quarta-feira, 29 de abril de 2015

Momento "puta que pariu"...

Espelho meu, espelho meu, haverá alguém mais estúpido do que eu?

Neste momento, na minha cabeça só ecoa um conselho que me deram há poucos dias atrás... "Cuidado com 2010 e 2011, já os viste mais longe"... Eu sei exactamente o que estas palavras significam, e assustam-me mais do que quero admitir... Porque sei o que não quero voltar a ser... Nem sempre sei o que quero, mas sei sempre o que não quero, e sei que não quero voltar a entrar numa espiral negativa...

Sinto-me a ficar sem chão e sou demasiado cobarde para verbalizar tudo aquilo que precisava de verbalizar... Sou demasiado cobarde para correr o risco de fazer o que quero fazer... Sou demasiado cobarde para me expor, para ficar novamente vulnerável, para me deixar ser visto... Sou demasiado cobarde por preferir contentar-me com o "pouco" em vez de arriscar o "tudo ou nada"...

Ninguém sabe, ninguém sonha, o turbilhão que vai cá dentro... Ninguém entenderia...  E eu já não tenho forças para explicar...

Acho que me perdi no caminho... Acho que já não sei quem sou... E sinto-me desiludido comigo próprio... A minha maior desilusão sou eu próprio...

terça-feira, 28 de abril de 2015

Falar para as paredes

Se há coisa que me deixa fodido fora de mim, é deixarem-me a falar sozinho. E não estou a falar aquando de discussões, porque aí às vezes o melhor remédio é mesmo ir arejar a cabeça para não sair asneira. Refiro-me a ficar sem resposta, às vezes até em coisas banais. E vejo esse acto como falta de respeito, falta de educação e falta de consideração. Quer dizer, está alguém a falar contigo, para saber se estás bem, ou a desabafar sobre qualquer coisa, ou a contar-te alguma coisa, ou a demonstrar que gosta de falar contigo, e tu viras as costas e assobias para o ar? Custa-me aceitar, sinceramente. Sobretudo hoje em dia, com os meios que temos à disposição. Só deixamos uma relação morrer se nos estivermos a marimbar. Hoje em dia, não é preciso escrever uma carta, que demora uma semana a chegar ao destino. Nos dias que correm, há tantos meios, e imediatos, que nos permitem contactar alguém com enorme facilidade... E na era das tecnologias, em que passamos a vida agarrados ao telemóvel, custa-me aceitar que não haja 5min para se responder a uma mensagem ou a um e-mail. Numa sociedade que passa a vida com o telemóvel na mão, para tirar fotos ou para cuscar as redes sociais, custa assim tanto responder a uma mensagem?!

Claro que todos temos dias mais complicados. Eu posso ter um dia caótico, receber uma mensagem às 14h e só conseguir responder às 22h. Ou receber um mail hoje e só conseguir responder daqui a 3 ou 4 dias - como, de resto, por vezes acontece aqui com o mail do tasco. Mas respondo. Sempre. E claro que todos temos dias em que não nos apetece falar com ninguém, em que não nos apetece responder às mensagens, atender o telemóvel ou responder aos mails. Mas, e no dia a seguir, o que é que impede de responder?

Eu só deixo alguém sem resposta em situações muito particulares. Normalmente, em casos em que há de facto um ressentimento muito grande em relação à pessoa - ou, por outras palavras, quando a pessoa está na minha lista de "não quero ver nem banhada em ouro". De resto, sou incapaz de deixar sem resposta alguém por quem eu tenha estima!

Nenhuma relação humana é garantida. Estejamos a falar de amor ou amizade, todas as relações precisam de ser alimentadas, senão acabam por morrer com o afastamento e a falta de partilha das vivências de cada um. E saber alimentar uma amizade passa muito por aí. Pode não se estar todos os dias, pode não se falar todas as semanas, mas quando se está e quando se fala, que seja por inteiro. Que estejamos disponíveis, que estejamos a 100%. Eu gosto de alimentar as relações que tenho. Sejam elas mais ou menos próximas, mais ou menos íntimas, mais ou menos diárias. E exemplificando com a blogosfera: há pessoas que deixaram a blogosfera com quem continuo a falar, com mais ou menos frequência.

E em relação à blogosfera propriamente dita, quantas vezes é que já deixei alguém sem resposta a um comentário? Também aqui eu gosto de alimentar os laços que crio. Se as pessoas perdem tempo a ler as minhas bacoradas, se as pessoas comentam as minhas postas de pescada, se as pessoas me dão uma palavra amiga quando eu preciso... Eu sinto-me bem em criar reciprocidade. Sinto-me bem ao individualizar cada comentário, cada seguidor, cada pessoa. Por essa blogosfera fora, encontramos dezenas de blogs com centenas de seguidores, olhamos para as caixas de comentários e não vemos qualquer tipo de interacção... Parece que esses bloggers encaram como "mais um seguidor" ou "mais um comentário". Comigo, ninguém é "só mais um". Gosto de ler com atenção cada comentário ou cada mail, gosto de responder a cada comentário ou a cada mail.

