terça-feira, 27 de outubro de 2015

Um até sempre (*)

Por muito que gostasse de continuar por aqui, a verdade é que nos últimos dias percebi que, de facto, isto deixou de me fazer sentido. Depois de 2 meses de ausência, quis retomar, mas percebi que já não pertenço aqui. Já não tenho vontade de vir mandar umas bacoradas aqui para o tasco, já não tenho vontade de ler blogs, e bloggar deixou de ser um hobbie e um hábito (quase todas as noites vinha aqui, e agora é algo que não me apetece de todo). Não deixarei de escrever, pelo menos nunca durante muito tempo, porque escrever, isso sim, faz parte de mim e da minha vida. Mas essa escrita será porventura mais pessoal e menos partilhada seja com quem for.

Nas últimas duas semanas, tentei voltar. Mas não consegui. Porque já não é fluido, porque já não é natural. E porque eu próprio mudei nos últimos tempos... Ter perdido o meu pai no início do ano mudou-me, perdi uma grande parte de mim... E eu próprio já não me identifico com este blog, com muito do que já aqui escrevi, com muito do que já fui, com muito do que já sonhei. Mas, acima de tudo, acho que já não consigo partilhar o que sou, o que penso e o que sinto com a mesma leveza de outrora.

Gostei muito destes 8 anos por aqui, gostei muito das pessoas que conheci (e o meu e-mail continuará à disposição), mas o Roger El Blogger fica por aqui. Definitivamente. 2007-2015. The end.

Beijo/abraço,
Roger

(*) Like I said, o endereço de e-mail ali à esquerda continuará disponível, até porque não queria perder contacto com as pessoas fantásticas que conheci aqui.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Mudar é necessário...

Nunca fui de me dar pela metade - quando gosto, gosto; quando não gosto, não gosto. Sempre levei tudo muito intensamente, sem meios termos. Há quem considere isso uma coisa boa. Há quem considere isso uma coisa má. E eu considero....... Bah, a minha consideração depende dos dias. Ou, neste caso, das fases. Neste momento, estou numa fase em que considero baixo as defesas cedo demais. Já fui mais assim, é certo. Depois em 2010 levei um abanão que me fez perceber que as defesas são necessárias. Só que, aos poucos, a carapaça amoleceu novamente. E agora vejo que foi um erro.

Hoje constato que me exponho demais. E, mais que isso, cedo demais. Quando sinto empatia, deixo-me levar em demasia por esse sentimento e baixo as defesas mais depressa do que deveria.

Mas é com os erros que se aprende. E essa percepção vai ajudar-me a ser mais forte, certamente.

Sem expectativas, sem ilusões, sem esperar muito de ninguém. The new me.

PS - Ainda não considero estar de volta... Mais uma vez, vim só aqui ao tasco beber um copo e ver as vistas ;)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Será que estou de volta?

Não sei, honestamente. Mas decidi passar por aqui, para ver se tinha voltado a fazer sentido.

Durante estes últimos 2 meses, não escrevi. Nada, rigorosamente nada. Na maior parte das vezes, porque me sentia bloqueado. Nas restantes, porque sabia que, ao escrever, a tendência seria para verbalizar coisas que eu só queria esquecer. E portanto foram 2 meses de ausência total, deste blog, dos vossos blogs, e de qualquer escrita.

Mas a verdade é que sinto umas saudades do carago. A blogosfera é viciante. Marcante, até. A blogosfera trouxe-me muita coisa boa, muita coisa menos boa, e muita coisa boa que depois se tornou menos boa. E a pausa tornou-se necessária. 

Até porque, nos últimos meses, eu mudei... Não digo que seja para melhor, porque provavelmente não será... Mas senti necessidade de passar a jogar mais à defesa... Ando em modo "fuga para a frente", porque não quero ter expectativas em relação a ninguém. Percebi que só saio magoado quando permito que me atinjam, quando permito que me conheçam, quando me permito baixar as defesas. Então decidi não as baixar... De certa forma, estou de volta a 2010/2011, mas sem a carga dramática da altura - apenas com a convicção que ser distante é a defesa que preciso neste momento... Percebi que as pessoas só me atingem se eu as deixar saber como me podem atingir. E percebi que era urgente interiorizar isso, para me permitir ser feliz no dia-a-dia, com as pequenas coisas do quotidiano.

Como eu disse a alguém há alguns dias, numa determinada circunstância, "estou emocionalmente indisponível". E basicamente é isso. Não estou disponível neste momento para grandes afectos, seja em relações ou até mesmo amizades de grande cumplicidade (excepto, claro, as que já existem - não virei propriamente parvo e frio). Não me sinto capaz de me dar a conhecer. E, por isso, a continuar na blogosfera, é possível que o meu registo de escrita seja diferente - inclusive estou a pensar se hei-de começar do zero, com outro blog...

Seja como for, ainda é prematuro dizer que estou de volta. Digamos que, por enquanto, vim só ver as vistas e beber um copo (e pagar um copo a quem ainda possa passar por cá :P). O resto? Logo se vê. Mas hoje decidi ceder à vontade de escrever - coisa que evitei conscientemente nos últimos 2 meses.
Real Time Web Analytics