domingo, 28 de setembro de 2014

"Se achas triste ver-me chorar, não queiras ver como estou por dentro" *

Esta noite, a malta cá de casa foi toda sair. Fiquei eu, por opção. Porque não me apetece ir para os copos, porque não me apetece estar na multidão, porque me apetece libertar todo este mal-estar que tenho cá dentro. Chorar alivia, dizem. Já nem sei se alivia, mas a verdade é que já tinha demasiadas coisas cá dentro que precisavam de ser libertadas...

Sinto-me virado do avesso. Sinto que a vida me encostou à parede e teima em dizer "achas-te forte? então prova a tua força, badameco, vamos medir forças".

Hoje vou confessar algo neste blog... Sempre quis ter a vida "controlada". Porque sou obstinado e pensei que a minha persistência me iria levar aos objectivos pretendidos. Mas a vida não se faz só de persistência... Diz-se que se paga pela língua, ou que pela boca morre o peixe... Ora nem mais... Sempre achei que seria pai até aos 25 anos - tenho 27 e nem estou perto disso sequer. Sempre achei que a minha saída de Coimbra seria uma fase transitória - já lá vão quase 7 anos e voltar está fodido... Sempre quis seguir jornalismo - o curso superior é um objectivo que está na gaveta, e o jornalismo enquanto profissão é cada vez mais uma miragem... Sempre quis estar ligado à música - ao sair de Coimbra tive que deixar a banda, e há mais de 4 anos que deixei de compor... Enfim, basicamente levo uma vida de reinvenções: tenho que estar sempre a reinventar-me, a reinventar os meus objectivos, a redefinir o caminho... E às vezes sinto-me cansado... Cansado de estar sempre a mudar a rota...

Tenho a vida feita num 8 e neste momento não sei como desatar tantos nós... Odeio ter que verbalizar isto (porque dói constatar a realidade, e porque odeio expor fragilidades), mas sinto-me um falhado.

E sendo absolutamente sincero, tenho vontade de fazer uma pausa no blog. Porque não consigo escrever aqui tudo o que precisava de escrever. Apesar de gostar de ser lido por vocês, apesar de gostar dos laços que criei aqui... A verdade é que há coisas que eram muito mais fáceis de escrever quando o meu blog não era lido, seguido e comentado por ninguém...  Se eu vos meter aqui prints do tempo em que o meu antigo blog não era lido por ninguém, vocês provavelmente iam ficar espantados com as coisas que eu escrevia... Porque sentia essa liberdade, de poder gritar e praguejar à vontade, de mandar foder o mundo se me apetecesse... E agora, não minto, há dias em que me sinto preso, inibido... Há dias em que precisava de chegar aqui e dizer "puta que pariu isto tudo" (sim, Xi e Suri, sou asneirento e digo mais palavrões do que devia...). 

Não há muito tempo, houve uma pessoa que me disse "cria outro blog, de forma anónima, e usa esse blog para escreveres o que não consegues escrever no outro". Na altura hesitei... Porque sou muito expressivo: com os olhos, com os gestos, e também com as palavras... Acho que a minha maneira de escrever é muito eu (e já houve quem o dissesse também, já houve quem chegasse aqui ao blog e me dissesse "és tu, sem tirar nem pôr"). E por isso, na altura, não considerei essa ideia. Com receio, confesso, de facilmente ser descoberto e associado ao Roger do (Des)Construções da Mente. Mas a verdade é que essa ideia ficou às voltas cá dentro... Não sei se serei capaz de a pôr em prática, não sei se criar outro blog, anónimo, é a melhor maneira de conseguir verbalizar o que preciso. O que sei é que, neste momento, este blog deixou de ser o meu espaço de desabafo. Não consigo ter a liberdade de escrita que preciso para mandar as minhas postas de pescada, não consigo sentir-me à vontade para falar sobre o medo que sinto de um exame que a minha mãe vai fazer dentro de poucos dias, não consigo sentir-me à vontade para libertar a frustração que me causa não conseguir voltar para casa, não consigo sentir-me à vontade para escrever o que mais preciso... E eu sempre disse que o blog tem um prazo de validade: existe enquanto fizer sentido como local de desabafo.

Não é um ponto final. É apenas uma vírgula, uma pausa. Porque me cansei de posts "sem sentido" e desinspirados, que não espelham na totalidade o que me vai cá dentro. Ainda ontem deixei em rascunho um post estúpido sobre jogos, sobre a minha indecisão de comprar o GTA V ou o FM15. Que interesse é que isso tem? Nenhum, eu sei. É como o post do Rodolfo, a rena de nariz encarnado. Lá está, sinto-me a escrever "porque sim"...

Às vezes é preciso parar para pensar... E todos nós precisamos de pausas de vez em quanto. Esta é a minha pausa. Sem ponto final - porque a blogosfera faz-me falta, porque vocês fazem-me falta. Mas ter a cabeça no lugar também me faz falta...

* parte da letra da música (antiga) "Ponto Final", do meu amigo Daniel (MC Cad / MC Invicto)

EDIT - Pus-me a ouvir mais músicas do puto Daniel... Só digo assim: só preciso de uns dias para pôr a cabeça no lugar e voltar a interiorizar isto:

"Acredito em mim
Eu sei que vou vencer
Todos erramos um dia
Mesmo sem a intenção de o fazer
(...)
Mantenho a força de vontade
Porque sei que consigo
Por mais merda que venha
Não me dou por vencido
(...)
Não vou desistir
Por mais mal que aconteça
Não vou desistir
E deixar que a tristeza vença
Só tenho uma vida
Vou lutar com firmeza
Para que a felicidade não vá e permaneça"

sábado, 27 de setembro de 2014

Ser do Sporting é mais do que uma paixão. É uma forma de estar na vida!

"O mundo sabe que
Pelo teu amor eu sou doente
Farei o meu melhor
Para te ver sempre na frente
Irei onde o coração me levar
E sem receio
Farei o que puder
Pelo meu SPOOOORTING!"



