"Não sei se isto é uma carta de
amor, ou uma declaração de amor de algum género. Sei, porém, que te procuro
todos os dias, na ânsia de te dizer o que sinto - que não é pouco. Vejo as tuas
fotografias e atormenta-me não te falar, nada te dizer. Revolto-me com a minha
cobardia. És a minha revolução – acredita – e ainda não te conheço, pouco sei
sobre ti. Tenho vontade de te abraçar, de te dizer coisas que agora se
aparentam presas na minha garganta. Sou um tipo estranho, confesso. Ainda não
te conheço e já imagino cenários aleatórios contigo a meu lado. Num deles,
estás com uma coroa de flores no cabelo, a sorrir – como naquela foto, sabes? –
para mim. Era capaz de ficar horas parado a ver-te sorrir. Talvez seja mesmo
amor, quem sabe? Ainda não te conheço e já te amo. Deve ser difícil aceitar
isto, mas eu não cedo aos caprichos do socialmente correcto. Talvez te ame, não
tenho vergonha de o dizer. E talvez tu leias isto e questiones a minha sanidade
mental, mas eu tinha de o dizer. Porque amar-te em silêncio estava a deixar-me
louco. Nestas coisas do amor, não chega imaginar. Sonhamos acordados com o que
queremos que seja real. E a realidade, nua e crua, é que te quero ao meu lado a
partilhar um café nessas chávenas em forma de coração, enquanto eu te digo
coisas lamechas na esperança de um sorriso. Sim, esse sorriso, que me faz
sonhar acordado.
Quando entrares, fecha a porta."
Por: Pedro Rodrigues
Quem nunca se sentiu assim, que atire a primeira pedra.
Às vezes não é preciso muito para se gostar de alguém. Não é preciso muito tempo. Não é preciso um grande gesto. Bastam pequenas coisas para se dar o click. O amor constrói-se, sim, mas o gostar às vezes é imediato. Cresce com o tempo, pode dar em paixão e depois em amor. Mas às vezes a química, a ligação, a cumplicidade, a preocupação, o gostar... Às vezes só precisam de uma fracção de segundo para se manifestarem. Às vezes também se pode confundir tudo. Às vezes pode ser uma salada russa de sentimentos que, quando misturados com carência, se tornam explosivos. Mas às vezes não... Às vezes pode ser um gostar genuíno. Que pode ser correspondido ou não. Mas independentemente do desfecho (e todos já tivemos desfechos bons e desfechos menos bons ao longo da vida), devemos ser gratos por termos a capacidade de sentir. Em tempos, eu já perdi momentaneamente essa capacidade. Por isso é que hoje em dia lhe dou o maior valor.
Não sabes o quanto se espera por isso.
ResponderEliminarO quanto se espera pelo quê? :/
EliminarDesculpa, não percebi o contexto do comentário :/
:) Concordo plenamente... O problema é só a intensidade. A intensidade como sentes. Como sou muito emocional... tudo é intenso, até demais. Há dias que gosto mais que outros, seria bom racionalizar de vez em quando e não viver como se tivesse um vulcão no peito. ;)
ResponderEliminarUi, conheço a sensação :P
EliminarTambém sou demasiado intenso, ponho tudo de mim em tudo o que faço...
Mas as circunstâncias da vida têm-me feito tentar acalmar esse vulcão :P
Tal e qual! :)
ResponderEliminarÉ muito isto, não é? :)
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