É por estas pequenas coisas que às vezes sinto que estou de certa forma deslocado desta sociedade actual, que denomino de sociedade fast-food. Hoje és muito importante para alguém, partilham tudo, todos os dias. Amanhã és um estorvo, és um chato. Tudo é descartado facilmente, inclusive as pessoas... Já "ninguém" investe em relações genuínas, porque "dá muito trabalho". E, claro, dá mais status ter não-sei-quantos "amigos" numa qualquer rede social. Mas desses "amigos", com quantos existe de facto uma relação de amizade? Hoje em dia, parece que é mais importante "parecer" do que "ser" ou "ter"...

Eu gosto de alimentar as minhas relações. Faço questão disso. Faço questão de, mesmo com a distância física, estar sempre presente para as pessoas de quem gosto. Não deixo ninguém sem resposta - mesmo que, por vezes, haja quem merecesse provar do mesmo "veneno". Só que também sou duro de roer... Quando começo a notar distanciamento de alguém, se a coisa começar a ser recorrente, deixo de correr atrás e começo a desligar-me também... Recuso-me a ser estorvo ou pedra no sapato, recuso-me a mendigar seja o que for e seja de quem for, recuso-me a ficar com aquele amargo de boca de me sentir a mais. As pessoas ou estão na nossa vida porque querem, porque gostam de nós e porque têm consideração por nós, ou então pura e simplesmente não estão. Quando começo a sentir que de facto a pessoa se está a distanciar, eu próprio começo a desligar também. Começo a deixar de procurar, começo a deixar de partilhar as minhas coisas, começo a deixar de ser sempre eu a meter conversa. Porque as relações, sejam de que espécie for, têm de ser recíprocas. Têm que haver investimento igual de ambas as partes. Ambas as partes têm que querer alimentar aquela proximidade. Quando um não quer, dois não dançam...

segunda-feira, 27 de abril de 2015

BSO da Semana #10

Em semana difícil, como referi no post anterior, a BSO só podia ser esta...
Uma ode aos meus dois putos (filho e afilhado). Mas também aos meus dois sobrinhos, que são os meninos dos meus olhos. Porque as crianças são mesmo o melhor do mundo.

Squeeze Theeze Pleeze
"Ode To A Child (Bea)"
Album: Open
2002



Post agendado

sábado, 25 de abril de 2015

It fucking hurts...

Prestes a entrar naquilo que eu considero "a minha semana negra". Aquela semana que me dói como tudo - dói em todos os dias do ano, mas nesta semana dói a dobrar. A semana que marca, pela negativa, duas das grandes reviravoltas que tive na vida. A semana que marca a perda do meu afilhado, há 5 anos atrás. A semana que marca a perda do meu filho, há 10 anos atrás. Sim, tenho 27 anos e já podia ter um filho de 10. Já escrevi sobre isso no blog, na tag T. (clicar para abrir).

Duas perdas que me abalaram por completo, espaçadas por 5 anos... Os anos múltiplos de 5 não me têm trazido coisas muito positivas, de facto... Em 2005, perdi o meu filho e vi a minha avó ficar acamada (estado em que se manteve até falecer). Em 2010, perdi o meu afilhado e acabou a minha relação mais duradoura. Em 2015, perdi o meu pai. Saldo negativo para os anos múltiplos de 5...

Quando chega a última semana de Abril, fico sempre com um nó no estômago... É inevitável... Mas depois lembro-me da promessa que fiz há 10 anos: hei-de deixar o meu filho orgulhoso... Esteja ele onde estiver, sabe que o pai quer sempre ser mais e melhor, para que ele se orgulhe...

Um beijinho grande para a Carolina, a mãe do meu filho... Sei que estes dias também não são nada fáceis para ela, de há 10 anos a esta parte... Só nós sabemos o que passámos... *

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Um dia daqueles #2

Texto escrito a 30 de Junho de 2012, que me apeteceu partilhar no blog
Parte #1 aqui (clicar para abrir)

Continuação

Chego ao trabalho e começa o stress. Parece que não fui o único a acordar menos bem e o mau feeling que reina naquele espaço sente-se à distância. Café. Café era a minha salvação, isto devia tudo ser falta de cafeína, penso para comigo. Mas nem o café me resolveu o problema. Nem a mim nem a ninguém. A manhã estava a ser um bocado caótica e a confiança com que saí de casa começou a desvanecer-se. O mau humor começou a infiltrar-se em mim novamente, qual lobo mau. E eu hoje era uma presa fácil.

Procuro novamente uma palavra de conforto. “Preciso de ti”, disse-lhe. Sabia que nas próximas horas não teria uma palavra de conforto. Também ela estava a fazer aquilo que gosta. Mas procurava um conforto telepático, talvez ela sentisse que eu precisava de um abraço e mo desse telepaticamente. Talvez.