Há-de sair brevemente um post a analisar este princípio de época do Sporting.
Mas hoje apraz-me constatar algo. Num passado não muito distante, empatar com o FC Porto era um bom resultado. Os motivos estavam à vista: regra geral o futebol praticado pelo Sporting era fraco, regra geral os resultados (nas várias competições) eram fracos, os adeptos estavam cada vez mais desligados do clube e da equipa, as direcções eram cada vez mais contestadas, Alvalade era um cemitério de treinadores, ... Enfim, era uma verdadeira mistura explosiva. E no meio de tantos factores, os adeptos contentavam-se com pouco. Já não íamos a jogo a pensar que íamos ganhar aos rivais... Íamos a jogo a pensar que já podíamos fazer a festa com um empate contra um dos principais candidatos ao título.

Hoje constato a tristeza e a frustração depois de um empate frente ao FC Porto. E que para mim não é um FC Porto qualquer: é o plantel mais reforçado, mais equilibrado e com mais soluções desde o ano do Villas-Boas. Sou da opinião que o FC Porto não tem - pelo menos por enquanto - uma equipa, mas tem grandes individualidades. E voltamos ao cerne da questão: equipa de milhões VS equipa de tostões. O Sporting jogou esta sexta-feira com 6 jogadores oriundos da sua formação, sendo que na segunda parte entrou mais um (Mané). O Sporting é uma equipa com menos recursos, com menos soluções, com menos banco. E mesmo assim fez um jogaço daqueles (mais na primeira parte, onde dominou POR COMPLETO o Porto).

E assiste-se assim à mudança de paradigma. Estamos a assistir a um Sporting que está no lugar que lhe pertence e de onde nunca devia ter saído: entre os grandes. A praticar bom futebol, a encostar uma equipa que tem um jogador (Danilo) que custou mais que toda a equipa leonina da última época.

E enquanto não há muito tempo nos satisfazíamos com um empate, hoje um empate deixa-nos frustrados. Este já começa a ser o Sporting that I used to know!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Carta a ti...

Sim, a ti. A quem mexe com o meu coração e consegue deixá-lo num turbilhão. A quem conheci "por acaso" (já te disse que não acredito em acasos, não já?).

Para mim não há frutos do acaso. Nada na vida acontece "porque sim". As coisas boas acontecem para nos sentirmos felizes. As coisas más acontecem para crescermos e valorizarmos as boas. Tudo tem um propósito. E a tua entrada na minha vida não é excepção - porque aqui não há excepções, everything happens for a reason.

O facto de te teres tornado mais presente na minha vida precisamente na pior fase dos últimos tempos não foi um acaso do destino. Se calhar foi a vida a querer mostrar-me que depois da tempestade vem a bonança. Se calhar foi a vida a querer mostrar-me que primeiro temos que nos desiludir com algumas pessoas para passarmos a dar valor a quem realmente o tem. Se calhar foi a vida a querer mostrar-me que não podemos generalizar, que de facto as mulheres não são todas iguais e que o amor não é uma merda (algo que todos repetimos até à exaustão quando nos desiludimos).

Não estava nos meus planos apaixonar-me. Aliás, não só não estava nos meus planos como eu de facto não queria mesmo! Queria estar tranquilo, no meu canto, sem turbilhões cá dentro. E no fundo, acho que também tinha medo de me apaixonar. Mas depois surgiste tu... De mansinho, foste ocupando um lugar especial. De conhecida passaste a amiga. Em pouco tempo, criámos uma ligação e uma cumplicidade muito fortes, desenvolvemos um grande carinho um pelo outro. Uma ligação que era alimentada diariamente. Porque fomos o suporte um do outro nas fases complicadas. Porque nos fazia bem a companhia um do outro (pelo menos falo por mim...). De repente o que passou a ser estranho foi passar um dia sem notícias tuas.

Apaixonei-me sem querer... Embora, deep down inside, acho que sempre soube que era muito fácil apaixonar-me por ti. Porque me identifico contigo. Porque somos muito parecidos. Porque tens o tipo de sentido de humor que eu adoro. Porque és especial.

Só que, óbvio e básico que só eu, comecei a não saber disfarçar o que sentia... Comecei a ser "gozado" porque ficava com um sorriso parvo e os olhos a brilhar quando era o teu nome que aparecia no visor do meu telemóvel. Comecei a ouvir que se notava cumplicidade. E eu não sei mentir. E concluí que, se tu própria ainda não tinhas percebido, era apenas uma questão de tempo até perceberes o que eu sentia. E aí falei. E confessei-te que o meu sentimento já não era só amizade. Eu sei que não sentes o mesmo, já falámos sobre isso, já sei que me vês só como um amigo. E acredita que te sou grato por essa amizade, e que vou fazer por merecê-la diariamente. Mas para mim já não és só uma amiga...

Esta carta serve para te pedir desculpa. Peço-te desculpa porque sei que ultimamente tenho errado mais do que acertado. E isso tem acontecido porque me sinto "intimidado"... Não por ti, mas porque não estava nesta posição há muito tempo. A última vez em que me apaixonei e não era correspondido foi no final da minha adolescência / início da idade adulta. Desde então, as minhas paixões acabavam em relação, porque eram correspondidas e "no momento da verdade" o sentimento era mútuo. Por outras palavras, há muito tempo que não lidava com a questão de ter que gerir os meus sentimentos sem atrapalhar a amizade, e na última vez em que isso aconteceu eu ainda era um puto... No fundo sou um desajeitado, já to disse uma vez... Sou desajeitado ao ponto de ultimamente andar sempre a meter a pata na poça... Sou desajeitado ao ponto de, sem querer, te "magoar", quando o que mais gostava de fazer era mimar-te... Sou desajeitado ao ponto de ultimamente só fazer porcaria... Achava-me eu bom a lidar com emoções e sentimentos... E isto é a vida a mostrar-me que não sou assim tão bom... Sou verdadeiramente desajeitado. E se calhar isso passava um bocado ao lado quando se é correspondido e se inicia uma relação, mas é impossível passar ao lado quando não se é correspondido.

