Sou blogger há 7 anos. Durante muito tempo (até 2012), escrevia só para mim, e para um ou outro familiar ou amigo que costumavam ler-me. Quando comecei a ter seguidores, moldei um pouco a minha escrita. É inevitável: há que respeitar as sensibilidades alheias. Mas não mudei nem um milímetro a minha maneira de ser. Sempre assumi, sem medos, que este blog é reflexo do que eu sou enquanto pessoa. Não reflecte tudo o que sou, mas reflecte genuinamente muito do que sou. Posso dizer-vos até que assino aqui não com um nick mas com a minha alcunha desde criança: Roger, diminutivo de Rogério, o meu nome. Por isso não me escondo, sou aqui o que sou em qualquer lado. Sou eu próprio.
E se há algo que eu considero ser, é um tipo com sentido de humor. Falo a sério muitas vezes e gosto de debater, como se viu ali no post do poliamor. Mas também gosto de brincar. E brinco com tudo. Quem lia o meu antigo blog, viu-me "gozar" com políticos, com futebolistas e dirigentes desportivos, com treinadores, etc. Pela altura do homicídio do Carlos Castro até cheguei a postar algum humor negro.
Para além de muitas outras coisas, sou também sportinguista. Desde o dia em que nasci. E vivo o meu clube com paixão, com fervor. Mas isso não me inibe de criticar o que está mal ou de "gozar" com determinadas coisas. Eu sou aquele que chama "cabeça de cotonete" a um ex-presidente do meu clube. Eu sou aquele que gozava com o cabelinho do Paulo Bento e com a sua "tranquilidade". Eu sou aquele que no antigo blog postou a paródia "Sporting That I Used To Know". Eu sou aquele que se ri à gargalhada com o Luís Franco-Bastos a imitar na perfeição a voz do presidente do meu clube. Eu sou aquele que, no tempo em que o Izmailov ainda jogava no Sporting, cantarolava o refrão da música "It's my life" dos Bon Jovi, trocando a letra original por "Iz-mai-lov". Enfim, eu vou brincando com as coisas da vida, porque não gosto de levar a vida tão a sério quanto isso. Gosto de levar a vida com algum humor.
Infelizmente, o meu humor nem sempre é entendido ou bem interpretado. E isso aconteceu aqui na blogosfera. Onde uma mera brincadeira, uma mera piada, foi entendida como mau gosto e má educação. Foi apenas um apontamento de humor, que acabou por escalar para uma situação desagradável.
Como eu disse ali em cima, eu respeito as sensibilidades alheias. E não me custa rigorosamente NADA apagar um post que alguém considere mais ofensivo. Porque sim, esta é a minha casa, mas quero que os outros se sintam confortáveis quando a visitam. Mas quando as pessoas se sentem ofendidas ou desagradadas com algo, prefiro que mo digam, directamente a mim. Que venham falar comigo e me digam "não gostei do que fizeste". Ok, aí fala-se sobre os diferentes pontos de vista, chega-se ou não a um consenso, mas há uma conversa baseada em respeito mútuo. Desagrada-me, e magoa-me até, entrar noutro blog e ver o meu post (que era uma mera brincadeira) escarrapachado num link, com críticas implacáveis. Eu tenho um endereço de e-mail visível ali do lado esquerdo, através do qual QUALQUER UM DE VÓS pode entrar em contacto comigo. Não é o meu mail pessoal, é apenas para efeitos do blog, mas é consultado regularmente. E, tal como aqui nos comentários, nunca ninguém fica sem resposta.
Eu aceito e respeito que o sentido de humor dos outros não seja igual ao meu. Eu aceito e respeito que possa dizer certas coisas que desagradem a outros. Mas custa-me, honestamente, aceitar que de uma formiga se faça um elefante, em praça pública e sem se falar primeiro comigo.
Mas mais que isso, custa-me e revolta-me até, que pessoas que não me conhecem, que nem sequer lêem o meu blog, que não sabem o meu tipo de humor nem procuram saber, ataquem logo como se me conhecessem desde sempre. Uma coisa é uma seguidora se sentir ofendida com algo que eu escrevo. A meu ver, não agiu da forma mais correcta (e antes que haja comentários: eu estou a fazer este post DEPOIS de já ter comentado directamente o post dessa minha seguidora), mas tem legitimidade para se sentir desagradada. Mas pessoas que nunca me leram, entram num post apenas (é, eu monitorizo externamente o blog), mas chamam-me logo mal-educado e dizem que nem sei ser Homem nem Cidadão nem Adulto... Pondo até a minha educação em causa, dizendo que não levei palmadas no rabo na altura devida. Que sabem elas da minha educação?! Mas eu dei a alguém o direito de falar sobre os meus pais e a forma como me educaram?!
Razão tem o Mustache, quando diz que o melhor da blogosfera são as pessoas....e o pior também.
Por motivos que não interessam agora, eu já ando há uma semana a repensar a minha continuidade na blogosfera (e há uma seguidora que o sabe, porque calhou dizê-lo um dia destes em jeito de desabafo). Perante isto, perco seriamente a vontade de continuar. Para já, vou apenas fazer uma pausa e pensar se vale a pena continuar por aqui, neste mundo onde por detrás de um PC ninguém se inibe de julgar seja quem for sem conhecer, onde se põe em causa a educação por causa de uma simples piada. Não me identifico com essa postura. Entendo que o meu humor não agrade a todos. Não entendo é que se queira lançar à fogueira alguém que cometeu o pecado de fazer uma piada, mas depois é ver quase um milhar de seguidores em blogs, tipo o do Patife, em que as mulheres são meros objectos sexuais. Não gosto de falsos moralismos.
Ando, sinceramente, cansado da blogosfera. Trouxe-me coisas muito boas, sem dúvida. Mas ultimamente tem-se tornado um fardo difícil de carregar. Se calhar é precisamente por andar numa fase mais "sensível" que este tipo de coisas me afectam mais do que deviam.
Pelo que vou fazer uma pausa, depois logo se vê. Uma coisa é certa: se decidir continuar, acabam-se aqui todo o tipo de piadas e picardias futebolísticas. Os posts sobre futebol serão só e apenas sobre o Sporting (e eventualmente a Selecção), mas fechados a comentários.
Pelo que vou fazer uma pausa, depois logo se vê. Uma coisa é certa: se decidir continuar, acabam-se aqui todo o tipo de piadas e picardias futebolísticas. Os posts sobre futebol serão só e apenas sobre o Sporting (e eventualmente a Selecção), mas fechados a comentários.
Até breve, meus caros.