquilo que já estava escrito. Era apenas o assumir de qualquer coisa que vinha crescendo com o tempo.

Hoje estamos juntos. Os amigos que se tornaram gémeos…hoje em dia são parte integrante do mesmo ser. Um ser que se equilibra com as forças dos dois. Um ser mais forte, capaz de tudo para se manter de pé!
Hoje somos um só. De mãos dadas, lado a lado."

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Há perdas que sinto como minhas...

Esta segunda-feira foi um dia particularmente difícil. Soube de uma perda, que sinto como se também fosse minha...

Neste post (clicar para abrir), já tinha falado aqui que o pai da Carolina estava com graves problemas de saúde. Infelizmente acabou por falecer. Embora nunca o tenha sido efectivamente, durante aquele tempo foi sempre alguém que vi como sogro. A relação não deu certo, mas ficou um enorme carinho pela Carol, que é transversal à sua família. Não tenho nem um dedo a apontar a ninguém da família. Sempre me trataram com enorme respeito e carinho, mesmo numa determinada altura em que me portei menos bem - acho que perceberam que era fruto da imaturidade, própria do final da adolescência / início da idade adulta.

Sempre disse que tanto a minha família como a família da Carolina foram as nossas âncoras naqueles momentos difíceis. Se não tivéssemos o apoio das nossas famílias, não sei se teríamos sido capazes de lidar com tudo aquilo: sermos pais tão novos, perdermos um filho, etc. Foram momentos muito complicados, mas nunca nos sentimos desamparados, precisamente porque tínhamos quem nos desse a mão.

Por tudo o que passámos, é absolutamente impossível deixar de existir ligação àquela família. A Carolina continua a ser uma das pessoas que mais adoro e mais estimo, será sempre a "minha" Carol! Para todos os efeitos, será sempre a mãe do meu primeiro filho, mesmo que esse filho nunca tenha chegado a nascer... Ficou, para a vida, um laço que nunca será destruído. E esse laço existe também para com a sua família: afinal seria a família materna do meu filho...

Um grande beijinho para toda a família e muita força. Nunca sei o que dizer nestas alturas, mas têm o meu eterno respeito e carinho. Sou-vos muito grato pela forma como me acolheram na vossa família, sou-vos muito grato por tudo o que fizeram por mim. E têm em mim alguém que vos vai acarinhar para sempre!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Injustiças e mágoas

Há coisas que me tiram do sério. Injustiça é uma delas. E como tal, odeio quando sinto que, em algum momento, por algum motivo, fui injusto com alguém. Porque sei o que é sentir na pele uma injustiça. Sei o que é uma situação mal interpretada, sei o que é tentarmos fazer a nossa "defesa" e parecer que só estamos a fazer mais borrada, sei o que é termos um dedo apontado sem que haja motivos reais para isso. E, assim sendo, da mesma forma que odeio sentir-me injustiçado, também odeio ser injusto com alguém.

Mas nada na vida é linear. Porque todos nós vivemos a nossa vida à luz dos nossos valores e princípios. E eu sei que tenho um enorme defeito: esperar que os outros sejam comigo o que eu sou com eles. Às vezes esqueço-me que nem toda a gente se rege pelos mesmos valores e convicções que eu. Porque tenho os meus valores muito vincados e não consigo sair deles. E acabo por esperar que, em determinada situação, as pessoas ajam comigo como eu agiria com elas se as posições se invertessem. Se calhar eu é que sou injusto aqui. Se calhar eu é que sou um banana, por exigir reciprocidade na acções: por querer que os outros sejam tão sinceros comigo como eu sou com eles, por querer que os outros sejam tão frontais comigo como eu sou com eles, por querer que os outros não tenham medo de me olhar nos olhos como eu não tenho medo de os olhar a eles. Tenho noção que, em algumas situações, as pessoas fazem isso para não me magoar - porque acham que agindo de determinada forma, estão a fazer o mais correcto. Só que, guess what, quem se lixa é sempre o mexilhão. Porque sinto que as pessoas não estão agir comigo como eu agiria com elas. E acabo por me magoar.

Se calhar tenho expectativas demasiado elevadas. Se calhar sou o eterno crente. Se calhar sou ingénuo. Se calhar crio imagens mentais sobre as pessoas, que depois não correspondem à realidade. Mas não suporto faltas de transparência para comigo. Não suporto que me enrolem, que fujam à verdade, que não sejam capazes de me olhar nos olhos e dizer-me o que REALMENTE querem dizer. Não consigo perdoar que as pessoas possam ser dissimuladas só para evitar o confronto, só para evitar encarar-me.

Tenho vindo a tentar corrigir-me. Tentar raciocinar antes de julgar. Tentar perceber que em determinada situação a pessoa pode não ter agido por mal e simplesmente ter feito o que julgava correcto à luz das suas convicções. E por isso dou o benefício da dúvida - até porque dias maus todos temos e aí estamos altamente propensos a momentos e acções menos felizes. Dou o benefício da dúvida uma vez, duas vezes, três vezes... Mas depois o sangue começa a fervilhar...