Lembras-te de uma vez te ter dito que, se não fosse a distância, lutava por ti? Primeiro, desculpa. Segundo, esquece, retiro o que disse. Era o meu medo a falar... Medo de quem saiu de uma relação à distância... Mas tu fazes-me perder os medos... Sabes porquê? Porque tu vales a pena, porque tu mereces que lutem por ti! Sempre mereceste que lutassem por ti, mas não te souberam valorizar. Não souberam valorizar a pessoa que és (e és, de longe, das melhores pessoas que conheço). Eu não quero ser igual aos outros, porque eu não sou igual aos outros! Eu cheguei para ficar. E sabes, não tenho pressa... Porque algo que me transmitiram na minha educação e que também a vida me vem ensinando é que vale a pena esperar por quem tem valor. Até pode acontecer nunca veres em mim mais do que um amigo, não sei, o futuro é uma incógnita. Mas, aconteça o que acontecer no futuro, a espera vai sempre valer a pena, porque tu vales a pena. Porque eu vejo em ti a mulher que sempre idealizei para mim...

Adoro-te...

(Post fechado a comentários. Porque é um desabafo, porque é uma carta... Porque, tal como já aconteceu anteriormente na minha jornada blogosférica, há posts mais pessoais que opto por fechar a comentários.)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Liebster Award

Fui, mais uma vez, nomeado para o Liebster Award, o desafio de perguntas que já deu duas voltas ao mundo e três à blogosfera :P
E vai ser, salvo erro, a terceira vez que vou responder (sendo que já o fiz no antigo blog, mas neste ainda não, e por isso é que decidi voltar a aceitar o desafio). Fui desafiado pela ABT e pelo Sérgio, pelo que vou responder às perguntas de ambos, juntando os dois desafios. Peço desde já desculpa pela demora em responder, mas ainda são algumas questões e estas coisas levam o seu tempo.
Não passo o desafio a ninguém, porque acho que já toda a gente fez este desafio. Mas quem quiser que o leve que eu sou um mãos largas :P

Vamos lá a isto :)

1. Qual é a música que te deixa feliz sempre que passa no rádio sem que estejas a contar?
Como não consigo especificar (no que toca a música, gosto de tanta coisa...), vou generalizar e dizer: músicas boa onda, alegres, ritmadas. E também, muitas vezes, com algum tipo de significado para mim. Ah, e claro que as músicas das minhas bandas preferidas deixam-me sempre feliz quando oiço sem estar a contar :P

2. Com que celebridade (viva ou morta) gostarias de ter uma conversa?
Com a Nicole Scherzinger. Porque tenho um "fetiche" com aquela mulher e tenho curiosidade em saber se também é uma pessoa interessante, para além de ser uma mulher linda e sexy :P

3. O que lhe perguntavas?
Não sei, o que se proporcionasse na altura. Nunca pensei muito nisso, tal como não vou para uma conversa com ideias/perguntas pré-concebidas. As conversas desenrolam-se naturalmente, e é mais saboroso assim :)

4. Qual foi o pior piropo que já mandaste, sabes como é aqueles em que queremos ser engraçados mas calha muito mal...
Epá, eu não sou muito de piropos, a minha timidez não me permite chegar a esse patamar :P
Portanto, assim de repente, não me lembro de nenhum.

5. Qual o piropo mais piroso que te mandaram?
"Serias o meu Euromilhões" xD

6. Qual é a pior faceta da Blogosfera?
Ora bem... Como eu detesto "attention-whores", diria que a necessidade que algumas pessoas têm de chamar a atenção é ridícula. Há um blogger assim, com quem me peguei há uns meses. Depois... Como disse a ABT, se calhar há também demasiada facilidade na criação de personagens. Enfim, como em tudo na vida, também a blogosfera tem as suas coisas boas e as suas coisas más...

7. Que blogger gostarias de conhecer pessoalmente?
As pessoas que são presença habitual na caixa de comentários, mas sobretudo aquelas com quem vou trocando ideias via e-mail. Mas há duas pessoas que tenho mesmo de destacar, não querendo ser injusto para as restantes obviamente: a Never Told Words e a ABT.

8. Preferias morrer como um herói ou viver como um cobarde?
Não ponho as coisas dessa forma, porque nunca fiz (nem nunca quis fazer) nada na vida para ser um herói. Mas há situações às quais não fico indiferente. Dando um exemplo concreto: sou incapaz de não intervir numa situação de violência doméstica (já interferi em algumas, em plena via pública!). Se isso um dia pode acabar mal para o meu lado? Pode... Mas não consigo ficar impávido e sereno a assistir sem intervir... Bem como daria a vida pelos meus. Mas não vejo nada disso como um acto heróico... Trata-se de agir segundo a minha consciência e o meu carácter no primeiro caso, e de agir por amor no segundo.

9. Consideras que a eutanásia devia ser legal?
Sim! Devemos ter o direito de decidir sobre nós próprios. Acreditem que me assusta a possibilidade de um dia ter Alzheimer, por exemplo... Viver sem a noção de quem sou, de quem são as pessoas que me rodeiam. Assusta-me perder capacidades, assusta-me fazer sofrer as pessoas que gostam de mim... Espero nunca chegar a esse ponto... Digo, e sempre disse, que prefiro morrer aos 60 (por exemplo), do que viver até aos 90 mas sem qualquer autonomia, sem qualquer dignidade...

10. Achas que o mundo vai acabar, ou nós é que vamos acabar com o mundo?
A mão humana tem vindo a destruir muita coisa ao longo dos anos...