E as horas foram passando…

E a meio da tarde o meu sorriso voltou. É incrível, quando gostamos de alguém, um simples “adoro-te” pode fazer milagres. Sentirmo-nos gostados faz crescer a confiança e o ego de uma forma brutal. Sermos importantes para alguém da mesma forma que essa pessoa é para nós sabe tão bem…

Vi o meu dia a melhorar de forma substancial. Sermos mimados sabe tão bem como mimar. Adoro dar. Mas também gosto de receber. Quem não gosta? Quem não gosta de se sentir acarinhado, mimado? Todo o ser humano gosta e precisa de se sentir acarinhado. Mesmo as pessoas aparentemente mais frias. Todos nós precisamos de carinho. Quem não gosta de um bom abraço? O abraço é provavelmente a melhor manifestação física de carinho. Um abraço sincero, genuíno, meigo…

Queria despachar-me do trabalho. Queria matar as saudades dela. Queria aproveitar o dia especial. Mas eu já devia saber que quanto mais pensamos e planeamos as coisas, mais depressa os planos saem furados… As expectativas que gerei mentalmente para a noite, que iria fazer esquecer a péssima manhã… Puff, evaporou-se tudo. “Estás chateado?”, perguntou ela. Não. E fui sincero. Não estava chateado. Apenas triste. Triste porque o dia era especial e tudo me correu mal, desde o minuto em que acordei… Triste porque não tenho horários e ela tem turnos, o que às vezes complica a vontade de termos mais tempo para nós. Triste porque o dia seguinte será ainda pior. Eu terei uma despedida de solteiro e ela dois turnos consecutivos. Triste porque não precisava de mais nada no mundo, apenas dela. Chateado não, apenas triste.

Não lho disse. Não queria fazê-lo naquele momento. Porque apesar de sermos dois seres que se gostam, somos também duas pessoas distintas, duas individualidades. E eu não quero que ela perca a individualidade dela. Porque da mesma forma que amanhã eu vou para farra, ela também tem todo o direito de o fazer. E eu não quis condicionar isso. Ela sentiu que algo se passava e eu não lhe disse o que era. E o ambiente ficou estranho. Que raio, quando um gajo pensa que o dia não pode piorar, eis que acontece algo que nos empurra um bocadinho mais para baixo.

Ela voltou. Ambiente ainda esquisito. E o que é que acontece quando o ambiente está esquisito? Conversas de circunstância. Mas que raio se passa connosco, pensei eu! E disse-lhe “vamos fazer reset a esta conversa”. E fizemos. E voltei a sorrir. A noite desapareceu para mim, voltou o sol, o calor. A sensação de bem-estar. Que desapareceu, vencida pelo sono dela.

E a noite voltou para mim. São agora 4 da madrugada… Sentado na sala, em frente ao pc, com um copo já meio vazio ao lado. Meio vazio. Inversamente proporcional ao cinzeiro. Esse já está a abarrotar. Hoje fumei mais do que devia. Respondendo à pergunta que fiz a mim próprio esta manhã, sim, hoje saiu-me tudo ao contrário.

Já vou na terceira página de Word… Bem, afinal parece que afinal até consegui escrever qualquer coisa, passado aquele bloqueio inicial. Respiro fundo. Sinto-me mais leve agora. Se calhar já consigo dormir.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Um dia daqueles #1

Texto escrito a 30 de Junho de 2012, que me apeteceu partilhar no blog

3h10 da manhã… E o sono que não vem nem à lei da bala…

Pego no ipod… Talvez ouvir música me relaxe, como é habitual… Procuro nos sons a tranquilidade que preciso para que o sono venha até mim… Estupidamente ou não, estou um completo turbilhão de emoções que nem sei bem exprimir. A minha mão mexe freneticamente no ipod ao mesmo ritmo que o meu coração bate… Não consigo ouvir uma única música, não me apetece ouvir nada. Não encontro, ou finjo que não encontro, uma música que me apeteça ouvir, uma música que me consiga relaxar…

Mas que raio se passa comigo? Desde quando é que a música não me acalma?

Levanto-me. Vou para a sala e ligo o pc. Escrever. É isso que me faz falta para acalmar… Uma página Word em branco… Engulo em seco, os dedos não se mexem. Bebo um gole de água. Digito a primeira frase. Volto a engolir em seco. Volto a beber água. Mas será que nem hoje as palavras saem? Apetece-me escrever, que raio! Aliás, em abono da verdade, não me apetece propriamente… Mas sinto que preciso de o fazer, sinto que preciso de libertar o que me incomoda… Mas as palavras não saem. Estavam encravadas na garganta e foram goela abaixo com a água que bebi. E agora não consigo arrancá-las. Peço forças para que os dedos não deixem de responder aos comandos do cérebro. Levanto-me e preparo um Baileys com três pedras de gelo. Pode ser que um bocadinho de álcool me anestesie e depois me faça cair na cama ferrado. Volto a sentar-me em frente ao pc.

Revejo mentalmente o meu dia. E racionalizo que realmente tive um dia de merda. Que começou com uma noite agitada, em que o meu subconsciente resolveu pregar-me partidas e me trouxe aos sonhos aquilo que me causa mais dor. O despertador sobressaltou-me e despertou-me destes sonhos. Se é verdade que me causam dor, não é menos verdade que momentaneamente me confortam. Ao menos em sonhos sinto a presença de quem me faz mais falta. Mas sempre que isto acontece, acordo invariavelmente com o coração apertado. Pego no telemóvel, ansiando um conforto que me fizesse sorrir ao acordar e que me afastasse estes pensamentos. Estranhamente, nada. “Será que hoje me sai tudo ao contrário?”, pensei. Provavelmente saiu à pressa e não conseguiu mandar mensagem, repetia para mim próprio, numa tentativa vã de levantar a cabeça e começar o dia na mó de cima. Ainda ensonado e rabugento com este começo de dia, tudo me irrita. Até o raio da roupa, que nem sabia o que havia de vestir. “Precisas de um banho, para aclarar as ideias”, digo para mim próprio. Ainda meio aos tropeções, encaminho-me para o meu destino.

