quarta-feira, 30 de abril de 2014

O desporto nas bocas do mundo (Dani Alves, Nélson Évora, Real Madrid e Cristiano Ronaldo)

1) Dani Alves = boss! Respect! Chapada de luva branca, num momento em que era fácil perder a cabeça (durante um jogo de futebol, as emoções acabam muitas vezes por levar a melhor sobre a razão). Dani Alves podia ter tido uma reacção agressiva para com os adeptos. Ou podia deixar-se abalar psicologicamente ao ponto de recusar continuar em campo. Mas teve a melhor atitude que podia ter tido: calou os ignorantes. Para quem não sabe do que se está para aqui a falar, é favor ver este vídeo (clicar para abrir link).

2) Na sequência do incidente com Dani Alves, Nélson Évora denunciou publicamente uma situação de racismo que sofreu na pele, numa discoteca de Lisboa (notícia aqui - clicar para abrir link). Estas coisas, infelizmente, acontecem em todo o lado, mas em Lisboa não me surpreende nada. Porque eu já conheci a noite lisboeta e nunca gostei precisamente por a achar extremamente elitista. Nunca fui barrado e nunca tive problemas em lado nenhum, mas conheço quem já tenha tido e sempre reconheci ambientes elitistas nas discotecas da capital. Há uns anos, havia em Coimbra uma discoteca que eu frequentava regularmente, de seu nome Vinyl, que era conhecida como a "discoteca dos betos". Quando ouvia alguém a utilizar esse argumento, a minha resposta era sempre "então vai a Lisboa, e vais ver o que é um espaço nocturno elitista". Em Lisboa há elitismo exacerbado na noite, como eu nunca vi em mais lado nenhum (e conheço a noite de umas quantas cidades portuguesas). Mas se fosse só elitismo... Pelos vistos também há racismo e ignorância a níveis históricos... Acho que o Nélson Évora fez muito bem em denunciar a situação. Situações de racismo devem ser sempre denunciadas. Sobretudo quando estamos a falar de um atleta que representa o nosso país, as nossas cores, que canta o nosso hino. É certamente mais português do que as bestas que lhe barraram a entrada.

3) O Real Madrid humilhou o Bayern. Não consigo falar do jogo desta terça-feira noutros termos. Vi o jogo e foi de facto um baile épico. Quando ninguém o imaginaria, o Real reduziu a nada aquela que é considerada uma das melhores equipas europeias da actualidade. E o Cristiano Ronaldo voltou a quebrar recordes, mostrando cada vez mais que é de outro mundo! Melhor marcador de sempre numa edição da Champions, com 16 golos (e uma vez que o Real vai à final, CR7 pode aumentar esse recorde). Para mim, melhor jogador português de sempre. Ponto. E um dos melhores jogadores de sempre a nível mundial. Respect!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Marquei-te um golo, papá!

Perguntaste-me se queria ir jogar à bola contigo. Como posso eu recusar um pedido teu? O meu "sim" faz-te sorrir. O sorriso mais lindo do mundo. Um sorriso doce, inocente, malandro. O sorriso de alguém que está a começar a descobrir o mundo. Derreto-me com o teu sorriso. Dou-te a mão e ajudo-te a caminhar. A caminhar no chão. E a caminhar na estrada da tua vida, que vai sendo construída.
Eu fico à baliza. Tu queres ser o novo Liedson. Corres para a bola, com um sorriso que vale muito mais que ouro. E de repente... GOLO! Corres para os meus braços. Amparo-te e pego-te ao colo. Sorrio contigo e para ti. Dizes "marquei-te um golo papá". Dou-te um beijo na face.

Foda-se, foi só um sonho...

Na realidade tu não estás aqui. Não jogas à bola. Não sorris para mim. Não me chamas papá. Não conheço sequer o teu rosto. E esta realidade dói.

Escrito a 29.04.08
O único texto que guardei do meu primeiro blog ("Pensamentos Apalavrados", 2007-2010).
Para melhor contextualização, podem ler a tag "T.", seguindo este link (clicar para abrir).

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Limitless

A rubrica de cinema tem andado parada, eu sei, mea-culpa. Não tenho tido muita disponibilidade (nem temporal nem mental) para encurtar a minha lista de filmes a ver. No entanto, fica aqui a promessa de mudança. Tenciono fazer desta rubrica algo mais regular, semanal talvez, ou na pior das hipóteses quinzenal. E mesmo quando estiver em fases menos cinéfilas, posso sempre falar de filmes que já vi anteriormente.

Posto isto... Vamos ao último que vi: "Limitless" (ou, em PT, "Sem Limites"). O filme fala de um escritor falhado, que acaba por conseguir contrato para publicar um livro mas não consegue fazê-lo devido a uma crise de criatividade. Até que se cruza na rua com um antigo colega de liceu, irmão de uma ex-namorada, que lhe dá a experimentar um misterioso comprimido que lhe permite aceder a 100% do cérebro aumentando as suas capacidades intelectuais. O poderoso comprimido muda a vida do escritor, até que ele começa a perceber os inúmeros perigos dos efeitos colaterais.

O filme é bastante bom. E alucinante também. Só não gostei muito do final... Não sei dizer bem porquê, mas esperava algo diferente talvez. Mas, apesar disso, vale a pena ver ;)

"Limitless"
Director: Neil Burger
Starring: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish, Andrew Howard, Anna Friel, Johnny Whitworth, ...
Genre: Mystery, Sci-Fi, Thriller
2011


sábado, 26 de abril de 2014

Se eu me matar em frente a uma Universidade, a culpa também vai ser das praxes?!

A comunicação social cada vez me fascina mais, pela negativa... O que é irónico... Porque eu gostava de ser jornalista. Mas não me identifico com o jornalismo actual.

Pois que cai um muro que, por sinal, mata estudantes universitários. Como poderia ter atingido jovens do ensino secundário, como poderia ter atingido qualquer cidadão, bem como poderia ter atingido crianças. Mas a comunicação social voltou a fazer um bom trabalho no que toca a denegrir a imagem das praxes, e no dia seguinte as capas de certos pasquins tinham como destaque "Praxe mata três jovens". Já não há paciência para este tipo de jornalismo sensacionalista e sem escrúpulos! Eu queria ver se o muro tivesse caído no domingo passado, por causa dos festejos benfiquistas... Gostaria de saber se iam imputar a culpa ao Benfica...

Isto está a começar a roçar o ridículo. Culpar a praxe por um acidente na via pública é algo que eu considero atroz. O muro estava visivelmente degradado, mas a culpa é da praxe. Por acaso os jovens que morreram, e também os jovens que ficaram feridos, estavam em mobilização praxística. Mas, espantem-se, em algo tão inofensivo como duelos de cânticos! Tal como num estádio de futebol existem esses duelos. Tal como na minha viagem de finalistas a Lloret se cantava por Portugal. Tal como quando tivemos por cá o Euro 2004 havia duelos de cânticos. Mas se ainda restarem dúvidas, podem ver aqui neste vídeo (clicar para abrir) no que consistem estes duelos.

