Nunca escondi o meu lado boémio. Estou mais calmo agora, é certo, devido à maturidade, às responsabilidades e também devido ao facto de estar longe do meu núcleo duro de amigos (quer dos amigos de todos os momentos, quer dos amigos da borga). E a verdade é que, quando se vive MUITO a noite como eu vivi até por volta dos meus 21 anos, chega uma altura em que um gajo se cansa um bocado e começa a afastar-se mais dessas lides, porque começa a soar a "mais do mesmo".
Mas durante alguns anos, fui de facto um puro boémio. Saía com elevada regularidade. E normalmente não eram aquelas saídas tipo "vamos ali até um bar calminho, às 2h vamos para casa", não. Eram noitadas puras e duras, muitas vezes até de manhã, a correr bares e a acabar a noite numa discoteca. Nas semanas de Queima e Latada (que em Coimbra se vivem a 100%) então fui muitas vezes para as aulas com directas em cima ou noites muito mal dormidas. Sempre gostei muito do ambiente nocturno e acho que o facto de ter amigos e familiares próximos envolvidos no meio (donos ou gerentes de bares, DJ's, RP's, barmen e por aí...) acabou por aguçar isso.
Não é de estranhar, portanto, que uma das semanas mais loucas da minha vida tenha sido em Lloret. Confesso que até ia meio em baixo e sem grande espírito, uma vez que dias antes tinha acabado uma relação (que contava com mais de um ano consecutivo, fora o que já tinha havido no passado). E acabei por não aproveitar tanto aquela semana como gostaria, algo que lamento hoje em dia. Mas mesmo assim, não deixou de ser uma semana de loucura. Estava com grandes amigos, num ambiente de grande euforia. Foram muitas noites consecutivas quase sem dormir, muitas saídas, e sim, também com muito álcool à mistura (uma das minhas alcunhas, por essa altura, era Esponjinha xD). Mas considero, apesar de tudo, que foi uma loucura saudável. Não fomos irresponsáveis nem inconscientes ao ponto de armarmos confusões ou de saltarmos de varandas para piscinas. Foi uma festa de amigos, prolongada por uma semana, num outro país (mas onde quase só se ouvia falar português - no ano em que houve uma das maiores enchentes de tugas em Lloret).
De Lloret trouxe amizades ainda mais cimentadas, novas amizades, mais alegria (cheguei lá em baixo, mas saí de lá em altas), recordações absolutamente awesome... E a minha foto preferida ever (não sou nadaaaa fotogénico e odeio que me tirem fotos xD) foi tirada lá também :P
A ida a Lloret teve um outro pormenor marcante, ao qual só prestei a devida atenção meses mais tarde. E embora os assuntos do passado sejam isso mesmo - passado - 7 anos depois ainda me lembro detalhadamente de uma certa conversa no dia anterior à partida. Um sentimento de despedida super intenso e cujo significado só percebi mais tarde. Apesar de esse momento ter acontecido antes da partida, quando me recordo de Lloret, esse momento figura no top 10 das recordações que me vêm logo à memória... Porque está no top 10 das coisas mais marcantes dessa viagem.
A ida a Lloret teve um outro pormenor marcante, ao qual só prestei a devida atenção meses mais tarde. E embora os assuntos do passado sejam isso mesmo - passado - 7 anos depois ainda me lembro detalhadamente de uma certa conversa no dia anterior à partida. Um sentimento de despedida super intenso e cujo significado só percebi mais tarde. Apesar de esse momento ter acontecido antes da partida, quando me recordo de Lloret, esse momento figura no top 10 das recordações que me vêm logo à memória... Porque está no top 10 das coisas mais marcantes dessa viagem.
Aqui fica uma reportagem dessa altura.
Note-se que o Renato Seabra aparece (1:26min) xD e um grande amigo meu também, mas isso não interessa nada xD
Cliquem aqui para abrir o link (o vídeo não pode ser incorporado)
(Nota: Sim, em 2007 estava no 12º. Não, nunca chumbei. Por idiotice - mesmo!!! - tive os estudos parados durante algum tempo).
(Nota: Sim, em 2007 estava no 12º. Não, nunca chumbei. Por idiotice - mesmo!!! - tive os estudos parados durante algum tempo).
