"Ensinaste-me a viver a vida com a noção de que existe de
facto alguém que ali está… alguém que de facto partilha comigo as ideias, os
sonhos, o dia-a-dia. Alguém que não me sufoca, que me deu tempo para aprender a
amar, porque aprendeu ao mesmo tempo. Alguém que não me pressiona a tomar
decisões…alguém que espera por mim da mesma forma que eu espero por ele. Alguém
que de facto me dá a mão quando caio…alguém que sabe como dizer o que tenho que
ouvir sem me fazer sentir a pior pessoa do mundo por ter cometido um erro.
Alguém que perdoa…mesmo quando parece impossível conseguir
fazê-lo. Ensinaste-me a não ter medo de sonhar…de fazer planos para uma vida ao
teu lado. Ensinaste-me a magia de poder imaginar que estou noutro sítio
qualquer contigo ao meu lado…apenas fechando os olhos. Mostraste-me o poder de
querer sentir a tua mão na minha…ensinaste-me que se fechar os olhos isso pode
acontecer. Ensinaste-me a adormecer como se estivesses aqui comigo todas as
noites.
Aquilo que aprendi, aprendo e quero aprender contigo até ao último dia, é amor…amor puro.
Aquilo que aprendi, aprendo e quero aprender contigo até ao último dia, é amor…amor puro.
Amor que não se mede…amor que não se desgasta. Amor no seu
sentido mais puro e mais ardente. Alguma coisa que eu nunca pensei ter o
direito de sentir…e muito menos que alguém fosse capaz de o sentir por mim.
Aquele que é incondicional…sincero. Aquele onde a confiança
é o principal condimento.
Aquele que é nosso….só nosso!"
Por: uma ex-namorada
Sei que já fui um bom namorado. Aliás, perdoem-me a falta de modéstia: sei que já fui um excelente namorado. E digo isto porque em tempos descobri que o que sei fazer melhor é gostar de alguém, cuidar de alguém, mimar alguém. Só que, neste momento, não sei por onde anda esse Roger... Não sei se esse Roger não ficou algures perdido no tempo.
Já disse isto há umas semanas, aqui no blog: nesta fase da minha vida, seria um péssimo namorado, fosse para quem fosse... Porque uma relação exige dedicação e neste momento não me sinto capaz de me dedicar a ninguém... Mas a verdade é que tenho saudades de ser o Roger que está descrito neste texto... O Roger de há uns anos, que não se deixava toldar pelas inseguranças, que confiava plenamente na humanidade, que se dava de olhos fechados. Esse Roger em tempos foi destruído, pelas contingências da vida... Esse Roger foi parar ao fundo do poço. Demorei mais tempo do que devia a sair de lá, e talvez por isso o processo de reconstrução seja tão lento... Muita coisa se perdeu pelo caminho, sobretudo a ingenuidade. Agora demoro muito mais a tirar os pés do chão, agora demoro muito mais a confiar... Também não tive muita sorte nos caminhos que escolhi após a minha reconstrução: acabei sempre por me desiludir. E cada desilusão acaba por ser uma visita ao poço (embora já não me deixe chegar lá ao fundo).
Entre Abril de 2011 e Maio de 2012, estive descomprometido. Tinha sido até então o meu maior período de solteirice. Neste momento, vou bem encaminhado para bater esse recorde. São sinais de maturidade, sim - a imaturidade emocional não podia durar para sempre! Mas também são sinais que mudei mais do que queria mudar... São sinais que, ao reconstruir-me, montei à minha volta um muro quase intransponível, que se revela num grau de exigência elevadíssimo até conseguir baixar as armas...
Confesso, tenho saudades do Roger que já fui. Tenho saudades que alguém consiga chegar até mim - tenho saudades de deixar que cheguem até mim. Tenho saudades de sentir que pertenço "ali". Tenho saudades de, simplesmente, deixar-me ir... Sem racionalizar muito (ou nada)... Tenho saudades de conseguir tudo isso, para depois conseguir transmitir tudo isso a outra pessoa. Tenho saudades de sentir a segurança que depois permite que seja o porto seguro de alguém... E tenho saudades que apareça alguém na minha vida que seja capaz de inverter toda esta mudança que ocorreu em mim nos últimos anos, que seja capaz de me dar a confiança que preciso para voltar a ser "o melhor namorado do mundo", que seja capaz de me fazer levantar os pés do chão.
O Roger do passado podia ser imaturo, que era - fruto da idade e dos resquícios de uma vida mais boémia. Mas era infinitamente mais brincalhão, mais descontraído, mais dado. Era menos adulto, mas mais feliz, provavelmente... Quando se começa a ver o mundo com olhos de adulto, há muita coisa boa que fica pelo caminho...
Nunca deixei ninguém entrar, nunca. Não lhes dava permissão para mexerem no que quisessem e depois magoarem.me, antes sozinha e feliz. Até ao dia :)
ResponderEliminarTens saudades de sentir que pertences "ali". Até ao dia em que pertencerás mesmo, sem volta a dar. Quando se começa a ver o mundo com olhos de adulto, há muita coisa boa que aparece ;)
Sim, também é verdade. Mas quando somos mais ingénuos, vemos o mundo com uma inocência que nos permite sermos mais dados. E é disso que eu sinto falta em mim. Sinto falta de não estar sempre com o pé atrás... Porque se calhar é esse pé atrás que de vez em quando me vai tirando as coisas boas da vida :/ enfim, é demasiado complexo para explicar...
EliminarNão é, eu percebo, a sério. Já aí estive :) mas também é verdade que quando somos ingénuos e vemos o mundo com mais inocência somos mais propensos a magoar.nos. Mas também é verdade que eu não dou segundas oportunidades, portanto, também penso que o que estou a tentar explicar é complexo :P
EliminarNas segundas oportunidades, já sou mais benevolente. Não sou tão radical. Acredito que, de facto, toda a gente merece uma segunda oportunidade, porque toda a gente erra. Agora, depende do erro. Há coisas que são imperdoáveis para mim...
EliminarSim, tens razão, há um maior risco de sairmos magoados. Mas, ainda assim, a inocência tem algo de belo :P
O que vejo de belo na inocência é acreditar que os chocolates não engordam, só fazem mal aos dentes :P
EliminarAhahahah xD
EliminarHá mais beleza na inocência, vá :P
Vais ver o que o velho Roger um dia volta a aparecer. Secalhar moldado pela vida, mas ele aparece :)
ResponderEliminarEspero que sim :)
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