E é assim que denigre a imagem da praxe. É assim que se amedrontam os jovens prestes a ingressar no ensino superior. É assim que se preocupam os pais. E é assim que se lavam as mãos de algo que é da competência da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia.

Por fim, uma nota sobre a postura da Universidade do Minho e a sua Associação Académica. É de louvar o gesto de cancelar as festividades académicas das próximas semanas. Há um ano atrás, critiquei a postura da Federação Académica do Porto por não cancelar, nem sequer adiar, a Queima das Fitas na sequência da morte de Marlon Correia (que, relembro, morreu dentro do recinto, a proteger a sua Academia). Este ano, louvo a decisão da Associação Académica da Universidade do Minho, pelo respeito que mostram pelos seus colegas e respectivos familiares.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Tesourinhos #22

E porque esta semana só se vê vermelho everywhere, eu gosto de ser diferente e, assim sendo, vou trazer o verde até à blogosfera. Trago-vos então memórias de um dos momentos mais marcantes da minha vida: o dia em que vi o meu Sporting ser campeão pela primeira vez.

Eu era um miúdo, a poucas semanas de completar 13 anos, e o Sporting enfrentava um longo jejum de 18 anos sem conquistar o título. E aquele dia foi mágico. O Sporting ia jogar fora, contra o Salgueiros, mas no velhinho Estádio de Alvalade já estava tudo pronto para a festa. Num campo ao lado foi instalado um ecrã gigante. E foi onde vi o jogo, juntamente com o meu pai e o meu irmão mais velho. Fomos para Lisboa de propósito para viver aquele momento. O Sporting goleou e quando soou o apito final foi a euforia total. Foi um momento único, indescritível, lindo! A festa continuou, pela noite fora, mas já dentro do estádio, onde se esperava a chegada da equipa.

Eu vivi aquele momento em Lisboa, no Estádio de Alvalade. Mas aquela conquista foi celebrada de forma efusiva em todo o país.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Abril soma e segue

Estava eu nas urgências do hospital há várias horas, a acompanhar uma colega que não estava bem, quando recebo uma mensagem no telemóvel que me avisa que, à mesma hora e a muitos quilómetros de distância, também os meus pais estavam no hospital... Dona Mãe a pregar sustos...

Para completar este mês, acabo de saber que um amigo da família já de há vários anos, faleceu... De repente...

E é assim que, quase todos os anos, o mês de Abril vai ficando marcado e me vai dando vontade de erradicá-lo do calendário...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Parabéns, um abraço e um queijo, e agora já chega...

Epá, como se costuma dizer, "não há cu que aguente". Já não posso ver vermelho, já não posso ouvir buzinas, já não posso ouvir cânticos de apoio ao Benfica. Ok, ganharam, parabéns. Agora, os meus ouvidos já não podem mais com a lampionagem :$

Quando é o Porto, o barulho é muito residual, porque é de conhecimento geral que é uma festa mais regional. No resto do país tem pouca expressão. Agora, quando é o Benfica, fica impossível. É nestas alturas que adorava estar bem longe de Portugal, na Austrália ou no Japão, por exemplo, era longe o suficiente :$

Ya, deixem-me lá curtir a minha azia sossegado -.-'
Parabéns. E é só. Agora deixem-me dormir, sim?

PS - Curti muito ouvir na TV a dizer que não custou nada. Naaaa, nada... Devem estar esquecidos que até Dezembro andaram a tremer tanto como o Porto ;) e também curti ouvir falar a mulher do Luisão, que dizia que o marido ia acabar a carreira no Benfica. Mas não é ele que todos os Verões, quando chega de férias, vem com ideias de sair? xD

domingo, 20 de abril de 2014

Boa Páscoa, e que o Benfas não seja campeão hoje, para não me amargar as amêndoas!

Não sou católico, apesar de ter tido educação católica. Nem estou junto dos meus para poder passar este domingo com a família nuclear. Por isso, o dia de Páscoa não me diz nada, passa-me ao lado. Contudo, deixo aqui os meus votos de Boa Páscoa para vocês.

E apesar de ser certo que este ano é o Benfica que leva o caneco (ano em que morre o Eusébio, já se esperava, "né berdade"? :P), ainda tenho esperança que não seja hoje. É que ver ganhar o campeonato no domingo de Páscoa uma equipa que tem um treinador chamado Jesus, é mau demais -.-' Mas ao menos não foram campeões de sofá às nossas custas, não retribuímos a gentileza de 2002, em que o Sporting foi campeão no sofá, depois do Benfica ganhar ao Boavista (que ficou em 2º lugar, e nessa época o Benfica ficou em 4º e não foi pela segunda vez consecutiva às provas europeias) - notícia aqui (clicar para abrir).

sábado, 19 de abril de 2014

Friendzone: verdade ou mito?

Imagem retirada do Shiuuu
Been there, done that.
E não consigo evitar um sorriso quando leio este tipo de coisas (e no Shiuuu acontece com alguma frequência). Porque vejo nos outros o mesmo medo que senti quando isso me aconteceu. As mesmas inseguranças, os mesmos pensamentos, os mesmos sentimentos. Porque quando se tem uma amizade tão especial, é quase impossível não pensar que se vai estragar tudo.

Isto aconteceu-me em 2007. Já conhecia a rapariga em questão há mais de um ano, ela era colega de turma de uma ex-namorada minha e mesmo antes de a conhecer já tinha ouvido falar muito dela (e ela de mim). Conhecemo-nos por acaso, através da música. E logo ali houve uma empatia muito grande. Rapidamente passámos de conhecidos a amigos, e de amigos a melhores amigos. Éramos a versão do outro no sexo oposto. Falávamos sobre tudo, sem filtros. E criou-se de facto uma enorme ligação. Poucos meses depois de nos conhecermos, já não conseguíamos passar um dia sem falar com o outro. Isso levava a que, muitas vezes, levássemos com algumas bocas, do género "já vi muita coisa começar por menos". Mas naquela altura, aquilo não nos fazia sentido. Tínhamos uma ligação muito especial (e incrivelmente telepática), mas só víamos uma enorme amizade e cumplicidade. Para além disso, éramos ambos comprometidos já há algum tempo (no caso dela, há bastante tempo - 3 ou 4 anos).