11. Fui muito chato?
Tu não, eu é que já fiz este desafio imensas vezes :P

12. Como surgiu a ideia de ter um blog? E o nome?
Relativamente à primeira questão, já tinha respondido noutro desafio, passo a citar: "Sempre gostei muito de escrever. Desde cedo que escrevo muito, para mim e não só. E acho que criar um blog foi um passo natural, digamos assim, dado esse gosto (quando ainda não era moda ter um blog, quando ainda ter um blog não era um negócio como já se começa a ver tanto por aí). Quis partilhar com as pessoas que me rodeiam alguns pensamentos, algumas reflexões, alguns momentos mais criativos. E depois começaram a aparecer os seguidores, mas durante muito tempo fui lido apenas por pessoas da minha esfera pessoal". Quanto ao nome... Como sabem já tive alguns blogs, mas vou falar especificamente deste. O nome surgiu naturalmente. Não foi o primeiro nome, basta olhar para o link do blog para saber :P mas não queria ter um blog de escrita com nome em inglês. E o nome acabou por surgir naturalmente. Porque aqui (des)construo os meus pensamentos e devaneios.

13. O que fazes profissionalmente ou área de estudos?
Sou técnico audiovisual.

14. Como te definirias?
É o tipo de perguntas a que não gosto de responder, porque prefiro que sejam os outros a definir-me, porque serão certamente mais rigorosos do que eu na resposta. Mas considero-me um bom amigo, alguém com uma personalidade forte, com valores e ideais muito vincados e com os sentimentos sempre à flor da pele.

15. O que farias se ganhasses o Euromilhões?
Ajudava as pessoas mais importantes da minha vida. Ajudava algumas pessoas que sei que precisam de ajuda, que sei que têm dificuldades. Viajava muito. Ia estudar Produção Musical, e depois tencionava criar a minha própria editora. Sobretudo seria isto.

16. O que adoras/não suportas que te façam/digam?
Epá, isto dava para um post à lá Alta Definição, naquela parte do "gosto/não gosto" :P
Mas vá, resumindo...
Adoro abraços. Não suporto que me despenteiem.

17. O que mais gostas de fazer?
Ouvir música. Tocar. Compor (que é algo que já não faço há muito tempo, mas isso são outros quinhentos). Surfar. Estar com as pessoas de quem gosto. Gosto de conversar. Gosto de simplesmente estar junto ao mar, sozinho e/ou acompanhado. Gosto de dormir. Gosto de tantaaa coisa :P

18. Não vives sem...?
As pessoas importantes. Sem Internet e sem telemóvel, porque me aproximam das pessoas que estão longe (que actualmente são quase todas). Sem música.

19. Um objectivo que já tenhas alcançado e do qual te orgulhas?
Reconhecimento profissional, quer na distinção de Trabalhador do Ano em 2010 quer na promoção que tive já este ano.

20. Objectivo/sonho por alcançar?
Ser pai.

21. Como te imaginas daqui a 10 anos?
A vida tem-me ensinado a não fazer grandes planos... Porque sempre que os faço, saem furados... Mas gostava que, daqui a 10 anos, já tivesse constituído a minha própria família.

22. Um segredinho?
Já fui viciado no chocolate Mars, durante vários meses. Viciado ao ponto de comer todos os dias :P

23. O que mudou, da criança que foste para o adulto em que te tornaste?
Sobretudo a ingenuidade e a inocência (embora continue a sê-lo um pouco).

24. Quem gostarias de ter conhecido mais cedo na tua vida?
Acho que tudo acontece na altura certa, porque nada acontece por acaso... Se calhar é preciso desiludirmo-nos com algumas pessoas, para depois sabermos valorizar outras.

25. Descreve um dia perfeito, actualmente.
Actualmente os meus dias têm pouco ou nada de verdadeiramente perfeito, tendo em conta a vida que levo. Mas vá, o que mais se assemelha a isso é um dia de folga, com sol, na praia. Sozinho ou acompanhado, mas sempre com música.

26. Que coisa (uma coisa) precisas fazer para melhorar a tua vida?
Voltar para Coimbra.

27. Qual foi o presente mais especial que recebeste nos últimos 5 anos?
Sou de gostos simples, não é preciso muito para me fazerem feliz. Portanto diria que alguns textos que já me escreveram estão no top das coisas mais especiais.

28. Qual foi a última vez que fizeste alguma coisa sem pedir nada em troca?
Não faço as coisas para ter algo em troca, bem como não vivo para mandar nada à cara de ninguém. O que faço, faço com gosto, com prazer de ver um sorriso ou de tornar melhor o dia de alguém. Pode soar a cliché, mas é a mais pura das verdades.

29. Se pudesses reviver um dia da tua vida (sem lhe alterar coisa alguma), qual seria?
Só um? :$
Escolho dois: 23 de Outubro de 2004 e 19 de Outubro de 2007.
O primeiro porque foi o dia em que soube que ia ser pai (e que acabei por não ser...).
O segundo porque foi o dia que mudou tudo na minha vida. Depois desse dia, nada mais foi igual. Foi o dia que marcou o início de um ciclo, que depois teve o seu fim, mas que me mudou irremediavelmente em muita coisa.

30. Quê ou quem te drena energia actualmente?
Noites mal dormidas :P

31. Quando foi a última vez que convenceste a ti mesmo a não fazer uma coisa que, no fundo, querias fazer?
Recentemete.

32. (Ainda na sequência da pergunta anterior) Que coisa foi essa?
É pessoal, sorry...

33. Qual foi o ponto alto do teu dia, hoje?
Hoje foi um dia complicado... Mas o ponto alto, seguido de um ponto baixo, foram dois abraços especiais.

Desculpem lá a ausência

Ausência repentina, mas por bons motivos!
Eu, que até nem gosto muito de surpresas (de as receber, porque fazê-las adoro lol), fui completamente surpreendido na passada sexta-feira. E foi só o melhor momento da minha vida nos últimos tempos!