Perdi noção do tempo que estive debaixo do chuveiro. Levanto-me sempre com tempo de me despachar nas calmas, mas os meus banhos costumam ser rápidos. Hoje não. Fiz um esforço para não pensar em nada e simplesmente deixar a água escorrer corpo abaixo. Pelo meio, umas lágrimas teimosas caíram também. “Hoje não é dia para deprimir, é um dia especial”, convencia-me a mim próprio. E o duche lavou-me também a alma. Devia desfazer a barba, já está considerável. Mas hoje não me apetece. E sinto-me melhor com barba, mais confiante. E hoje preciso de me sentir confiante. Hoje quero sentir-me no topo do mundo, quero sentir-me indestrutível. Porque hoje é um dia bom, especial. Saio de casa já com um sorriso na cara.

Continua

terça-feira, 21 de abril de 2015

Selma

E aqui encerro a minha maratona cinematográfica dos filmes que estiveram nomeados para os Óscares. Não os vi todos, mas vi mais do que nos outros anos. Há filmes que foram nomeados que ainda me despertam curiosidade e que hei-de ver certamente, mas não para já, não nesta maratona. Hei-de vê-los, mas com tempo.
Dos nomeados a Melhor Filme, vi todos, finalizando agora essa lista com o "Selma". Das outras categorias, vi também o "Foxcatcher", "Gone Girl", "Nightcrawler", "Unbroken" e "Interstellar". Todas as reviews podem ser lidas aqui no blog, na tag "7ª arte".

Em relação ao "Selma"... É um bom filme, mas sobretudo pela história que relata. Porque acho que o filme em si, cinematograficamente falando, não deslumbra. É um bom filme, mas não com selo de qualidade para os Óscares, na minha opinião - creio que foi nomeado mais pelo tema abordado e pela pessoa que homenageia, do que propriamente pelo filme em si. Martin Luther King, um dos homens da história da Humanidade que mais admiro, merecia um filme melhor. "Selma" não faz jus, a meu ver, a uma das pessoas mais importantes da história mundial do século XX. Mas, ainda assim, é um filme que vale a pena ver. O tema é, infelizmente, sempre actual. E a história que relata é inspiradora. "Selma" relata a luta de Martin Luther King pelo direito ao voto e a igualdade de direitos.

E é importante relembrar uma coisa... Em ano de eleições legislativas em Portugal, era importante que as pessoas se lembrassem que, ao longo da história e um pouco por todo o mundo, houve muita gente que lutou pelo direito ao voto. E hoje em dia, temos demasiada gente a não dar valor a esse direito. Pessoas que se esqueceram de como é importante sermos nós a decidirmos o nosso futuro. No Verão, é porque está calor e se quer ir para a praia... No Inverno, é porque está frio e/ou a chover, e não apetece sair de casa... Chega, chega de desculpas! Não permitam que alguém decida por vocês! Façam a diferença, make it count!

Uma nota de destaque... A música "Glory" (Common & John Legend) ganhou o Óscar de Melhor Canção Original. Podem ver aqui (clicar para abrir) a perfomance nos Óscares.

"Selma"
Director: Ava DuVernay
Starring: David Oyelowo, Carmen Ejogo, Oprah Winfrey, Tom Wilkinson, Tim Roth, Keith Stanfield, ...
Genre: Biography, Drama, History
2014


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Descomplicar também é bom

Não é amor. Não é paixão. Nem sequer se pode considerar que haja uma relação de amizade, no verdadeiro sentido da palavra. É atracção, pura e dura. De ambas as partes, portanto não há mal-entendidos, nem confusões nem enganos. Ninguém tem ilusões de espécie alguma, porque ninguém quer que seja mais do que aquilo que é.

E, não minto, tem sabido bem, embora tecnicamente saiba que não me devia deixar levar pela carência. Mas também dispenso julgamentos... Tanto eu como ela somos adultos, solteiros e descomprometidos. Portanto...

Poderia dizer que há uma química. Mas o que há mesmo é uma física. É o beijo pelo beijo. O toque pelo toque. O sexo pelo sexo. Às vezes também sabe bem descomplicar... Pensar menos, sentir menos, e agir mais... Como diz um amigo meu, "o sentimento atrapalha a relação". Então descompliquemos... Se calhar cansei-me de relações falhadas , de sentir, de gostar, ... Se calhar, por vezes é preciso desligar o coração... Deixá-lo em stand-by até que seja realmente a altura certa de voltar a reanimá-lo...

BSO da Semana #9

Pollo
"Vagalumes" (feat. Ivo Mozart)
Album: Vim Pra Dominar o Mundo
2012



"Vou caçar mais de um milhão
De vagalumes por aí
Pra te ver sorrir
Eu posso colorir o céu de outra cor
Eu só quero amar você
E quando amanhecer eu quero acordar...
Do seu lado"

Post agendado

domingo, 19 de abril de 2015

Ainda sobre o Ídolos

Depois do post da semana passada (clicar para abrir), mais um statement...