Quis o destino que as nossas relações começassem a desmoronar. Primeiro a minha, depois a dela. E eu dei por mim apaixonado (ainda ela namorava). E aí vieram os mesmos receios que, volta e meia, vejo nos que escrevem para o Shiuuu. Vi-me completamente perdido, completamente à toa. Não sabia o que havia de fazer. Pensava em afastar-me, mas depois não conseguia. Porque ela me era importante, porque eu não queria estragar aquela amizade tão única, porque quando começaram a surgir problemas na relação dela eu não conseguia virar-lhe as costas e negar-lhe um ombro. No início, ainda tentei desvalorizar o que sentia. Julgava que estava a confundir tudo, que possivelmente apenas me sentia carente. Mas o sentimento aumentava de dia para dia.

Um dia, numa conversa banal, não sei como a conversa acabou por resvalar para outros campos e ela disse-me algo como "não me digas que é uma rapariga que te deixa assim", ou algo do género. Ora eu, que não tenho jeitinho NENHUM para mentir, fiquei sem saber como descalçar aquela bota. Comecei a gaguejar, a querer mudar de assunto. Mas ela percebeu. E não me largou o resto do dia, até saber. À noite, venceu-me "pelo cansaço": eu não estava a conseguir disfarçar, ela não parava de insistir e eu desbobinei. E foi quando enviei aquela mensagem: "há meses que tenho uma panca por ti". Todo eu tremia. Só pensava "mas que merda fui eu fazer?!". A resposta não tardou. "Sinto por ti o mesmo que sentes por mim". Eu era correspondido! O sentimento era recíproco! E os medos também, daí ela também nunca ter avançado antes. Tinha medo de estragar tudo, tinha medo que eu não sentisse o mesmo. Esse dia foi o início de uma história de mais de 2 anos.

Por isso é que quando leio este tipo de segredos no Shiuuu, digo sempre o mesmo: arrisquem. Quando duas pessoas desenvolvem uma ligação tão especial, uma cumplicidade tão grande, uma química tão forte, é provável que o sentimento seja muito maior que uma simples amizade. A chamada "friendzone" às vezes só existe na nossa cabeça. Sim, podemos não ser correspondidos, e aí inevitavelmente a amizade vai ressentir-se porque vai ficar um clima estranho. Mas também podemos ser correspondidos! "If you never try, you'll never know". Eu sei que não é fácil "ter tomates" para avançar, eu também não os tive e só avancei quando me senti pressionado a fazê-lo (e a miúda era persistente, eu sei que se eu não tivesse dito nada naquele dia, no dia seguinte ela ia continuar a insistir). Eu sei que nem todas as histórias deste género se desenvolvem como a minha. Mas se nos sentimos bem com aquela pessoa, se há uma ligação tão forte, então porque não tentarmos agarrar a nossa felicidade? O meu caso é a prova que sim, é possível que dois melhores amigos se apaixonem mutuamente e que namorem. E quando isso acontece, é uma relação brutal. Porque há um conhecimento enorme acerca do outro, porque há uma base muito forte na relação (uma amizade cimentada), e porque quando o sentimento cresce para amor temos a certeza absoluta do que sentimos e NUNCA pomos em causa que pode ser apenas uma paixoneta: há a plena certeza do que se sente.

Depois, claro, tem o outro lado da moeda. Se aquela relação acaba, "o que foi não volta a ser", como dizem os Xutos. Ou seja, aquela amizade única vai ressentir-se brutalmente, vai perder-se aquela cumplicidade. Pior que isso, só mesmo a relação acabar mal. Então aí é para esquecer: os ressentimentos, rancores, raivinhas e sentimentos afins acabam por ser muito mais fortes do que o amor, a amizade, o respeito, o carinho, a admiração. E para além de se perder o amor, perde-se também a amizade. Foi o que me aconteceu.

Mas tal como disse há uns posts atrás, "quando olho para trás, tudo valeu a pena". E é mesmo isso que eu sinto. Apesar das coisas terem acabado mal, apesar de já não falar com essa rapariga há 4 anos, apesar de se ter perdido TUDO... Apesar de tudo isso, se voltasse atrás, voltaria a fazer tudo de novo. Porque durante aquele tempo valeu a pena, porque durante aquele tempo eu fui feliz, porque foi naquela altura que descobri o amor pela primeira vez. E como por vezes eu costumo dizer, "se fui feliz, valeu a pena". Por isso, a todos/as aqueles/as que se sentem apaixonados/as pelos/as seus/suas melhores amigos/as, take a chance ;)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Abril, lágrimas mil...

Abril não é um mês fácil para mim.
Abril é um mês que me diz muito, e sempre pelos piores motivos. Foi neste mês que perdi duas partes de mim: em 2005, o filho que nunca chegou a nascer; em 2010, o afilhado a quem um maldito tumor tirou a vida.
Custa. Custa sempre. Custa todos os anos. Mas há anos em que consigo não deixar-me cegar pela dor. E há anos em que este mês é de um peso indescritível. Como este ano. Não ando numa boa fase. E é o chamado efeito bola-de-neve: tudo junto acaba por me mandar abaixo.

Estou a tentar manter-me à tona. Estou a tentar manter-me focado no trabalho, nos afazeres do dia-a-dia, nas pessoas importantes, nos meus objectivos pessoais e nas batalhas que estou a travar. Mas chega a noite e, sentindo-me desocupado, a mente prega-me partidas e eu quebro... Inexplicavelmente, tenho saudades de quando conseguia falar sobre o que me atormentava ao longo do mês de Abril. Deixei de conseguir fazê-lo. E às vezes faz-me falta...

PS - Ando numa fase mais down e isso reflecte-se, inevitavelmente, no blog. Desculpem lá qualquer coisinha. Mas no dia em que me deixar de fazer sentido desabafar aqui, deixa de me fazer sentido ter um blog.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

"A tristeza...

... da escolha. É triste, muito triste quando percebemos que uma situação nunca se resolverá. As pessoas teimam em esconder, fugir e debater sentimentos e vontades. Tenho a consciência tranquila. Eu luto pelo que quero... Mas também não me humilho. Não mendigo e sei bem o que mereço, e isto, isto eu não mereço. As escolhas foram feitas... e a partir daqui, é o ponto de não retorno. Mais do que Amar os outros, temos de nos Amar a nós próprios, e eu gosto demasiado de mim para suportar algumas coisas. O que Hoje dói, Amanhã será só uma lembrança."

Por: Buxexinhas

terça-feira, 15 de abril de 2014

Bazinga!



O meu mais recente vício. Não, não é esta música, é mesmo a série: The Big Bang Theory. Tudo começou numa noite de insónias, no mês passado. Deito-me no sofá, ligo a TV, faço zapping e deixo-me ficar no AXN. 3 episódios seguidos. E eu a tentar não desatar a rir para não acordar ninguém. E acabei por ficar apanhado pela série.