Isto tudo para desabafar que, tendo em conta alguns acontecimentos, neste momento posso estar a ser muito injusto para com alguém tendo em conta os pensamentos que me cruzam o cérebro. E serei o primeiro a pedir desculpa se de facto estiver a sê-lo. Mas também é um facto que esses pensamentos só me vagueiam na cabeça porque não estou a sentir transparência. Eu não sou um pedaço de merda que anda aqui, para que as atitudes mudem conforme a lua. Quando alguém tem um problema comigo, é comigo que deve falar, ponto! Sentir empatia e respeito por alguém não é só dizer "gosto muito de ti" ou "és impecável" ou "obrigado por me ouvires". Palavras, leva-as o vento! O respeito e o gostar vêem-se nas atitudes, nas acções, na transparência, na honestidade! Palavras são só palavras quando não são acompanhadas de gestos que o comprovem! Eu quando estou bêbedo também gosto muito de toda a gente, até já abracei pessoas que não conhecia de lado nenhum! Palavras voam com o vento! Claro que dizer que se gosta é importante, mas tem de ser acompanhado de acções! Isso de dizer que se gosta, para mim vale zero quando as atitudes não coincidem!

No meio disto tudo, provavelmente eu sou é um grande banana... Porque não consigo ver ninguém mal, a chorar, a sofrer. Dou o meu ombro a quem precisa. Dou colinho e mimos quando vejo alguém quase a bater no fundo - porque sei que, quando se está no fundo, um colo reconfortante ajuda a melhorar o dia. Até ao dia em que passo a ser um lixo que anda para aqui. A culpa é minha: a desilusão só existe porque havia uma ilusão. Pelos vistos, há 4 anos atrás ainda não me fechei o suficiente, ainda não tranquei a minha concha como deve ser. Há 4 anos atrás, levei um balde de água fria de todo o tamanho por parte de alguém que eu punha num pedestal (esse é que foi o erro, eu sei), por quem dava a minha vida! O choque térmico foi tão grande que eu fiquei em coma emocional durante mais tempo do que seria recomendável. E esse choque retraiu-me: decidi fechar-me na minha concha, não deixar que NINGUÉM voltasse a saber onde me atingir. Pelos vistos ainda não fechei a concha suficientemente bem, as pessoas continuam a saber exactamente onde me conseguem atingir... Sabem exactamente em que teclas devem tocar para me tirar do sério.

Às vezes sinto-me usado, por pessoas que se lembram que eu existo quando precisam de colo, mas que depois viram as costas com uma facilidade do carago...

Nos últimos 7 anos, estas palavras (clicar para abrir) que um dia alguém me dirigiu eram vistas como uma lição de vida para mim. Não queria destruir o que tenho de melhor só porque estava magoado. Mas sinceramente? Estou a começar a revoltar-me comigo próprio por ser tão banana...

(O blog continua em stand-by, eu é que precisei de extravasar um bocado... Quando o sangue fervilha, vai tudo a eito...)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Não esperes a felicidade

Não sou dado às redes sociais. Não tenho Facebook nem Twitter nem Google+ nem semelhantes. Em tempos muito distantes (10 anos?) cheguei a ter Hi5, mas depressa me fartei daquilo e apaguei conta.

Nunca cedi à pressão de ter Facebook, nem naquela altura em que era uma febre generalizada. Nem sequer quando muitas das pessoas que conheço começaram a deixar de usar o MSN e passaram a usar o chat do Facebook - comecei a dar (ainda) mais uso às SMS, uma vez que são gratuitas para 90% das pessoas com quem mais falo.

Mas recentemente houve algo que me fez hesitar, pela primeira vez, em ter conta no Facebook. Mostraram-me a página de um escritor e a verdade é que fiquei colado às palavras que fui lendo. Porque me identifiquei com umas quantas. Ao ler alguns textos, parecia que estava a recordar determinados momentos da minha vida.

Continuo sem ter Facebook. Mas só porque entretanto há quem me vá mostrando estes textos, que vou passar a partilhar aqui. Enquanto o blog continua em stand-by devido à minha actual incapacidade de escrita, vou usando as palavras dos outros para não deixar o tasco completamente ao abandono...