Percebes que este país é de facto demasiado pequeno para a quantidade de talent-shows que existem todos os anos, quando vês as mesmas caras em todos... Algo em que eu já tinha reparado no The Voice, quando vi ex-concorrentes do Ídolos, da Operação Triunfo, e afins. Hoje, em menos de 1h de programa do Ídolos, já apareceu um puto que tinha participado no Factor X, outro que tinha participado no The Voice e ainda uma miúda que foi ídolo das pitas por uns meses nos Morangos com Açúcar.

Não temos país para ter tantos talent-shows todos os anos... Acaba por ser um vira-o-disco-e-toca-o-mesmo de caras e vozes... Sobretudo porque sabemos que, em Portugal, o verdadeiro talento é pouco reconhecido. Por mais talento que se tenha, a carreira é (quase) sempre efémera...

sábado, 18 de abril de 2015

Meias palavras *

Aquele momento em que te sentes com o coração a transbordar, por causa de algo que querias dizer. Sentes as palavras a subir. Estás a segundos de abrir a boca. Mas tens de refrear o ímpeto... Só tu sabes o quanto isso te custa, porque não és do género de reprimir emoções. Mas, por vezes, valores mais altos se levantam... Odeias ficar no limbo, no "what if...?". Mas sabes que isto já não é um "e se...?". Já o foi, já o quebraste e já sabes o resultado. E é por isso que te reprimes, que sufocas as tuas palavras e as tuas acções. Lutas contra ti próprio, numa batalha que sabes que vais sempre perder, faças o que fizeres. O chamado "preso por ter cão e preso por não ter". Mas, no fundo, sabes que estás a fazer o que é correcto. Sabes que, por vezes, há coisas mais importantes em jogo, que não podes pôr em causa por dá cá aquela palha. E ter essa noção dá-te a serenidade que precisas para conseguires adormecer sem arrependimentos, e até de alguma forma orgulhoso de ti próprio por teres conseguido ser racional, algo que em ti é tão raro.

* Porque às vezes também sabe bem escrever assim. Sem que ninguém perceba o que escreves. Um desabafo camuflado, que me liberta sem me expor.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Tesourinhos #32

Há cerca de mês e meio atrás, Ricardo Araújo Pereira e a equipa da Rádio Comercial lançaram, na Mixórdia de Temáticas, o movimento Umbadá Never Forget (quem não ouviu, pode fazê-lo aqui - clicar para abrir o link). A coisa pegou, as linhas telefónicas e as redes sociais da RTP rebentaram pelas costuras naquelas horas (clicar para ver reportagem) e a história ainda deu para rir um bocado. E eu não podia deixar de me associar a este movimento (mais vale tarde que nunca!), apesar de nem ser nascido no ano em que a música concorreu ao Festival da Canção (nasci em 87) :P

De modo que o tesourinho deste mês é o "Umbadá". Com uma coreografia de fazer inveja aos melhores dançarinos do mundo (ou não) e com um refrão eloquente e de fácil compreensão lógica (ou não), Umbadá Never Forget :P


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Para quem me conhece, isto vai parecer esquisito... Mas calma, tudo tem uma explicação!

Aquele momento em que um sportinguista ferrenho, que leva a rivalidade (saudável! sem violência!) muito a sério, que espera que os rivais percam sempre em todos os jogos de todas as competições de todas as modalidades, dá por si a sorrir com a vitória do Porto.

Contra-senso? Não. Simplesmente quando sabes que "alguém" está feliz, dás por ti a sorrir. Mesmo não partilhando o motivo propriamente dito da felicidade.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Liebster Award... again :P

Já fiz este desafio várias vezes (mais no antigo blog do que neste), mas a agridoce lixou-me e desafiou-me outra vez :P

Mas só porque eu sou do contra, não vou fazer copy/paste das regras e afins nem vou passar o desafio a ninguém, vou limitar-me a responder às perguntas que me foram lançadas (sou um badass :P).

1. Porque é que perdes tempo a ler o meu blog?
Verdade seja dita, não tenho lido muito, mas não é só o teu, é um mal geral... Já fui mais assíduo na blogosfera do que tenho sido nos últimos meses. Pelos motivos óbvios, a minha disponibilidade mental para ler já não é o que era. Mas adiante... Não considero que seja uma perda de tempo, na medida em que gosto de te ler, caso contrário não te seguia :P e é isso: gosto de te ler. Sobretudo desde que ouvi a tua voz na rubrica do SOG, porque és de facto uma pessoa bem-disposta ;)

2. O que precisas para ser feliz?
Parece cliché, mas é verdade: a felicidade está nas pequenas coisas do dia-a-dia, que aprendemos a valorizar à medida que vamos amadurecemos. Claro que, tal como toda a gente, há fases em que me esqueço disso... Todos somos humanos, todos temos fases menos positivas. Mas genericamente... Para ser feliz, preciso da minha família, dos meus amigos, de sol, de mar e de música. De me sentir realizado pessoal e profissionalmente (e, lá está, tem fases).