O mais curioso é que eu nunca fui de seguir séries. Ao longo da minha vida, muitas foram aquelas que me cativaram: Scrubs, Prison Break, House, CSI, Criminal Minds, How I Met Your Mother. Mas ia vendo esporadicamente. Porque nunca tive grande disponibilidade para seguir séries. Mas com esta, foi diferente. Os episódios são pequenos (20min), portanto não se torna maçador. E gosto do humor da série. É mais do que humor inteligente, é um tipo de humor muito peculiar. E depois há outra coisa que me cativa: é engraçado ver como gente tão inteligente e com alto QI não sabe lidar com as emoções humanas. E há pequenas coisas tão idiotas que se tornam verdadeiramente divertidas. Dou comigo perdido de riso em quase todos os episódios! Faço ideia o que aquela malta se diverte nas gravações :P

Apanhei quase no fim da terceira temporada e agora já vai a meio da quinta (dão 3 episódios diários, de segunda a sexta, no AXN), não me apeteceu voltar atrás para já e decidi apanhar o comboio com ele em andamento, talvez volte atrás noutra altura (e também já meti na cabeça que hei-de ver todas as temporadas, do início portanto, da série How I Met Your Mother!). Mas a verdade é que estou realmente viciado!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Quando olho para trás, sei que valeu a pena!

Digo muitas vezes que o meu disco externo é a minha vida convertida em GB. Isto porque guardo lá tudo o que vocês possam imaginar. O meu disco é a minha vida, o meu passado, a minha história. Estão lá as músicas que constituem a banda sonora da minha vida. Estão lá as fotos, as que contam a minha vida e as das pessoas que passaram por ela. Estão lá os textos, os que escrevi só para mim, os que escrevi para outros e os que me escreveram. Estão lá conversas. Enfim, tudo e mais alguma coisa. E só lamento ter perdido muita coisa quando outrora um antigo PC avariou e o último backup para o disco tinha sido há muitooo tempo (esse episódio serviu para aprender a lição!).

Passo semanas sem pegar no disco. E quando pego, normalmente é para ir a uma pasta específica. Ou seja, vou com uma intenção, seja para ver um filme, para ouvir uma música ou para procurar determinada foto. Há "séculos" que não me perdia a vaguear por entre os ficheiros. Aconteceu agora. Andava à procura de um ficheiro de uma treta que eu fiz há uns anos e acabei a deambular por entre coisas que eu já nem me lembrava que existiam. Fui desencantar registos do MSN de 2005, por exemplo. Fui dar com fotos da rapariga que foi a grande paixão da minha adolescência (a pancada durou-me 2 penosos anos - penosos porque fui gozado à grande, mas depois lá abri os olhos!). Fui dar com a foto de um quadro que foi pintado para mim, por uma ex-namorada, mas que acabou por nunca me ser dado. Fui dar com aquelas tretas de mails-corrente, tipo questionários. Enfim, foi um verdadeiro regresso ao passado. Basicamente, estive a revisitar os últimos 9/10 anos da minha vida.

O mais curioso é que, ao abrir certos ficheiros, consigo recordar com clareza aqueles momentos. Consigo recordar com clareza como escrevi determinados textos: o que sentia, onde estava, o que me tinha levado a escrevê-los. Consigo recordar com clareza a contextualização de certas conversas no MSN. Vi verdadeiros tesourinhos, uns mais deprimentes que outros.

Deu-me para rir, para sorrir, para chorar. Revivi momentos muito bons e muito maus. Revivi grandes amizades, umas que ainda o são, outras que apenas o foram em tempos. Revivi intensas paixões (quando somos adolescentes, vivemos como se o mundo fosse acabar amanhã). Revivi discussões feias. Revivi conversas parvas, autênticos disparates, aqueles atrofios parvos (é, sempre fui um perfeito idiota :P). Revivi murros no estômago. Revivi momentos com pessoas que, por motivos diversos, já não fazem parte da minha vida. Revivi alguns dos momentos mais felizes da minha vida. Revivi alguns dos momentos mais dolorosos da minha vida. Revivi coisas inimagináveis.

Tenho saudades de algumas das pessoas que fizeram parte da minha vida. Pessoas que, em tempos, me foram muito. Pessoas com quem, em tempos, vivi momentos de loucura. Pessoas com quem, em tempos, chorei a rir. Pessoas com quem, em tempos, simplesmente chorei. Pessoas que me ajudaram a ser o que sou hoje (porque nós somos fruto do que nos rodeia).

Tenho saudades de casa. Tenho saudades dos meus. Tenho saudades do meu espaço. Tenho saudades da minha privacidade. Tenho saudades de tudo aquilo que já foi tão meu e que agora não passa de uma memória longínqua.

Todos os capítulos da minha história, os bons e os maus, fizeram de mim aquilo que sou hoje. E é por isso que sou apegado às memórias e às recordações. Sabe bem recuar no tempo quase uma década, recordar o que vivi. Sabe bem olhar para trás e perceber que fui sempre fiel a mim próprio e àquilo em que acredito. Sabe bem poder orgulhar-me do que tem sido o meu percurso nesta vida: acima de tudo, coerente.

Amadureci. Mal seria se assim não fosse. Mas no fundo, na minha essência, sou e serei sempre o mesmo. O miúdo traquina, agitado, intenso e apaixonado. O miúdo que não sabe estar parado, que tem sempre que estar a fazer algo. O miúdo que, volta e meia, só diz disparates e põe toda a gente a gargalhar. O miúdo ingénuo que acredita em toda a gente e depois se desilude. O miúdo que se mantém fiel aos seus valores. O miúdo já não tem 16/17/18 anos, mas continua a viver intensamente e a reger-se pela sua verdade. Se voltasse atrás, faria quase tudo da mesma forma. Digo "quase" porque hoje sei que, em determinadas situações, deveria ter sido mais assertivo. Mas, olhando para trás, e esperando ainda ter muito pela frente, posso dizer que esta viagem que é a vida tem valido a pena. Pelas pessoas e pelos momentos.

domingo, 13 de abril de 2014

Tesourinhos #21

Um dos primeiros jogos de PC que me lembro de jogar :D
Home Alone (Sozinho em Casa) é tão 90's :D

O jogo consistia basicamente em espalhar armadilhas pela casa, durante um certo limite de tempo depois do qual os ladrões entravam em casa e iam caindo nas armadilhas até ficarem K.O., como poderão constatar no vídeo!


sábado, 12 de abril de 2014

Tudo está bem quando acaba bem

E porque a questão que deu origem aos dois posts anteriores foi pública, também é justo dizer publicamente que a questão foi resolvida.