Por isso é que tenho andado afastado da blogosfera. Já sei que me passaram montes de desafios, vou tentar responder a todos mas dêem-me tempo :$ desculpem, Sérgio, ABT e Vânia! Vou tentar não demorar muito a responder!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Aquele momento...

... em que se está a falar com uma amiga que não sabe da missa a metade acerca de uma determinada coisa e, sem eu dizer quase nada (SMS com apenas 4 frases curtas), ela acerta na mouche e adivinha o cerne da questão! Carago, que ou eu sou de facto muito óbvio e básico, ou quem faz parte da minha vida conhece-me de ginjeira!

Ou então já é esta década de uma grande amizade a falar mais alto, também é possível :P

Mas o que é curioso aqui é que já não é a primeira pessoa a chegar lá sem eu dizer nada... Inclusive, já duas pessoas que "mal me conhecem" chegaram ao cerne da questão... E com isto concluo que dava tudo para ser menos transparente do que sou... Incomoda-me que me leiam a alma com tanta facilidade e que eu fique tão exposto sem sequer dar por isso...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

E a resposta ao post anterior é...

... "com um nariz encarnado", porque o raio das alergias nas mudanças de estação dão cabo de mim :P

E nos últimos dias ando desinspirado para escrever (como já se deve ter notado)... Ando sem vontade de bloggar, sinceramente... E não vou forçar, porque esta coisa da inspiração ou se tem ou não se tem, e não vale a pena forçar. Mas espero que esta fase passe depressa, porque escrever é uma terapia para mim...

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vou mudar o nome para Rodolfo!

Pergunta para quejinho:
Quem é que adivinha o que é que a seguinte música tem a ver comigo actualmente? :P



Fica prometida resposta para o próximo post!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A distância nunca condiciona tudo...


A distância lixa muita coisa na vida, é um facto. E impede muita coisa, também é um facto. Mas nunca impede nem faz desaparecer sentimentos. Aliás, há sequer alguma coisa na vida que impeça sentimentos? Eles são absolutamente incontroláveis!

sábado, 13 de setembro de 2014

Isto de ter autênticos vulcões cá dentro tem muito que se lhe diga...

Alguém se virou para mim um dia destes e disse-me:
"Andas com os cornos no ar!"
Que é como quem diz "andas aéreo" ou "andas com a cabeça no ar" ou "andas despassarado".
E eu chego à conclusão que é verdade...

Foi uma semana de patas na poça. Era quase cada tiro cada melro. Nunca foi por mal, nunca foi com intenção, mas a verdade é nos últimos dias parece que tinha o condão de estragar tudo em que "tocava". Não acertava uma. E quanto mais tentava remediar, mais me enterrava. Não sei se é ansiedade a falar mais alto ou que raio é, mas a verdade é que, para o bem do mundo, esta era uma daquelas semanas em que eu estava bem era a hibernar. E não estou a exagerar! Antes estivesse! Mas a verdade é que não houve um dia sequer em que eu não fizesse merda. E o pior é o depois... É tipo ressaca... É que depois há uma coisa chamada "consciência pesada". Quem não tem consciência, convive bem com as merdas que faz, porque não tem o discernimento necessário para perceber os erros. Mas quando se tem consciência, o peso fica cá dentro, a moer... E depois vira ciclo vicioso. Por saber que estás propenso a fazer merda, a consciência começa a dar sinal com frequência e com intensidade. E ficas com tanto medo de fazer merda que... acabas a fazer merda na tentativa... de não fazer merda. Confuso? Nem queiram imaginar o quanto...

Concluo que tenho desesperadamente que pôr a cabeça no lugar. Eu já sou naturalmente muito mais emoção do que razão, mas sentir que nos últimos dias estou a perder vertiginosamente a racionalidade assusta-me. Porque este não sou eu! Digo tanta vez que o medo não nos pode toldar a visão e depois deixo que isso me aconteça a mim?! Deixo-me dominar por esta perda de racionalidade?! Mas que carago é que se passa comigo?!

Ainda me vou arrepender de dizer isto (porque há pessoas da minha esfera pessoal que me lêem, e estou a habilitar-me a ficar com 5 dedos marcados na cara), mas o que eu merecia agora era uma bela chapada para acordar! Foda-se Roger, sê tu próprio, sem medos mas equilibrando a razão com a emoção! Não te deixes dominar nem por uma nem por outra! Já estavas a aprender a ser um gajo mais equilibrado e agora voltas a abanar?! Voltas a ceder aos medos, às inseguranças?!

O que é que se passa comigo?!

Dasse, que até fico irritado comigo próprio!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

1 ano a (des)construir

Faz hoje 1 ano que criei este blog.
1 ano com quase 300 posts. 1 ano com mais de 3.000 comentários (metade desses 3.000 são meus, porque respondo a todos). 1 ano com mais de 38.000 visualizações. 1 ano com mais de meia centena de seguidores. 1 ano de partilhas, de desabafos, de picardias futebolísticas, de sugestões cinematográficas, ...

Criei este blog depois de mais de 3 anos de "Divagações por uma mente complicada" e outros tantos de "Pensamentos Apalavrados". Na verdade, analisando as coisas, cada um dos três blogs representa de forma bem marcada um ciclo da minha vida pessoal. São fases perfeitamente distinguíveis em cada blog.

Este último tasco foi criado depois de uma tentativa furada de largar a blogosfera. Estava num mau momento pessoal e queria deixar este mundo. Fechei o "Divagações....". Mas não aguentei muito tempo... Acabei por criar o blog de música. Mas não me satisfazia a 100%, sentia falta de escrever... E em Setembro de 2013 nasceu o "(Des)Construções da Mente", que inicialmente se chamava "Kind of Restless Soul" (daí o endereço...).

Há vários bloggers que acompanharam essa transição. Há outros tantos que surgiram mais tarde, que foram aparecendo e foram ficando. Mas a todos agradeço a presença (em muitos casos diária), os comentários, as trocas de ideias, os conselhos, as gargalhadas que proporcionaram, ...

