sábado, 13 de junho de 2015

Sentimentos e distâncias

Juro que não fui eu que escrevi isto (clicar para abrir) - até porque a distância é sempre bastante superior a 300 km. Mas podia ter sido eu, em vários momentos da minha vida. Em linhas gerais, isto é, pela essência do post, podia ter sido eu a escrever isto...

Já uma vez referi aqui no blog que tenho queda para "impossíveis". E esses "impossíveis" têm quase sempre um denominador comum: a distância. Mesmo quando essa distância não era tão grande como agora: a minha grande paixão da adolescência vivia a 200 km de distância e eu mudei a minha vida toda por ela (aos 15/16 anos!!! sou louco, eu sei...)... Infelizmente, ou eu sou demasiado romântico ou "elas" (mulheres no geral) são demasiado pragmáticas - trocando por miúdos, a distância é vista como um obstáculo e poucas são as mulheres que o tentam ultrapassar (ou então é porque os sentimentos não são assim tão fortes, também é verdade).

Sabem... Acho que custa mais quando desistem de nós por motivos que nada têm a ver com a nossa personalidade. Ou seja, se desistem de mim por algum erro que eu cometo ou por algum traço de personalidade que eu tenho, é uma lição para o futuro: é um defeito que tento moldar. Mas desistirem de mim por algo que foge do meu controlo e que nada têm a ver com a minha personalidade (e que, portanto, não faz alguém gostar mais ou menos de mim), isso é que dói para carago...

4 comentários:

  1. Não sei se as mulheres são mais pragmáticas que os homens. Tenho a ideia que é ao contrário... (Diz-me tu).

    Quanto à distância, não acredito que dê para estar longe para sempre (as relações são para serem vividas todos os dias), mas acho sinceramente que dá para estar longe durante uns tempos (meses, um ano) e até que uma das partes (normalmente aquela para quem é mais fácil, deixa menos coisas para trás, consegue mais facilmente arranjar um emprego etc) consiga alterar a sua vida (pessoal, profissional) para estar perto de quem ama.

    Eu não posso falar por todas as mulheres, até porque conheço várias que não pensam como eu nestes assuntos, por isso só te posso dizer o que me passa a mim pela cabeça nestes assuntos: será que vale mesmo a pena? Será que gostamos o suficiente um do outro ao ponto de um de nós mudar a nossa vida? Será que ele vai ter paciência/maturidade suficiente para aguentar uma relação nestes moldes? Eu sei, eu sei... Se não arriscar nunca se vai descobrir, é verdade. Mas acho que quem opta (ou pelo menos eu optaria) por não arriscar o faz porque aquela pessoa não vale assim tanto a pena ou não a sente suficientemente comprometida ou paciente.
    Há claro outra razão que me parece mais frequente. Ninguém deve ir para uma relação a achar que não vai ser eterna (leia-se, eterna enquanto dure) ou que há algum aspecto que à partida a faz achar que está condenada. A distância por si só não tem que condenar a relação, mas torna as coisas mais difíceis e a questão é: vais ter muito medo (eu pelo menos teria) de criar expectativas e saíres (mais uma vez) magoada.

    Boa sorte Roger e se der para insistir com a miúda (e achares se vale a pena), um conselho: insiste! As mulheres, neste aspecto, são menos pragmáticas e mais românticas, às vezes só queremos que o outro ache que nos valemos a pena o esforço e a insistência.

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    1. Começo pelo final: este post tem mais a ver com o meu passado do que o meu presente ;) ou seja, isto é mais "o filme da minha vida" do que o meu momento actual.

      Quanto ao pragmatismo... Em nada na vida eu gosto de generalizar, e isto não é excepção. Porque depende dos homens e depende das mulheres. No que toca a este ponto específico (distância, portanto), tenho ideia que as mulheres são mais pragmáticas e "jogam pelo seguro". Um gajo quando gosta a sério, vai até ao fim do mundo - as mulheres acabam por ficar mais de pé atrás, não sei. Pelo menos falo pela minha experiência pessoal.

      Claro que isto é tudo uma questão de sentimento. Quando o sentimento não é assim tão forte, nem sequer tentas, nem sequer batalhas, porque achas que não vale a pena. Mas quando gostas realmente e queres, de facto, investir numa relação, a distância não pode ser uma condenação. Uma relação à distância implica muita luta, por isso o sentimento tem que ser forte, bem como a confiança.

      Enfim, como em tudo na vida, não há verdades absolutas. Depende de pessoa para pessoa e depende sempre do sentimento que há - se for uma mera paixoneta, uma mera atracção, um mero desejo, então não há força suficiente para batalhar contra a distância. Mas quando o sentimento é forte, então aí arrisca-se. Como já disse várias vezes, eu sou pelo risco.

      Beijinho

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  2. Boa noite :) este post teu falou-me mais alto que muitos do que já aqui comentei :) eu sou uma das mulheres que, sim senhora, luta contra a distância (essa grande cabrona - ups, posso dizer isto? - que me altera as hormonas e me deixa a relação entregue ao contacto de fim-de-semana) e posso afirmar com certeza que, durante o ano e meio que vivo a 120km do meu namorado que nunca pensei em terminar por causa destes km. Bem sei que vai parecer um cliché o que vou dizer (e não vou generalizar, o que eu digo vale para mim, para outros não valerá), mas quando há sentimento grande e bom, who cares? Os 120 km, às vezes, parecem-me 20. Noutros dias, parecem-me 1000.

    Já me perguntei muitas vezes "será que dá? Será que aguentamos?". Ui, noites acordada a pensar nestas coisas, de coração nas mãos. Chego sempre à mesma conclusão: sim, dá.
    Isto para dizer que: se for para terminar um relacionamento, que seja por algo que não se pode mudar - e em relação à personalidade, ou se aceita ou não. Agora, distância? É fod.. lixado para chuchu, que é, mas vale a pena.

    Em relação ao pragmatismo, em verdade digo que não reduzo estes 120km porque é impossível nesta fase. Mais para a frente, quando os 120km parecerem 3500, aí sim, uma das partes larga o que tem. Por enquanto, não pode ser dado esse passo. Mas para lá se caminha. O nosso pragmatismo (de mulheres como eu) é sempre esse: para a frente é que é o caminho, rumo a diminuir a distância.

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    1. Lá está: quando o sentimento é intenso e real, não há distância que o destrua. É lixado, que é, mas não é a distância que destrói a relação!

      Obrigado pelo teu testemunho em relação ao assunto :)

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