Sempre ouvi dizer que é a falar que as pessoas se entendem. E assim foi. Eu e a Suri esclarecemos, através de comentários propositadamente não publicados (para que apenas o outro pudesse ler), tudo o que havia para esclarecer. Ambos percebemos que a situação escalou para níveis indesejados e ambos não estávamos bem com isto, pelo que houve uma conversa esclarecedora. Disse-lhe em privado e agora digo-o publicamente: não guardo rancores. Sim, foi algo que não me caiu bem e me magoou, mas todos erramos. Eu também erro, inclusive já errei na blogosfera. Havendo humildade para reconhecer o erro e se pedir desculpa, tudo se resolve. E assim foi.

Resta ainda esclarecer outra coisa. A situação com a Suri não era o que me estava a fazer repensar a continuidade por aqui. Fez-me, de facto, pensar mais seriamente nessa hipótese, mas não foi isso que despoletou o meu pensamento. Esse pensamento já existe há quase duas semanas, por motivos que agora não interessam nada. E confesso que tenho estado num impasse. Racionalmente, vejo que nesta fase da minha vida talvez fosse melhor fazer uma pausa. Emocionalmente, a coisa fica mais difícil... O blog tornou-se mais que um hobbie: tornou-se um vício, uma terapia. E não exagero, garanto-vos. 

Na fase mais negra da minha vida, ainda no antigo blog, foi uma verdadeira terapia. Desabafava, umas vezes com mais sentido do que outras, mas era o meu escape. Nenhum de vós acompanhou essa fase, porque foi antes de eu ter seguidores. No máximo, alguns de vós poderão ter andado a ler as coisas mais antigas e poderão ter visto. Mas foi uma fase complicada para mim. Estive mais de 4 anos apaixonado por uma mulher, ao fim de 2 anos de namoro a relação acabou e eu fui-me completamente abaixo. Esse período coincidiu com a perda do meu afilhado e eu fui, literalmente, ao tapete. E foi aqui, na blogosfera, que ia dizendo aquilo que me inibia de dizer no dia-a-dia. Porque tinha o mundo inteiro a condenar-me por ainda amar uma mulher que já tinha seguido em frente e nem queria ouvir falar de mim, tinha o mundo inteiro a condenar-me por eu estar em verdadeira auto-destruição por causa de uma mulher, e era aqui que eu me libertava. Era aqui que eu assumia, sem medos, o que me ia no coração e na cabeça. Era aqui que eu dizia o que sentia, sem filtros. Era aqui que eu mandava tudo para o c****** nos dias mais difíceis. Portanto sim, a blogosfera foi a minha terapia entre Março de 2010 e Março de 2012. E continua a sê-lo, embora noutros moldes.

Tendo a pender muito mais para o coração, sempre foi assim. E é o coração que me está a prender aqui. Não só pelo que escrever significa para mim, como também por todas as pessoas que fui conhecendo. Desenvolvi grande empatia por muitos de vocês. Criei laços aqui. E é por isso que isto ainda vai fazendo sentido, é por isto que ainda vai valendo a pena. Não quero deixar algo que tanto prazer me dá, não quero deixar-vos a vocês (embora isso não acontecesse na totalidade, porque o mail que tenho para efeitos do blog continuaria a ser usado!). E não quero deixar de escrever. Não tenho nem nunca tive pretensões de ser escritor, mas gosto de escrever e é das coisas que acho que sei fazer bem... E também nisso o blog foi uma ajuda: ajudou-me a desenvolver a minha escrita, a apurar a capacidade de escrever.

Enquanto me for fazendo sentido, vou continuando por aqui. Posso andar, eventualmente, menos presente nos próximos tempos. Mas a verdade é que, embora a cabeça diga o contrário, não me sinto emocionalmente capaz de largar algo a que dediquei tanto tempo, e de coração, nos últimos 7 anos (embora só nos últimos 4 tenha passado a ser de forma regular, e nos últimos 2 de forma realmente intensa). O futuro, ninguém o prevê. Mas enquanto fizer sentido estar aqui, eu estarei. Porque me faz bem. E eu lido mal com perdas e sofro realmente quando abdico de algo que me faz bem.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Direito de resposta e devido esclarecimento

Dispenso, e sempre dispensei, guerrinhas na blogosfera. Quer como interveniente quer como espectador. Evito, sempre que possível, os mal-entendidos. Mas às vezes eles acontecem, e já me aconteceram. Cabe aos intervenientes resolverem entre si. Como não me foi concedido esse direito nesta última situação, então reservo-me o direito de resposta. Porque ser frontal não é dizermo-nos frontais. Ser frontal é ser capaz de dizer directamente o que se pensa. Ser frontal não é falar pelas costas (o que na blogosfera acontece de outra forma, mas acontece). E eu estou à vontade para escrever este post, porque não vou aqui escrever nada que não tenha escrito a quem de direito, embora tenha visto dois comentários meus serem rejeitados, mas isso fica à consciência de cada um. Eu não faltei ao respeito a ninguém e lamento que não haja poder de encaixe para se saber falar, directamente. Mas, mais uma vez: fica a cargo da consciência de cada um.

Aos olhos de muitos de vocês, sou um puto. Porque tenho apenas 26 anos. Muitos de vós andam nos 30 ou até nos 40. Mas não é por ter a idade que tenho que mereço menos respeito. Sempre respeitei cada um de vós, independentemente da idade (e sigo blogs de malta de todas as idades). E exijo (sim, exijo) que esse respeito seja mútuo. Podem não gostar de mim, estão no vosso direito. Podem não concordar com o que eu digo, estão no vosso direito. Podem achar que o meu humor é estúpido, estão no vosso direito. Agora faltar ao respeito, não.

E esta semana tenho-me sentido desrespeitado em sucessivas situações. Primeira: escrevi um post, que era uma mera piada, que feriu susceptibilidades e ofendeu uma pessoa, mas essa pessoa em vez de vir falar comigo (tenho um blog e aceito comentários; tenho um mail e respondo sempre), fez um post no seu blog a desancar-me. Segunda: várias pessoas, que a única coisa que leram escrita por mim foi o tal post mal interpretado, sentiram-se no direito de me insultar. Terceira: vou ao tal blog, verifico que não existe nenhum e-mail visível para resolver a questão em privado (como deveria ser), resta-me portanto responder publicamente; ao meu comentário, tenho como resposta uma clara falta de vontade de esclarecer o mal-entendido. Quarta: volto a responder e vejo os meus dois comentários serem rejeitados. Claro que a blogger está no seu direito. Mas eu não lhe faltei ao respeito. Disse-lhe apenas o que estou a dizer aqui: que lamento que a frontalidade não tenha sido suficiente para falar comigo, que lamento que não tenha sido capaz de ver apenas humor no meu post que desencadeou tudo isto. A meu ver, não faltei ao respeito. Mas mais uma vez: cada pessoa tem as suas sensibilidades, se a blogger em questão se sentiu de alguma forma desrespeitada julgo eu que deveria falar comigo. Rejeitar comentários só porque não se concorda com a opinião, a meu ver, é desrespeituoso e falta de consideração. Então afinal quem é que não é adulto aqui?!