Obrigado a todos!
E... bora continuar a (des)construir? ;)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Carta à Mariana

Hoje começas uma nova etapa, meu amor.
Hoje é o primeiro dia de uma caminhada que vai levar alguns anos. É o primeiro dia de uma "profissão" que vais ter durante mais de uma década (pelo menos). É o primeiro dia da tua primeira "profissão". Aquela que te vai dar as bases para que um dia possas ser o que tu quiseres.

Hoje é o teu primeiro dia de escola. Primeiro dia, no primeiro ano, no primeiro ciclo. É a partir daqui que vais aprender a ler, a escrever, a fazer contas, a conhecer a História do teu país e do mundo (e é através da História que vais perceber que este dia em que começas esta etapa é um dia marcado a nível mundial), a desenvolver espírito crítico, a analisar o mundo que te rodeia, a desenvolver o raciocínio. Não menos importante, é a partir daqui que vais começar a fazer amigos. Os teus amigos. Vais conhecer muitos meninos, alguns deles bem diferentes de ti, e eu sei que vais saber lidar e aceitar as diferenças, porque é essa a tua educação, a nossa educação. A educação que vai sendo desenvolvida na escola, sem dúvida, mas que primeiro te é passada em casa.

É aqui que começa a tua primeira caminhada a sério. É aqui que vais ter os teus primeiros sucessos. É aqui que vais começar a perceber que tudo o que colherás será fruto do teu empenho, porque não há sucesso sem trabalho. Vais aprender, vais divertir-te, vais criar laços. E o tio, embora longe, vai estar sempre a torcer pelas tuas vitórias, na escola e na vida.

Boa sorte, princesinha.
Amo-te muito!

Tio Roger

Post agendado

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Sonhos que quero transportar para a realidade...

Na noite passada tive o melhor sonho de sempre. O mais real, o mais fantástico, o mais tudo. O melhor.

Sonhei com o meu maior desejo, a minha maior vontade: ser pai. Sonhei que estava a nascer a minha primeira filha. Sim, era uma menina (quando, por acaso, sempre gostei da ideia de ter primeiro um menino). E o mais incrível do sonho é que foi absolutamente arrebatador, como se fosse absolutamente real. Consigo lembrar-me de todos os pormenores do sonho com uma exactidão quase assustadora. É complicado explicar em palavras, porque foi o sonho mais intenso de sempre. E arrisco-me a que me chamem doido, mas acho que através do sonho consegui perceber aquilo que todos os pais dizem: que quando olhamos para um filho pela primeira vez, quando o temos nos braços pela primeira vez, quando os tocamos pela primeira vez... é o amor mais incondicional e absoluto que podemos sentir. Mais intenso do que amor que sentimos enquanto filhos, mais intenso do que o amor romântico... É um sentimento avassalador, arrebatador.

Ainda não sou pai. Ainda não sei o que é ter um filho nos braços. Mas se nos sonhos já é tão arrebatador, acho que quando for real vou explodir de tanta felicidade e de tanto amor.

PS - Sabemos que Agosto já acabou quando a blogosfera volta ao seu ritmo normal. O problema é que o meu trabalho ainda não voltou ao ritmo normal (embora esteja a começar a abrandar) e por isso ainda não consegui voltar a ser assíduo nas visitas aos vossos blogs. O que faz com que aconteça o que aconteceu agora: tenho imensos posts para ler em cada um dos blogs que sigo e não consigo "dar a volta" à lista num só dia. Vou tentar pôr a leitura em dia ao longo desta semana, e fica a promessa de voltar a ser assíduo nas visitas ainda este mês :)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tesourinhos #27

E agora um regresso à infância:
Quem não se lembra do Vitinho? ;)


domingo, 7 de setembro de 2014

Os blogs não são nossos, são do mundo!

Os blogs são quase como os filhos: começam por ser só nossos, mas depois são do mundo. E ao serem do mundo, chegam onde menos esperamos, com efeitos improváveis.

É isto que sinto quando recebo feedbacks, via mail, de quem um dia me encontra por acaso neste vasto mundo que é a blogosfera. Quando comecei nisto dos blogs, já lá vão 7 anos, comecei por e para mim. Sempre gostei de escrever e o blog era um escape, era onde eu divagava as minhas cenas, onde eu escrevia sobre as minhas preocupações ou sobre as coisas do quotidiano. O blog era uma coisa minha, embora fosse do conhecimento de algumas pessoas da minha esfera pessoal. Um dia começaram a aparecer os seguidores, depois os comentários e o meu blog tornou-se do mundo.

No mail que disponibilizo para a blogosfera chegam-me por vezes alguns feedbacks. Palavras de quem deu com o meu tasco e gostou de o ler. Palavras de quem gosta da minha maneira de escrever. Palavras de quem se identificou comigo ou com situações que já relatei por aqui. Mas o último foi diferente. Foi um feedback que, de certa forma, mexeu comigo. Porquê? Porque a leitora em questão confessou que estava a ter um dia particularmente difícil e que o meu blog fez por ela "o que 1 mês de terapia, bem paga, não faria" (palavras dela). Se calhar, nós, bloggers, nem o sabemos, mas se calhar ajudamos a melhorar o dia de quem nos lê. Se calhar, ajudamos alguém a soltar uma gargalhada. Se calhar, ajudamos alguém a ver determinada situação de outra perspectiva. Se calhar fazemos muito mais do que debitar palavras, desabafos, bacoradas. E nem temos noção disso, porque, lá está, achamos que os blogs são nossos. Mas não, os blogs são "cidadãos do mundo".

sábado, 6 de setembro de 2014

Primeira e provavelmente única vez que me vêem a escrever sobre uma novela

Não sou de ver novelas, nunca fui. Quer dizer, em miúdo talvez (lembro-me do Rei do Gado, por exemplo). Mas nunca tive esse hábito. Às vezes lá espreitava qualquer coisita, mas depois percebia o porquê de não ter esse interesse: irritava-me o formato. Irritavam-me os clichés, que se repetiam novela após novela: os ricos que se apaixonam pelos pobres, os amores impossíveis, os vilões que normalmente agem por amor ao dinheiro, ... Enfim, toda a clichézada possível e imaginária. E cujos finais eram sempre iguais: os vilões morrem ou são presos, os amores impossíveis tornam-se possíveis e a coisa acaba em casamento e com bebés a caminho, e por aí fora. Normalmente é essa a rota de uma novela, sendo que passa meses e meses a enrolar a história para se manter as audiências no horário nobre.