3. Se ganhasses um Audi da factura da sorte, o que lhe fazias?
Não tenho carro próprio, pois conduzo os da empresa. Portanto provavelmente ficava com o Audi :P

4. Se o mundo estivesse a acabar, o que quererias fazer antes da explosão final?
Estar com as pessoas mais importantes da minha vida. E abraçá-las. Dar um último mergulho no mar. Roubar um beijo a uma pessoa. Ouvir as minhas músicas preferidas. Queria fazer tudo o que me deixasse de coração cheio. Aliás, é uma premissa que tenho para mim: o mundo pode não acabar, mas um dia o meu mundo irá acabar, e eu quero morrer feliz, de coração cheio.

5. Do que realmente tens medo?
De perder as pessoas que me são importantes - infelizmente, já perdi algumas... De não conseguir realizar o meu maior sonho: ser pai. Estes são os maiores medos.
Depois, tenho também aqueles medos mais banais: fobia de agulhas, por exemplo.

6. A tua vida é aquilo que imaginaste quando eras pequeno?
Não. Tenho aprendido a reinventar-me, over and over again... Há sonhos que ficaram para trás, há sonhos que têm sido sucessivamente adiados, ... Na verdade, poucos foram os planos/sonhos que consegui realmente concretizar. Mas a vida não é um mar de rosas, e também faz parte do caminho sabermos reinventar e definir novas rotas.

7. Sabes que um motel é um hotel com garagem? Sério, vi uma publicidade na Dica que dizia isso. Já foste a algum desses hotéis?!
Ahahahah não queiras saber demais, ora :P agora a sério, não, mas não hei-de morrer sem ir :P

8. O que te corta o interesse numa mulher?
Já escrevi dois posts sobre isso, recentemente. Podes ver aqui (clicar para abrir) e também aqui (clicar para abrir). 

9. O que mudarias na tua vida?
Poder estar mais perto dos meus. Essencialmente seria isto, o resto viria por acréscimo.

10. E se ganhasses o Euromilhões?
Já tinha respondido a isto noutro desafio. "Ajudava as pessoas mais importantes da minha vida. Ajudava algumas pessoas que sei que precisam de ajuda, que sei que têm dificuldades. Viajava muito. Ia estudar Produção Musical, e depois tencionava criar a minha própria editora. Sobretudo seria isto."

11. Tens alguma pergunta para me fazer?
De momento não me ocorre nada, mas vou guardar este free-pass para alguma ocasião em que me lembre de te perguntar algo :P

segunda-feira, 13 de abril de 2015

BSO da Semana #8

Agir
"Bola de Cristal"
Album: Leva-me A Sério
2015



Post agendado

domingo, 12 de abril de 2015

Ídolos...

Quando o júri é constituído por uma actriz, um director televisivo e um gestor de carreiras artísticas conhecido pela sua arrogância, a qualidade do programa está apresentada. É pena. Num programa de música, os candidatos são avaliados por pessoas que pouco ou nada percebem de música.

É incrível como qualquer programa, de qualquer formato, perde qualidade quando se faz uma adaptação portuguesa. É assim com o Masterchef, é assim com o Ídolos, é assim com o Shark Tank, é assim com todos...

sábado, 11 de abril de 2015

Unbroken

Tenho a dizer que "Unbroken" me despertou mixed feelings... Por um lado, gostei imenso da história, é inspiradora e demonstra que todos nós temos mais força do que julgamos, força essa que, a meu ver, se revela na totalidade apenas quando lutamos pela sobrevivência. Por outro lado, fico com a sensação que a Angelina Jolie se "perdeu no caminho"... Ou seja, o filme tem um início muito prometedor, podia ter sido um dos melhores filmes de 2014... Mas, em determinadas alturas, enrola demais... Filme demasiado grande (2h17), a meu ver, sem que houvesse necessidade disso - tirava-se, à vontade, uns 30min de filme. Além disso, acho que falta emoção à personagem principal. Num filme que conta uma história tão dura, acho que falta desenvolver o lado emocional da personagem. Acho que falta sensibilidade na história, acaba por ser uma narrativa pura e dura - mais realista, talvez, sim, mas menos humana do que poderia ser.

"Unbroken" conta a história (real) do atleta olímpico e herói de guerra Louis Zamperini, durante a II Guerra Mundial. Ao longo do filme, vemos Zamperini a passar por várias provações, mostrando um instinto de sobrevivência ímpar.

Não sendo uma obra de arte, que não é (pelos motivos referidos acima), recomendo. Mais pela história do que pela adaptação cinematográfica em si.

"Unbroken"
Director: Angelina Jolie
Starring: Jack O'Connell, Domhnall Gleeson, Garrett Hedlund, Takamasa Ishihara, Finn Wittrock, ...
Genre: Biography, Drama, Sport
2014


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Águas passadas não movem moinhos

O título deste post era uma tag do antigo blog, onde aglomerei os posts que tinha feito em determinado período da minha vida.

Um bom livro não se lê duas vezes, dizem. Porque, à segunda leitura, não tem o mesmo impacto, não tem o mesmo encanto, não prende da mesma forma, não surpreende. Por isso, dizem que nunca devemos voltar a folhear um livro que já tenha sido lido. O mesmo aplica-se à nossa vida. Há portas que nunca mais devemos voltar a abrir, porque nunca corre bem. Ou saímos magoados, ou saímos desiludidos, ou saímos tristes, whatever.