A blogger em questão era "só" uma das pessoas por quem eu tinha mais estima aqui na blogosfera. A quem chamei várias vezes de Mummy. Era uma das pessoas que eu mais admirava, como pessoa, como mulher, como mãe que é. E esperava este tipo de postura de muita gente, mas nunca dela. Porque sempre se assumiu como frontal, e eu admirava-lhe isso. Mas na hora da verdade, não o foi. A atitude das outras comentadoras foi ainda pior, mas a atitude da blogger bateu ainda mais forte cá dentro porque era alguém que eu muito admirava e de quem muito gostava.

Eu nunca soube o que era ter muitos seguidores. O número de seguidores que este blog tem é o meu máximo ever. Mas conheço-me para saber que ter 5, 50 ou 500 seguidores não muda em nada a minha postura, não me insufla o ego. E lamento que na blogosfera ainda se aja como no tempo da Inquisição, mandando um blogger para a fogueira por causa apenas de uma piada (bem ou mal conseguida, fica ao gosto humorístico de cada um - já agora, como o post foi apagado esclareço: era sobre o treinador do Porto, onde brinquei com a sua desorientação geográfica e onde na BRINCADEIRA disse que "tinha um piquinho a azedo").

As desilusões fazem parte da vida. Mas já me bastam as desilusões e os problemas reais, não preciso dos virtuais também. Daí estar a repensar a minha continuidade na blogosfera. O melhor daqui são as pessoas, o pior também. E a nível pessoal ando numa fase menos boa, bem como ando numa fase de reeducação de hábitos, pelo que tudo isto me deixa mais vulnerável. Talvez seja por isso que me deixei afectar brutalmente por esta situação. Mas quer deixe o blog quer continue por aqui, tenho o direito de expor a minha versão de uma história que, ao que parece, já deu duas voltas ao mundo e três à blogosfera. Se a outra interveniente da história quis expor publicamente a situação mas depois me rejeita os comentários, utilizo então o meu espaço para esclarecer tudo isto.

Lamentavelmente, toda esta situação escalou mais do que seria desejável. Mas não fui eu aqui que não fui adulto. Porque já que as comentadoras estavam tão preocupadas com a minha educação, eu esclareço: na minha casa aprendeu-se que a roupa lava-se em casa e não em público; na minha casa aprendeu-se que os problemas resolvem-se a falar, e não a queimar vivo o outro; na minha casa aprendeu-se que, doa o que doer, a sinceridade, a frontalidade e a honestidade são dos maiores valores que um Homem pode ter.

E agora sim e definitivamente dou o assunto por encerrado.

PS - Fechei o post anterior a comentários propositadamente, porque não queria que a situação escalasse e ainda achava que ia resolver com a blogger, em privado (se ela o quisesse) ou no blog dela. Isso não aconteceu. Este post vai ficar aberto a comentários. Mas tal como eu não gostei de ver comentadoras a insultarem-me no blog da interveniente, não vou pagar na mesma moeda. Como tal, comentários que desrespeitem a blogger em questão serão apagados. Aqui respeitam-se as sensibilidades alheias! Quem me segue há mais tempo, sabe que é não é meu apanágio rejeitar comentários. Mas desta vez, se assim tiver de ser, é o que vou fazer. Dar opinião sim, desrespeitar bloggers não. Ok? O problema é entre mim e a outra interveniente, apenas escrevi este post porque me sinto no direito de resposta, ao invés de ser achincalhado publicamente.

terça-feira, 8 de abril de 2014

7 anos como blogger também merecem uma pausa

Sou blogger há 7 anos. Durante muito tempo (até 2012), escrevia só para mim, e para um ou outro familiar ou amigo que costumavam ler-me. Quando comecei a ter seguidores, moldei um pouco a minha escrita. É inevitável: há que respeitar as sensibilidades alheias. Mas não mudei nem um milímetro a minha maneira de ser. Sempre assumi, sem medos, que este blog é reflexo do que eu sou enquanto pessoa. Não reflecte tudo o que sou, mas reflecte genuinamente muito do que sou. Posso dizer-vos até que assino aqui não com um nick mas com a minha alcunha desde criança: Roger, diminutivo de Rogério, o meu nome. Por isso não me escondo, sou aqui o que sou em qualquer lado. Sou eu próprio.

E se há algo que eu considero ser, é um tipo com sentido de humor. Falo a sério muitas vezes e gosto de debater, como se viu ali no post do poliamor. Mas também gosto de brincar. E brinco com tudo. Quem lia o meu antigo blog, viu-me "gozar" com políticos, com futebolistas e dirigentes desportivos, com treinadores, etc. Pela altura do homicídio do Carlos Castro até cheguei a postar algum humor negro.

Para além de muitas outras coisas, sou também sportinguista. Desde o dia em que nasci. E vivo o meu clube com paixão, com fervor. Mas isso não me inibe de criticar o que está mal ou de "gozar" com determinadas coisas. Eu sou aquele que chama "cabeça de cotonete" a um ex-presidente do meu clube. Eu sou aquele que gozava com o cabelinho do Paulo Bento e com a sua "tranquilidade". Eu sou aquele que no antigo blog postou a paródia "Sporting That I Used To Know". Eu sou aquele que se ri à gargalhada com o Luís Franco-Bastos a imitar na perfeição a voz do presidente do meu clube. Eu sou aquele que, no tempo em que o Izmailov ainda jogava no Sporting, cantarolava o refrão da música "It's my life" dos Bon Jovi, trocando a letra original por "Iz-mai-lov". Enfim, eu vou brincando com as coisas da vida, porque não gosto de levar a vida tão a sério quanto isso. Gosto de levar a vida com algum humor.

Infelizmente, o meu humor nem sempre é entendido ou bem interpretado. E isso aconteceu aqui na blogosfera. Onde uma mera brincadeira, uma mera piada, foi entendida como mau gosto e má educação. Foi apenas um apontamento de humor, que acabou por escalar para uma situação desagradável.