Às vezes, por curiosidade ou por companhia, lá via o último episódio de uma novela. E ficava sempre desiludido. Achava aquilo tão básico, tão fraquinho, que só espelhava o porquê de pouco se investir na cultura em Portugal: os projectos eram poucos ambiciosos e as pessoas estão formatadas para os clichés. Apesar de termos em Portugal alguns actores de enorme qualidade, esses actores eram (a meu ver) mal aproveitados, porque a TV dá aquilo que o povo gosta. E o povo gosta das histórias dos princípes e das princesas que são felizes para sempre. Sobretudo o público alvo das novelas, que normalmente são mulheres acima dos 45 anos. E a verdade é que, nos dias de hoje, a TV já não educa as pessoas, já não as faz pensar. Limita-se a dar o que as pessoas querem, as audiências vão demonstrando isso mesmo (não é por acaso que andamos há mais de uma década a insistir nos reality shows).

Hoje fui, pela primeira vez, surpreendido por um projecto de ficção desenvolvido em Portugal. Falo da novela Belmonte, que estava a ser transmitida na TVI. Novela essa que era seguida pela Inês, minha colega de casa. Mas nem por isso eu via. Se ela estivesse a ver a novela estando eu presente, eu alheava-me daquilo a fazer outras coisas (escrever aqui, jogar, ver notícias na net, whatever). Se espreitei meia dúzia de episódios foi muito. Contudo, no que espreitava, reconhecia alguma qualidade. Aparentemente parecia uma boa trama, que não enrolava muito.

Esta sexta-feira estava anunciado o último episódio dessa novela. Como era de esperar, "sôdôna" Inês quis ver e mandou-nos bugiar o MaisFutebol (programa emitido na TVI24 às sextas à noite, que o resto da malta cá de casa - eu incluído - gosta de ir vendo). Sendo o último episódio e já tendo reconhecido alguma qualidade ao pouco que tinha visto, deixei-me levar pela curiosidade e desta vez não me alheei e sentei-me no sofá a ver. Não acompanhei os meandros da história, mas sabia o básico para perceber quem eram "os maus" e "os bons". E estava à espera de mais uma clichézada, que neste caso específico incluía um casamento duplo que virou triplo, um vilão psicopata que quer estragar o dia, e as coisas do costume. E foda-se, não podia estar mais enganado.

Quando a novela parecia estar a acabar, de uma forma trágica (e tendo em conta os clichés, de forma até algo surpreendente - porque um dos "bons" estava a morrer), eis que há um plot twist, bem ao estilo do filme Shutter Island (sobre o qual já falei no blog). Afinal naquela novela não havia nem bons nem maus. Havia doentes mentais internados num hospital psiquiátrico, sendo que um deles decide "escrever um livro". E a história que ele escreveu foi aquela que foi sendo transmitida em todos os meses de exibição da novela, baseando-se nas pessoas com quem convivia diariamente no hospício. Transformou essas pessoas em personagens do seu livro, atribuindo-lhes histórias, famílias, dramas, amores, traços de personalidade. Basicamente, ficção dentro de ficção. A Inês, que seguia a novela, ficou de boca aberta literalmente (e eu ria-me que nem um perdido a olhar para ela lol), completamente surpreendida. Porque, segundo ela, nunca houve indícios ao longo da novela do que viria a ser o desfecho. Cá em casa, ficámos todos surpreendidos com o facto de finalmente se ousar fazer algo diferente na ficção nacional.

Quando acabou o episódio e nos pusemos a comentar quão brutal e "out of the box" tinha sido aquele final, eis que o João (colega de casa também) se sai com esta: "As mulheres que vêem isto devem estar todas baralhadas. Aposto que no Facebook devem estar a chover críticas." Diz isto e pega no PC. Juntámo-nos todos a ver os comentários no Facebook e só nos ríamos com a revolta (e burrice também, em muitos casos... a sério que houve quem não percebesse o final?!). Porque realmente Portugal só merece a lixeira televisiva que tem. Quando se tenta inovar e fazer algo diferente, cai tudo em cima. Porque pensar dá muito trabalho e é mais confortável assistir aos clichés do costume. É mais fácil pensar que no final da novela vai acabar tudo em bem e felizes para sempre. Portugal tem falta de cultura, é um facto! Por isso é que tudo o que foge à norma acaba catalogado como mau, quando no fundo é melhor do que o que é habitual. A noite terminou em risota total, porque de facto no Facebook era cada tiro cada melro: só pérolas (cada vez vou adicionando mais itens à minha lista mental de "motivos para não aderir a redes sociais" lol).