Eu e os meus amigos como nos achávamos a última coca-cola no deserto (coisas de putos com 17 anos) decidimos que ir para Lloret era demasiado mainstream, então decidimos ir para Barcelona. Era mais ou menos como em Lloret, menos os portugueses, mas uma noite muito intensa. Já fui como tu, noites loucas, de chegar a casa muito tarde, mas só mais na faculdade. xD
ResponderEliminarCom o passar dos anos, responsabilidade e uma outra forma de encarar a noite, deixou-me um bocadinho de fora do circuito. Mas guardo boas memórias e vivi muitas boas noites em Portugal (Porto e Coimbra foram das melhores. Lisboa nem tanto) e pela Europa fora.
Mas consigo me rever em muitas coisas deste post, embora em cidades diferentes.
Eras hipster portanto ;P estou a brincar ;)
EliminarTambém passei por Barcelona, embora muito pouco :P
Lá está, os anos passam e nós começamos a encarar a vida nocturna de outra forma. Mas, pelo menos falando por mim, uma noite de pura boémia de vez em quando ainda vai sabendo bem ;)
Ainda bem que gostaste da noite de Coimbra eheheh :) mas já foi melhor, ao que me consta.
Nunca ninguém prestou atenção, mas a verdade é que já naquela altura o Renato Seabra tinha uma certa apetência para se 'colar' aos cotas xD
ResponderEliminarAhahahah muito bem visto xD
EliminarA minha viagem de finalistas do secundário também foi em Lloret :) Tantas histórias em tão pouco tempo... viver com os amigos 24/7 é sempre especial, especialmente de férias!
ResponderEliminarAo contrário de ti eu preciso dormir e não aprecio grandemente ambientes nocturnos :P Durante a noite voltava "cedo" para o hotel, escoltada pelos amigos que voltavam novamente para a discoteca logo depois. Numa dessas noites combinamos que voltariam ao hotel para me acordar para assistir ao futebol de praia que estavam a organizar para as 6h da matina. Mas eu estava tão cansada de dormir menos do que o habitual que não ouvi as pancadas na porta do quarto quando o pessoal regressou. A preocupação começou a aumentar, porque não lhes abria a porta e não houviam nenhum barulho no interior. Aumentaram a frequência e intensidade das pancadas e chamaram-me, acordando metade do corredor daquele piso, mas eu só acordei com um amigo a abanar-me gentilmente -- tinha saltado de uma varanda para a outra para entrar para o meu quarto e abrir a porta por dentro. O meu grupo de amigos entrou no quarto, e finalmente constatou que eu estava bem só em sono profundo :P Pelo visto tiveram naquele período de tempo um "pequeno ataque cardíaco" porque me deixaram no hall do hotel e imaginaram que alguma coisa poderia ter acontecido no curto percurso. Certo é que a partir daí as escoltas terminavam à porta do quarto :P
"Tantas histórias em tão pouco tempo" - sem dúvida. São recordações que ficam para a vida!
EliminarAhahah faço ideia o susto dos teus amigos xD essas histórias ficam para sempre e fazem-nos, inevitavelmente, sorrir (e até mesmo gargalhar) quando nos lembramos delas :)
*ouviam
EliminarVerdade, as gargalhadas sucedem-se quando pensamos naqueles dias. Às vezes as histórias nem sequer têm a piada que o momento teve. Mas na nossa memória à descrição associa-se as expressões dos amigos no momento em que a situação aconteceu, o tom de voz, a luz, o lugar, nem sei,... há ali qualquer coisa de mágico que nos deixa a rir a todos por uma coisa "pequenina".
Tenho a dizer que gostava muito de ouvir mais dessas tuas recordações. Quando te faltar assunto no blogue e quiseres partilhar mais algumas connosco, já sabes ;)
"Às vezes as histórias nem sequer têm a piada que o momento teve. Mas na nossa memória à descrição associa-se as expressões dos amigos no momento em que a situação aconteceu, o tom de voz, a luz, o lugar, nem sei,... há ali qualquer coisa de mágico que nos deixa a rir a todos por uma coisa "pequenina". " - é tão isto :)
EliminarPode ser que um dia partilhe mais histórias aqui no estaminé. Mas acho que grande parte das histórias de Lloret, quer sobre a minha pessoa quer sobre amigos, são algo decadentes ahahah :P