Como eu disse ali em cima, eu respeito as sensibilidades alheias. E não me custa rigorosamente NADA apagar um post que alguém considere mais ofensivo. Porque sim, esta é a minha casa, mas quero que os outros se sintam confortáveis quando a visitam. Mas quando as pessoas se sentem ofendidas ou desagradadas com algo, prefiro que mo digam, directamente a mim. Que venham falar comigo e me digam "não gostei do que fizeste". Ok, aí fala-se sobre os diferentes pontos de vista, chega-se ou não a um consenso, mas há uma conversa baseada em respeito mútuo. Desagrada-me, e magoa-me até, entrar noutro blog e ver o meu post (que era uma mera brincadeira) escarrapachado num link, com críticas implacáveis. Eu tenho um endereço de e-mail visível ali do lado esquerdo, através do qual QUALQUER UM DE VÓS pode entrar em contacto comigo. Não é o meu mail pessoal, é apenas para efeitos do blog, mas é consultado regularmente. E, tal como aqui nos comentários, nunca ninguém fica sem resposta.

Eu aceito e respeito que o sentido de humor dos outros não seja igual ao meu. Eu aceito e respeito que possa dizer certas coisas que desagradem a outros. Mas custa-me, honestamente, aceitar que de uma formiga se faça um elefante, em praça pública e sem se falar primeiro comigo.

Mas mais que isso, custa-me e revolta-me até, que pessoas que não me conhecem, que nem sequer lêem o meu blog, que não sabem o meu tipo de humor nem procuram saber, ataquem logo como se me conhecessem desde sempre. Uma coisa é uma seguidora se sentir ofendida com algo que eu escrevo. A meu ver, não agiu da forma mais correcta (e antes que haja comentários: eu estou a fazer este post DEPOIS de já ter comentado directamente o post dessa minha seguidora), mas tem legitimidade para se sentir desagradada. Mas pessoas que nunca me leram, entram num post apenas (é, eu monitorizo externamente o blog), mas chamam-me logo mal-educado e dizem que nem sei ser Homem nem Cidadão nem Adulto... Pondo até a minha educação em causa, dizendo que não levei palmadas no rabo na altura devida. Que sabem elas da minha educação?! Mas eu dei a alguém o direito de falar sobre os meus pais e a forma como me educaram?!

Razão tem o Mustache, quando diz que o melhor da blogosfera são as pessoas....e o pior também.

Por motivos que não interessam agora, eu já ando há uma semana a repensar a minha continuidade na blogosfera (e há uma seguidora que o sabe, porque calhou dizê-lo um dia destes em jeito de desabafo). Perante isto, perco seriamente a vontade de continuar. Para já, vou apenas fazer uma pausa e pensar se vale a pena continuar por aqui, neste mundo onde por detrás de um PC ninguém se inibe de julgar seja quem for sem conhecer, onde se põe em causa a educação por causa de uma simples piada. Não me identifico com essa postura. Entendo que o meu humor não agrade a todos. Não entendo é que se queira lançar à fogueira alguém que cometeu o pecado de fazer uma piada, mas depois é ver quase um milhar de seguidores em blogs, tipo o do Patife, em que as mulheres são meros objectos sexuais. Não gosto de falsos moralismos.

Ando, sinceramente, cansado da blogosfera. Trouxe-me coisas muito boas, sem dúvida. Mas ultimamente tem-se tornado um fardo difícil de carregar. Se calhar é precisamente por andar numa fase mais "sensível" que este tipo de coisas me afectam mais do que deviam.
Pelo que vou fazer uma pausa, depois logo se vê. Uma coisa é certa: se decidir continuar, acabam-se aqui todo o tipo de piadas e picardias futebolísticas. Os posts sobre futebol serão só e apenas sobre o Sporting (e eventualmente a Selecção), mas fechados a comentários.

Até breve, meus caros.

domingo, 6 de abril de 2014

Diz que é poliamor...

O post de hoje vai ser polémico... E vou ser tudo menos politicamente correcto, por isso quem quiser sinta-se à vontade para me chamar quadrado.

Antes de mais, para contextualizar, aconselho-vos a ver esta reportagem (clicar para abrir). Esta peça está inserida numa série de reportagens que a SIC está a realizar acerca dos 40 anos pós 25 de Abril e a liberdade que essa data trouxe à sociedade portuguesa.

Ponto prévio: eu conheço uma das intervenientes da história. Ou melhor, conheci, em tempos. É alguém que já fez parte da minha vida durante a adolescência, mas com quem não mantenho qualquer contacto há vários anos. Isso aconteceu por vários motivos, mas analisando bem a coisa acho que o principal motivo foi a mudança na maneira de estar na vida. Isso afastou-nos e deixámos de nos dar. Voltei, de certa forma, a saber dela há coisa de uns 3 anos atrás talvez, precisamente pela comunicação social. Porque começou a surgir na imprensa (escrita e televisiva) a falar deste tipo de vida que ela defende: o poliamor.

É verdade que o 25 de Abril, e até a própria evolução do mundo e das mentalidades, permitiu a todos uma maior liberdade. Antes do 25 de Abril de 1974, até para ter isqueiro era preciso licença!  Agora, cada um toma as suas decisões, faz as suas escolhas, desde que isso não interfira com a liberdade dos outros. E cabe à sociedade aceitar que os outros possam querer viver a sua vida de forma diferente da nossa. Mas isso não significa concordar e/ou compreender. 

E o conceito de poliamor é algo que eu não só não compreendo como também, na minha maneira de estar na vida, não aceito. Como diriam os intervenientes desta reportagem, "porque estamos formatados para nos inserirmos numa sociedade mono normativa e machista". E essa é logo a primeira ideia que eu desmonto, por assim dizer. Todos os intervenientes desta reportagem falam, nas várias vezes que aparecem na comunicação social, na igualdade de direitos, dizem que defendem esse pressuposto. Mas depois assumem-se como feministas. E pergunto eu: o feminismo não é também uma promoção de desigualdade? É que eu sou contra extremismos, e feminismo e machismo são duas posições extremadas! Ou bem que se defende a igualdade de direitos e oportunidades, ou bem que se defende que um dos géneros deve ser superior ao outro. E quando alguém se diz feminista ou machista, é tudo menos alguém que defende igualdade, ponto. Porque são conceitos que se contradizem! E depois diz-se feminista, mas ele é que é o vértice da relação...Right...

Depois, quanto ao poliamor... Epá deixem-me lá estar formatado para viver de forma monogâmica! Se googlarem, encontram as várias reportagens que têm surgido nos últimos anos sobre este tema. E vão encontrar a comparação que os praticantes de poliamor fazem: "quando temos filhos, amamos todos de igual forma, e o poliamor é amar várias pessoas de igual forma e em simultâneo". Comparar filhos com relações amorosas?! Seriously?! Eu pergunto-me seriamente se os poliamorosos sabem, efectivamente, o que é o amor. Porque o amor não é isto. Eu vejo o amor como uma entrega a alguém. Quando se tem várias relações, qual é o nível de entrega?! Vive-se por agenda, em que um dia se está com uma, noutro dia com outra, e por aí fora. Qual é o nível de conhecimento que se tem da pessoa com quem estamos?! Que entrega é que existe, se há uma pessoa que é partilhada por várias e essas "várias" estão dependentes da agenda e da vontade do seu mais que tudo?! Mais... Onde está a espontaneidade da relação? "Amor, vamos ao cinema", "hoje não dá querida, vou estar com a Y"?! A relação é gerida de forma racional e de forma programada, não de forma espontânea.