Como gajo não apreciador de novelas, só tenho a aplaudir a ousadia dos guionistas e de toda a restante equipa que apostou num final completamente diferente. Acho que esse devia ser o caminho a seguir, numa altura em que todos os canais transmitem meia dúzia de novelas por dia, todas muito iguais e trilhando o mesmo caminho. Há que marcar pela diferença. E sendo que a TVI é o real exemplo de uma programação televisiva que emburrece as pessoas, louva-se a iniciativa de, pelo menos uma vez na vida, fazer algo diferente que ponha as pessoas a pensar! Que se aposte mais neste tipo de projectos (como gajo da área audiovisual, neste tipo de projectos audazes até eu gostaria de trabalhar!). Que se mude o panorama televisivo em Portugal! É urgente que assim seja. Porque as novas gerações (a malta dos 40 anos para baixo actualmente, diria eu) não se identificam com o que passa actualmente na televisão. Temos um país envelhecido, sim, em que a programação televisiva é direccionada para esse tipo de público. Mas há que apostar noutros conteúdos! Porque os quarentões de hoje serão os reformados daqui a 20 anos e não se identificam com estas apostas televisivas em reality-shows, talk-shows da treta, novelas básicas e afins. Aposte-se em coisas diferentes, com menos lixo, com mais cultura, com mais inovação, com mais plot twists, que puxem mais pela cabeça. É que pelo menos eu recuso-me a um dia envelhecer a emburrecer!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O poder que as mulheres têm sobre os homens

As mulheres são seres fantásticos. E digo-o sem qualquer ponta de ironia. São os seres mais maravilhosos à face da terra. E no meio de todas as coisas fantásticas que são e que fazem, há uma que consegue ser ainda mais espectacular: mudam os homens. É um facto. Se calhar vocês nem se apercebem, mas é um facto!

Não há homem que não se torne um "conas" quando se apaixona. Se isso não acontece, é porque não está apaixonado. Quando um homem se apaixona, quer dar carinho, quer ser capaz de surpreender, faz tudo por um sorriso, ganha medo da rejeição, fica nervoso, dá por si a pensar se ela não será areia a mais para o seu camião, ... Um homem apaixonado faz tudo por vocês, pelo vosso bem-estar, pelo vosso sorriso. Um homem apaixonado diz as coisas mais lamechas do mundo. Um homem apaixonado fica, inevitavelmente, com o coração mais mole. Este tipo de coisas vai fazer-vos distinguir um homem que gosta realmente de vocês de um homem que só vos quer comer. E não é preciso muito para perceber se um homem está apaixonado ou não. Nós somos básicos e óbvios. Uns mais óbvios que outros, é certo (eu então sou mesmo o mais óbvio dos óbvios). Um homem apaixonado é facilmente detectado.

Porque vocês, mulheres, têm esse poder em nós. Mas tudo o que eu referi tem um expoente máximo: quando um homem conhece "a tal". Um homem até se pode apaixonar 100 vezes, mas quando conhece "a tal"... O "click" é diferente! Bate mais forte! E aí... Aí, basta que queiram e têm um homem para a vida.

Concluindo... As mulheres, definitivamente, fazem o mundo. E nós, homens, ficamos rendidos aos vossos encantos. Homem que não valorize as mulheres é homem que ainda não se apaixonou realmente, ponto!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

One Week

Tenho tantos filmes sobre os quais gostaria de falar, que quase que dava para criar um blog sobre cinema e ter posts para quase um mês consecutivo :P

Hoje vou escrever sobre um que vi há alguns dias e que gostei muito.

"One Week" relata a história de Ben, um jovem que descobre que tem um cancro extremamente agressivo e cuja hipótese de sobrevivência é de 10%. O médico aconselha-o a iniciar imediatamente o tratamento, mas Ben tem outras vontades. Quer encontrar o sentido da vida, quer encontrar-se. E decide fazer uma viagem de mota, mesmo contra a vontade da sua noiva, durante uma semana. E esse é o mote para um filme que nos põe as coisas em perspectiva.

E porque é algo que nos faz pensar, deixo-vos as últimas palavras do filme, ditas pelo narrador:
 "O que fariam, se soubessem que tinham apenas um dia, ou uma semana, ou um mês de vida? A que barco salva-vidas se agarrariam? Que segredo contariam? Que banda iriam ver? A que pessoa declarariam o vosso amor? Que desejo realizariam? A que local exótico viajariam para beber café? Que livro escreveriam?"

"One Week"
Director: Michael McGowan
Starring: Joshua Jackson, Liane Balaban, Chuck Shamata, Caroline Cave, ...
Genre: Adventure, Drama
2008


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Fap Fap xD

Já todos vós devem ter ouvido a notícia do hacker que conseguiu fotos comprometedoras de várias mulheres famosas, certo? Pois que consta também que há vários vídeos de sexo explícito de muitas dessas mulheres, que ainda não foram partilhados porque o dito hacker está a tentar sacar uns "trocos" para não expor mais material.
Cheira-me é que, se os vídeos saírem cá para fora, vai haver muito "fap fap" por esse mundo fora, sem necessitar de recorrer a YouPorn's, Redtube's e afins xD

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Há dias complicados...

Se ele fosse vivo, hoje faria 15 anos. Seria um adolescente. Estaria a entrar no ensino secundário. Quiçá já teria namorada. Se fosse vivo, o meu afilhado faria hoje 15 anos... Infelizmente a vida foi-lhe cruel... Aos 10 anos deu-lhe um tumor cerebral contra o qual ele não conseguiu lutar... Onde quer que estejas, parabéns cheios de saudades, meu puto... Serás sempre o meu puto...

Faz também hoje 3 anos que fui pela última vez a Coimbra. Faz hoje 3 anos que fui matar saudades da minha cama, do meu quarto, da minha família, dos meus amigos, da comidinha da mamã e de tudo aquilo que me faz tanta falta. Faz hoje 3 anos que fui matar saudades do meu verdadeiro mundo...

Por tudo isto, hoje não é propriamente o dia mais fácil do mundo...
Mas vou fazer por sorrir. O puto que faria hoje 15 anos merece um sorriso de parabéns...

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Suspiro do Mês #12

Como ando com saudades de ver "The Big Bang Theory" e ando ansioso para que comece a nova temporada, o Suspiro deste mês é a personagem feminina principal da série. Penny é o nome da personagem interpretada por esta actriz de 28 anos, cujo nome verdadeiro é...

Kaley Cuoco










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