Como o assunto dava pano para mangas para ficar apenas num comentário, decidi abordá-lo em post.
Como muitos de vocês sabem, a minha última relação foi com uma rapariga que também era blogger. Este blog não tem muito sobre o assunto, o antigo tinha mais. Assim sendo, faço um breve resumo para os leitores mais recentes. Conheci a minha ex através da blogosfera. Descobri o blog dela, comecei a segui-la, comentário puxa comentário e poucos dias depois estávamos a trocar endereços de e-mail (pessoais - na altura ainda não tinha mail para o blog). A convivência tornou-se diária e o sentimento começou a crescer. Começámos a namorar em Setembro de 2012 e acabámos em Março de 2014. Até Junho de 2013, a relação não era pública na blogosfera. Ou seja, eu escrevia sobre e para ela, mas sem revelar que namorava com uma blogger - ela fazia o mesmo no blog dela. Portanto quem nos seguia sabia que cada um de nós era comprometido, não sabia é que éramos comprometidos um com o outro. Acabámos por tornar pública a nossa relação por causa de um ex dela, que nos stalkava: passava horas, diariamente, nos nossos blogs; deixava comentários anónimos (não era difícil perceber que era ele - por exemplo, só ele podia saber o primeiro nome da minha ex!). E então nós decidimos assumir a nossa relação, ao mesmo tempo que o desmascarávamos e o colocávamos no seu lugar. Resumo feito.
Ponto prévio antes de prosseguir: ninguém se apaixona por um blogger. Apaixona-se, isso sim, por uma pessoa que, entre outras coisas que faz na vida, também escreve num blog. Ou seja, não acredito que alguém se possa apaixonar só por aquilo que lê num blog. Quando nos apaixonamos, é pela pessoa. Pela sua essência, quando a conhecemos. O blog é apenas um meio para se começar a falar com a pessoa, tal como outros meios na net (Facebook e demais redes sociais, chat's, fóruns, etc), ou locais, ou eventos, ou qualquer sítio onde conheçamos pessoas. Como tal, acredito que a blogosfera permite descobrir pessoas. O que lemos num blog pode cativar-nos, suscitar interesse, criar identificação. Se isso acontecer, pode haver vontade de conhecer melhor a pessoa, por outras vias. E só depois é que nos podemos apaixonar. Como escrevi há uns meses, num desafio de perguntas: "O que leio num blog pode criar empatia, admiração, identificação,
carinho, preocupação. Suscita interesse por gostar e/ou identificar-me
com o que leio. Mas não me apaixonaria somente pelo que leio num blog. O
blog seria sempre apenas o ponto de partida para conhecer melhor por
vias extra-blog. Aí sim, o conhecimento através de conversas, ao invés
de comentários ou leituras blogosféricas, pode levar a que se
desenvolva um sentimento."
E para este post não ficar muito grande, agora que a introdução ao tema está feita, desenvolverei mais este assunto no post seguinte, que será publicado esta sexta-feira, ao meio-dia. Senão a minha fama de escrever muito começa a ser ainda maior :P
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