No meio da confusão que anda a minha vida e a minha cabeça, caí no erro de seguir um impulso que eu andava a contrariar desde que perdi o meu pai... Caí no erro de procurar conforto numa porta que estava fechada e que, em tempos, eu tinha jurado não voltar a abrir. Uma noite mal dormida foi o mote para o disparate... Não sou de me arrepender da generalidade das coisas que faço, mas acho que me arrependi no segundo seguinte... A seguir à pergunta "podemos falar?", veio um "sobre?", e foi aí que me senti totalmente idiota. Queria explicar o porquê de estar a abrir aquela porta, mas as palavras não saíam. Como é que explicas (a ti, à pessoa e ao mundo em geral) que estás numa fase da vida em que precisas de uma pessoa com quem já não tens qualquer tipo de relação há anos? Quando precisas de alguém com quem te relacionas, pedes um abraço, dizes que precisas da pessoa. Mas como é que dizes a alguém com quem já não falas que, naquele momento, precisas de ajuda?

A resposta não me surpreendeu. Era a esperada. Não sei que rasgo de insanidade mental me levou a fazer isto, sabendo que, a haver resposta, seria aquela. A única coisa que me surpreendeu foi ainda ter o meu número de telemóvel. Mas, depois do disparate, eu apaguei o número dessa pessoa... Não vou permitir que existam mais emotional break-down's, noites de bebedeiras ou whatever que me levem a asneirar outra vez.

Há uma música que diz "sofro a consequência de querer bater com a cabeça, mas ao menos desse modo sei que dói de certeza". Às vezes é preciso fazer um galo na cabeça para aprender que não podemos ir naquela direcção. Às vezes é preciso relembrarmos quais são os caminhos certos e quais são os errados. Às vezes é preciso relembrar a lição que não podemos reabrir portas que já foram fechadas. Todas as portas que se fecham, fecham-se por algum motivo. Porque a vida vai-se encarregando de ir pondo as coisas no devido lugar. Tentarmos contrariar isso não só não vai trazer efeitos práticos, como também não nos faz bem. Aprendi da pior maneira, talvez, mas aprendi.

Talvez eu seja ingénuo ao não conseguir negar abraços às pessoas por quem guardo carinho (depois há aquelas que não quero ver nem pintadas lol), mesmo que a vida nos afaste. Talvez eu seja ingénuo ao achar que tudo se pode resolver com uma conversa, com pontos nos iis, com esclarecimentos. A verdade é que as coisas são como são, e de nada adianta pôr o passado às voltas no caixão: se está enterrado, não se vai mexer...

Fraquejei, num momento de carência. Fraquejei, tal como tenho vindo a fraquejar nos últimos dias, noutras situações. Fraquejei, tal como me sinto a fraquejar ao não conseguir lidar com a carência e ao ter-me envolvido com um velho caso de há 5 anos atrás (motivações físicas apenas, não há envolvimento emocional de nenhuma das partes). Fraquejei, tal como fraquejei no último fim-de-semana, em que foram mais as horas em que tive álcool no sangue do que as horas em que estive sóbrio. Fraquejei, porque estou num turbilhão e vivemos num mundo em que toda a gente espera que tu superes o falecimento do teu pai num abrir e fechar de olhos... Toda a gente espera voltar a ver-te sorrir, toda a gente espera voltar a ver-te animado, toda a gente espera voltar a ver-te em festas, toda a gente espera que o teu luto dure apenas umas semanas. Quase parece que, ao fim de 2 meses, já não tens direito ao teu luto porque "a vida continua"... E "toda a gente" te pressiona. Porque tens que voltar a sair. Porque se dizes alguém "desculpa, não me apetece falar agora, preciso do meu espaço", a pessoa vai ficar ofendida e diz que já não sabe como lidar e falar contigo. Porque... 

Porque, por mais forte que tentes ser, o saco começa a encher e rebenta da pior maneira e dás por ti a fazer disparates... E às vezes só precisas de um abraço, sem que o tenhas que pedir... Só precisas que alguém te diga "estou aqui" e que te abrace em silêncio... Outras vezes, precisas de um bocadinho mais do que conversa de circunstância com determinada pessoa, precisas de sentir que ela está ali de coração e que não está só porque sim (tenho sentido isso com duas pessoas, nos últimos tempos). Se calhar é por isso que, em momentos de desespero, um gajo acaba por procurar conforto onde sabe que em tempos já o teve... Mas é um erro, é sempre um erro...

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Sentimentos (Des)Controlados #2

Primeiro capítulo aqui (clicar para abrir)

Chegados ao carro, paira a dúvida na cabeça dele: deve manter-se calado e deixar que seja ela a começar a conversa? Deve puxar o assunto? Opta pela primeira. "Se ela diz que as coisas mudam, ela é que tem que explicar o que é que mudou", pensa ele para os seus botões.

- Eu fui cobarde e injusta contigo... - explica ela. - Também sempre despertaste qualquer coisa cá dentro, mas quando disseste o que sentias, fiquei com medo e fugi. E menti-te... E afastei-te... Agi mal, eu sei.
- Tens noção que me magoaste? Que o teu silêncio e o teu afastamento me fizeram sofrer?

Ela baixa os olhos, incapaz de o encarar.