Apesar de ter conhecido em tempos uma das intervenientes desta história, não me vou inibir de dar a minha opinião. Mesmo que falasse ainda com ela, daria a minha opinião na mesma (os meus amigos sabem que eu não sou de pôr paninhos quentes). E, a meu ver, analisando não só esta reportagem como também outras que já vi, o tal Daniel parece-me muito pouco credível. Até porque ele (e elas) falam que qualquer interveniente da relação pode ter outras relações, mas curiosamente aparece sempre ele a falar delas, nunca aparecem elas a falar das outras relações. Mas enfim... Como eu estava a dizer, o discurso soa-me a pouco credível. Não conheço o gajo de lado nenhum e não faço juízos de valor sobre quem não conheço, mas todo o discurso parece ensaiado de forma científica...

Este estilo de vida, definitivamente, não dava para mim. Para já, porque sou homem de mulher só. Bem como quero reciprocidade nisso, ou seja, quero ser o único homem da vida da mulher com quem eu possa estar. Segundo, porque defendo espontaneidade e entrega à relação. Peço desculpa se estiver enganado, mas a meu ver, uma pessoa perde o respeito por si própria quando entra neste tipo de relações. Porque abdica do direito de ser tratada como única, de ser amada por inteiro, com tudo a que tem direito. Como é que se aceita que a pessoa que amamos vai para a cama com outras 3 pessoas? Como é que se aceita que aquela boca que ainda agora nos beijou vai beijar a seguir outra pessoa? Como é que se aceita chegar a casa e ouvir no quarto ao lado a pessoa que amamos a pinar com outra? "Ah e tal não temos o conceito de ciúmes". Para mim, Roger "o-formatado-socialmente-para-relações-monogâmicas", o ciúme é um sentimento inerente ao amor. Ponto. E acho que para bom entendedor...

Quando penso no poliamor, uma das primeiras coisas em que penso é "e o futuro?!". Como é o futuro destas relações? Ok, quando se está na casa dos 20 é só loucura e maluqueiras. Mas se calhar aos 30 quer-se assentar. Quer-se filhos, por exemplo. Onde entram os filhos, se é que entram, numa relação poliamorosa? Pegando no exemplo destes intervenientes, o epicentro da relação (o homem) vive com duas das quatro companheiras. Onde é que um filho se poderia encaixar aí?!

Chamem-me quadrado, se quiserem. Antiquado. Até preconceituoso. Mas não vejo a mínima seriedade em relações poliamorosas. Chamem-lhe divertimento, mas não lhe chamem amor. Se eles são felizes assim, óptimo! Eu respeito as liberdades alheias. Mas eu também tenho direito à minha liberdade e à minha opinião. Cada um vive a vida como quer e toma as suas decisões e faz as suas escolhas. A minha escolha é ser monogâmico: ser o homem da vida de alguém e ter a mulher da minha vida.

sábado, 5 de abril de 2014

Uma noite em que me dedico às duas grandes paixões da minha vida...


... o Sporting e a música.
Olhos no jogo (que já acabou) e ouvidos no concerto dos Silence 4 que está a ser transmitido em directo pela Rádio Comercial!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Memórias de uma viagem à Disneyland #1

No último tesourinho (clicar aqui para abrir), já tinha dito que tinha estado a recordar um dos momentos mais felizes da minha infância: a viagem à Disneyland Paris, em 1998 (agora tenho a certeza do ano, depois de perguntar à minha mãe xD). Nesse mesmo post, disse que era possível que surgissem posts a recordar essa viagem. E o post da NIX (clicar para abrir) deu-me o mote para o fazer a partir de hoje :)

Ir à Disneyland é entrar num mundo mágico. Quando lá fui, já ia a caminho dos 11 anos, mas senti-me com 6/7 anos novamente. E quero voltar lá, agora em adulto, porque tenho a certeza que vou voltar a sentir-me miúdo. Entrar naquele parque é indescritível. As diversões, as personagens da Disney que circulam pelo parque, as músicas, a Disney Parade, ... Enfim, é único.

Hoje vou falar aqui da Disney Parade. Basicamente trata-se de um desfile por algumas ruas do parque de carros alegóricos e de personagens da Disney (não quero mentir, mas julgo que, pelo menos na altura em que lá fui, se realizava ao início da tarde). Ao longo do desfile, existem alguns "pontos-chave" onde os carros param e onde as personagens da Disney vão chamar alguns miúdos para interagirem com eles, seja para dançar, para tocar tambor, whatever.

Aqui ficam dois vídeos de excertos da Disney Parade no ano em que lá fui. E com a música de que falei na rubrica dos Tesourinhos :D



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mudando o chip

"Pois tudo acaba em algum lugar
Novos começos a terminar
Se o que é perfeito algum dia se ilumina
Eu não verei"


Ao longo da nossa vida, temos vários recomeços. Há alturas em que temos de formatar o disco. Há alturas em que temos de fazer reset. Há alturas em que temos de ressuscitar e ganhar um novo fôlego. Há alturas em que temos de mudar o chip.

Eu estou numa dessas fases. Fechar capítulos, encerrar histórias. E escrever sozinho a minha própria história, a minha própria vida. Porque eu sou capaz. E só dependo de mim. Claro que não caminho sozinho: ao meu lado tenho aqueles que valorizo e que me valorizam. Ao meu lado tenho as minhas famílias: a família que me calhou (que eu não trocava por nenhuma outra); e a família que eu escolhi (como diz um grande amigo, "um irmão nem sempre é um amigo, mas um amigo é sempre um irmão"). Esses sim fazem falta. Os verdadeiros, os genuínos. Esses eu quero sempre ao meu lado. Quem vier, que venha por bem. Quem vem por mal, eu quero longe, bem longe. Não permito que desestabilizem mais a minha vida.

Estou em processo contínuo de reconstrução. E ao meu lado só quero quem valha a pena. E neste momento só preciso dos meus amigos e da minha família para ser feliz.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Suspiro do Mês #7

O suspiro de Abril é uma modelo e actriz norte-americana. Ninguém lhos dá, mas tem 47 aninhos. A sério que os tem! Devem conhecê-la sobretudo da série CSI: Miami, onde desempenha o papel de Natalia Boa Vista. Falo-vos portanto de...

Eva LaRue










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