"O amor é a droga natural com maior número de viciados no mundo. E é lícita.
Deixas-te viciar, sentes-te bem, vais entrando, pensando que dominas a situação, que a controlas. Todos os dias queres mais amor do que quiseste no dia anterior, vais aumentando a tua dependência acrescentando cargas de amor cada vez maiores, deixas-te envolver, porque só assim te sentes bem, e depois, quando acaba, sentes tremuras da sua ausência, sentes securas na tua felicidade, e vêm os rios de tristeza. E quando chega esse dia, se não tens nada de bom na tua vida, se não há nada na tua vida a que te possas agarrar, afogas-te em angústias, ficas num gigantesco mar de afogos - à deriva. Passas a ser um corpo que alguém largou, à espera da tristeza, e só por sorte alguém (um dia) te irá resgatar.
És tu que tens de acertar a tua vida, a tua felicidade, de lhe dar força - porque se um amor acaba outro irá começar. És tu - e só tu - que tens de descobrir as tuas coisas boas, e se não as tiveres, porque se esconderam naquele momento, não fiques parado, constrói as coisas boas da vida; constrói o teu amor...sê um inventor; o maior inventor do mundo, descobre felicidade onde os outros só vêem tristeza; descobre sorrisos onde todos só descortinam lágrimas. Sê o maior inventor do teu amor, sê o inventor das tuas coisas boas, e sê feliz; é essencial não esqueceres de ser o maior feliz do mundo;
Inventa a felicidade, não esperes a felicidade."

Por: Carlos Marcelino

sábado, 4 de outubro de 2014

"Decidi que não queria viver lado a lado com a mentira"

"E quem atira pedras
Com elas vai ter que levar
Não sou vítima
Carrego os pesos que quero
Pago caro o preço de hoje em dia querer ser sincero
Mea culpa, devia disfarçar
Devia fingir, devia sorrir
Dizer o que todos querem ouvir
Mas preciso de sentir que acredito no que faço
Isso não passa por mentir para conseguir mais um abraço
(...)
Atrás das costas
Apercebo-me de que muito é dito
É muito pouco bonito mas banal para quem é pouco digno
Este acto e outros semelhantes às vezes em simultâneo
Só me inspiram ainda mais a ser ainda mais humano
(...)
Sincero com o que faço
Concentrado a fundo
Em deixar uma marca positiva
Da minha passagem pelo mundo" 


Os anos vão passando, e de todas as músicas que conheço, nunca encontrei uma que se colasse tanto a mim como esta. Pelo amor à música, pela forma como vejo o mundo, pelo facto de não saber lidar com hipocrisia e falsidade.

As pessoas dizem que querem a verdade. Querem, o caralho! A maioria das pessoas não sabe lidar com a verdade. Porque a verdade às vezes custa, às vezes dói, mas há algo que faz sempre: faz pensar! E pensar dá muito trabalho, implica reflectir sobre nós e sobre o mundo, implica sair da zona de conforto. E ninguém se quer dar a esse trabalho. E as pessoas acabam por não saber lidar com a verdade. Mesmo que consigam ler a verdade nos nossos olhos, estão sempre à espera que a nossa boca minta. Que dela só saiam as palavras que querem ouvir. Querem que tu finjas que pensas aquilo que não pensas (ou vice-versa), querem que tu finjas que sentes aquilo que não sentes (ou vice-versa), querem opiniões apenas se fores de encontro ao que elas querem ouvir. Não querem debater ideias nem situações, e quando são confrontadas com a tal verdade, fogem. Porque quando não se sabe lidar com algo, foge-se. E passa-se a vida numa fuga desenfreada, porque não há coragem para se encarar coisas diferentes, pessoas diferentes, opiniões diferentes, sentimentos diferentes, valores diferentes.

As pessoas preferem viver num mundo de faz-de-conta, porque a verdade é aquele bicho-papão que dói. Não é por acaso que conheço muita gente que diz que, se fosse traído, preferia não saber. Ignorance is bliss, é o lema dessas pessoas. Lamento, o meu não é. Porque tenho o direito de decidir de que pessoas me quero rodear, direito do qual as pessoas que seguem essa máxima abdicam porque preferem viver uma vida de aparências, de sorrisos amarelos e olhares tristes.

De mim, quem me rodeia pode esperar apenas a verdade. A verdade nas opiniões, a verdade nos sentimentos, a verdade nos pensamentos, a verdade nas acções. Não sei ser de outra forma. Se a verdade é too much to handle, então vocês têm um problema, não eu... Não me peçam para mudar. Lamento se não me encaixo nos vossos padrões de hipocrisia. Como diz outra música, "eu sou a merda que vês, ao menos sabes quem sou, e sabes que tudo aquilo que tenho é tudo aquilo que eu te dou". A mesma música diz "por mais crua e difícil que seja, venha a verdade". Estes sim são os meus lemas.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Suspiro do Mês #13

O blog está em stand-by, mas isso não significa que as rubricas fiquem arrumadas a um canto (até porque este post já estava nos rascunhos há cerca de 2 semanas!).

Para este mês, escolhi uma actriz de 34 anos, mais conhecida pelos seus papéis no filme "(500) Days of Summer" e na série "New Girl". Mais do que bonita, acho-a irresistivelmente "fofinha". Ela é...

Zooey Deschanel









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