- Não consigo entender porque é que fugiste. - continua ele. - Eu sei que as coisas são complicadas, e tudo e tudo. Mas porque é que me mentiste?!
- Eu sei, fiz merda contigo, desculpa! Mas assustei-me com a velocidade a que as coisas estavam a acontecer, da forma como estavam a acontecer. Fui cobarde, mas nunca te quis magoar.
- O que é que mudou então?
- A tua ausência mudou tudo. De repente queria partilhar contigo as coisas parvas do dia-a-dia e tu estavas distante. Fui eu que te afastei, eu sei, mas nem eu própria imaginava a falta que me ias fazer. Senti saudades tuas...
- Ana Rita, sem ofensa, e não estou com isto a atacar-te, mas... Quem me garante neste momento que não foi apenas isso: sentiste a minha falta e ponto? Por favor não leves a mal o que estou a dizer, mas põe-te por um segundo na minha pele... De um dia para o outro deixas de dar sinais de vida, quatro meses depois decides combinar este café e de repente dizes que sentes o mesmo que eu? Será que sentes mesmo, ou apenas sentes falta de seres apaparicada e mimada?

Ela ganha finalmente coragem de o encarar. Os seus olhos começam a brilhar, culpa das lágrimas que começam a espreitar.

- Tu achas realmente que eu seria capaz de te magoar de propósito? Olha-me nos olhos e diz-me se achas que eu era capaz de brincar com os teus sentimentos! Eu não tenho 15 anos, Fernando! Olha-me nos olhos, achas que eu estou a brincar contigo?! Olha-me!
- Eu não te estou a atacar! Mas não achas que tenho o direito de questionar e esclarecer? Estás quatro meses sem dizer nada, de repente voltas a aparecer e parece que esperas que eu agora te beije, que diga que está tudo bem e vivemos happily ever after? Primeiro preciso de perceber o que tu sentes, não quero voltar a sair magoado disto...
- Não, tu vais é sair do meu carro e já! - dispara ela abruptamente.
- Mas...
- SAI!

Fernando abre a porta do carro e sai, não sem antes olhar para ela, que chora compulsivamente. Mal fecha a porta, ela arranca, deixando-o no meio da estrada, atónito com aquele fim de tarde inesperado.

(continua)

Ficção

terça-feira, 7 de abril de 2015

Serviço Público Musical :P

Sou um apaixonado por música. É, muito provavelmente, a maior paixão da minha vida. Sou também músico amador, mas sou sobretudo um amante de música. E acabo por passar horas no Youtube a ver os mais diversos covers. Nessa categoria, tenho um gosto especial por drum covers. Talvez porque é o instrumento que menos domino (apenas dou uns toques, digamos assim) mas é dos que mais me fascina. A esse nível, descobri há uns anos um gajo que, para mim, é o melhor Youtube Drummer. 

Casey Cooper, mais conhecido por "COOP3RDRUMM3R", é do melhor que se pode ver a esse nível. Tem covers para todos os gostos musicais, sendo que opto por partilhar directamente aqui o drum cover de uma das minhas bandas preferidas ever. O Travis Barker é insubstituível e incomparável, mas este puto também está à altura!

Nota: Para que a experiência auditiva seja plena, recomenda-se o uso de phones, preferencialmente headphones.


E, como eu disse, drum covers para todos os gostos musicais... Sendo que em alguns casos, superam os originais... Lanço-vos um desafio! Da lista abaixo, escolham a música que mais gostam, e digam lá se não dá vontade de ouvir todas ;) (basta clicarem em cada nome para abrir o respectivo link - enjoy!):

Linkin Park - Bleed It Out
Carly Rae Jepsen - Call Me Maybe
The White Stripes - Seven Nation Army
Nirvana - Smells Like Teen Spirit
Flo Rida - Whistle
Maroon 5 - One More Night
The Script feat. will.i.am - Hall Of Fame
Imagine Dragons - Radioactive
Daft Punk feat. Pharrell Williams - Get Lucky
Bastille - Pompeii
Papa Roach - Last Resort
Miley Cyrus - Wrecking Ball
Katy Perry - Roar
Ray Parker Jr - Ghostbusters Theme Song
Eminem feat. Rihanna - Monster (este cover é que é monstruoso, está brutal! é dos meus preferidos)
Muse - Time Is Running Out
Passenger - Let Her Go
Red Hot Chili Peppers - Scar Tissue
Queen - Under Pressure

segunda-feira, 6 de abril de 2015

BSO da Semana #7

Coldplay
"Paradise"
Album: Mylo Xyloto
2011



Post agendado

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Seja amor ou qualquer outro capricho da alma

Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, não me sais da cabeça.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, é o teu abraço que procuro nos momentos de desespero.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, é o teu nome que me vem à cabeça quando o visor do telemóvel se acende.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, estremeço quando oiço o teu nome.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, és tu que fazes disparar o meu coração.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, é a ti que vejo no meio da multidão.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, é pelos teus beijos que anseio.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, não consigo evitar pensar "raios, és tão bonita..." quando te olho.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, fazer-te rir aquece-me o coração.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, um dia hei-de conhecer de cor o teu corpo.
Seja amor ou qualquer outro capricho da alma, seja comigo ou não, ver-te feliz é uma prioridade.

Texto antigo, encontrado nas profundezas dos meus rabiscos.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Suspiro do Mês #19

É norte-americana. Completará, este mês, 34 anos. É considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo. É actriz. Chama-se...

Jessica Alba










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