É uma das coisas em que acredito desde sempre. Pelo simples facto que quem não sabe valorizar os sentimentos dos outros, jamais terá a capacidade de sentir com tamanha intensidade. Há várias formas de não saber ser gostado. É algo que se pode manifestar de várias maneiras.
Há quem veja os sentimentos dos outros como incondicionais e os tome por garantidos, pensando que pode fazer e dizer o que quiser. Não há amores incondicionais - só entre pais e filhos. Há sempre algumas condições, a maior de todas é o respeito. Mas quem não sabe ser gostado, abusa dessa condição para descarregar frustrações.
Há quem goste de deixar em lume brando. Do género "não te quero agora, mas se estiveres à mão quando eu estiver carente, a coisa dá-se". Põe-se e dispõe-se dos sentimentos alheios, sem haver a preocupação de se estar a magoar.
Há quem prefira dar patadas para afastar. Não mostrando, mais uma vez, a mínima preocupação pelo sentimento alheio.
Enfim, há quinhentas maneiras de se perceber que alguém não sabe ser gostado.
Eu acho que saber ser gostado é uma premissa essencial. Ninguém vai saber amar se não souber ser amado. Ninguém será respeitado se não souber respeitar. Há quem prefira patadas, traições, sacanices. São gostos, pronto :P
Este post acaba por surgir a propósito de uma conversa que tive com uma amiga há uns tempos, onde acabámos a falar deste tipo de situações. Os sentimentos bonitos, positivos, leves e frescos não deveriam acrescentar nada de mau à equação. Mas às vezes acrescentam - precisamente porque do outro lado pode estar alguém que não sabe ser gostado.
Não sei se é pelo facto de, em tempos, ter sido usado como brinquedo, mas acho que passei a ter um cuidado extra no que toca a situações destas. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas não podemos esquecer que do outro lado há sempre uma pessoa com sentimentos, que por gostar de nós está mais vulnerável. Aconteceu-me uma situação assim no Verão passado. Que não era paixão certamente, mas apenas um deslumbramento - ela era uma miúda bem mais nova (18 anos), teve uma pancada qualquer por mim e andou a fazer-me marcação cerrada durante uns tempos. Certamente um deslumbre por um gajo mais velho, não mais que isso. Mas tentei ter o máximo cuidado para não a magoar - até porque já todos tivemos 18 anos, e uma rejeição naquela idade parece o fim do mundo. Abala o ego, abala a auto-estima, abala o amor-próprio, e naquelas idades pode deixar marcas para o resto da vida...
Não sei se é pelo facto de, em tempos, ter sido usado como brinquedo, mas acho que passei a ter um cuidado extra no que toca a situações destas. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas não podemos esquecer que do outro lado há sempre uma pessoa com sentimentos, que por gostar de nós está mais vulnerável. Aconteceu-me uma situação assim no Verão passado. Que não era paixão certamente, mas apenas um deslumbramento - ela era uma miúda bem mais nova (18 anos), teve uma pancada qualquer por mim e andou a fazer-me marcação cerrada durante uns tempos. Certamente um deslumbre por um gajo mais velho, não mais que isso. Mas tentei ter o máximo cuidado para não a magoar - até porque já todos tivemos 18 anos, e uma rejeição naquela idade parece o fim do mundo. Abala o ego, abala a auto-estima, abala o amor-próprio, e naquelas idades pode deixar marcas para o resto da vida...
Não sei se sou o único a pensar assim, mas a verdade é que acho que os sentimentos devem ser tratados com pinças, com muito jeitinho e muito cuidado. Porque cada pessoa tem a sua sensibilidade, e nós temos sempre que tentar adaptar as nossas atitudes às sensibilidades de cada um. E isso acaba por ter a ver com algo que muita gente confunde: ser directo e frontal não é dizer tudo o que se quer, às vezes é apenas má educação... Ser frontal e directo é saber exprimir opinião, com a sensibilidade necessária que leve a que a outra pessoa não fique magoada mas perceba o que queremos dizer.
Não entendo as pessoas que são capazes de magoar alguém gratuitamente, só porque sim. Às vezes sinto-me meio alien, ao ver que tenho uma forma de lidar com os outros que nada tem a ver com o que a maioria das pessoas faz... Por isso é que acho muitas vezes que sou do tipo de pessoa que ou se adora ou se odeia: sou muito eu, tenho uma maneira muito própria de ver as coisas, e pouca gente sabe lidar comigo - cada vez menos gente, acho...
"E isso acaba por ter a ver com algo que muita gente confunde: ser directo e frontal não é dizer tudo o que se quer, às vezes é apenas má educação... Ser frontal e directo é saber exprimir opinião, com a sensibilidade necessária que leve a que a outra pessoa não fique magoada mas perceba o que queremos dizer." Concordo plenamente :)
ResponderEliminarÉ difícil lidar com pessoas, é cada vez mais difícil. Lidar com pessoas envolve esforço e dedicação. Aprenderes a desvendar mais do que a pessoa transmite, muito mais do que as palavras e atitudes. E hoje em dia, tudo o que dá trabalho... é colocado à margem. Não gosto de generalizar... mas acontece muito. Pensa nisso como um crivo ;)
Lidar com pessoas é cada vez mais difícil, sem dúvida. Mas é desafiante, e eu gosto de desafios ahahah :P
EliminarMas é verdade. Às vezes vejo coisas que até fico parvo e sinto-me um alien neste mundo :/
Não és o único a sentir-se um alien neste mundo, eu também não entendo como podem certas pessoas ser tão mesquinhas mas pronto lidar com pessoas também tem destas coisas(infelizmente).
ResponderEliminarBeijinhos*
Eu já desisti de tentar perceber a mente humana, tem demasiados recantos menos limpos :/
EliminarBeijinho
É mesmo :S
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