Um dia que termina mal...
E por motivos pessoais, este blog está temporariamente fechado...
Mas por respeito e amizade às pessoas com quem criei laços, vim só deixar esta mensagem...
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
"Àquela que se apaixonar por mim..."
"Boa sorte. Não me tentes
procurar em mapas antigos; a maior parte das estradas do meu coração são novas.
Sei que não será fácil amar alguém como eu. Não sempre. Não todos os dias.
Haverá dias em que não será fácil. Nada fácil. Dias em que me fecharei em
copas, com todos os meus problemas – não te vou querer preocupar ou chatear com
eles. Sei que quem ama partilha, mas quem ama também protege. É isso que quero:
proteger-te. Não me censures. Perdoa todos os meus casos com as palavras, com
os livros, com as madrugadas de insónias e as cores das manhãs. Perdoa os
textos que te causarão algum embaraço. Alguma exposição indesejada. Só quero
usar as palavras para explicar o que trago por dentro. O quanto te poderei
amar. Haverá outros dias em que te deixarei desarmada com os gestos mais banais.
Os que, ao mundo, parecem absurdos. Deixar-te-ei, por vezes, sem palavras. Mas
isso é bom. Em todas elas o silêncio será um aliado, um bem necessário. Não te
preocupes se me perder a olhar-te. A tentar decifrar cada traço. Quero
guardar-te em mim. Procurar a certeza dessa vertigem que será amar-te. A ti que
um dia farás parte desta jornada, peço que não ignores os meus defeitos. Mas
que os ames. Como o mar ama as estrelas que nele se reflectem, sem nunca lhes
tocar."
Por: Pedro Rodrigues
Todo o texto podia ter sido escrito por mim. Mas o que está a negrito, ainda mais.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
Depois de ter dormido 13h na noite anterior, hoje chegam as insónias... E depois dá nisto...
Há cerca de 5 anos atrás, eu era feliz. Genuinamente feliz. Sim, tinha saudades das minhas pessoas (já estava longe dos meus). Mas, apesar disso, considerava-me feliz. Tinha (e ainda tenho, felizmente) trabalho e um bom ordenado. Tinha comigo a mulher que amava na altura - namorávamos há 2 anos e já estávamos na fase de fazer planos para o futuro. Tinha (e ainda tenho, felizmente) amigos e família excepcionais. Apesar de estar longe das pessoas mais importantes da minha vida, eu sentia-me sortudo por aquilo que tinha. Às vezes chegava-me a perguntar se merecia tanto, sobretudo em relação à namorada: tinha ao meu lado uma mulher linda, daquelas que fazem babar qualquer homem; tinha ao meu lado uma das melhores pessoas que conheci em toda a minha vida; tinha ao meu lado alguém que me conhecia como ninguém; tinha ao meu lado alguém que me ensinou a amar, que me fez descobrir o meu melhor lado, que me fez perceber que o melhor que sei fazer é proteger e cuidar.
Até ao dia em que a vida me tramou... 1 de Fevereiro... O dia do fim do namoro... E o dia que marcou o início de um ciclo muito mau... O fim da relação foi complicado. E, semanas depois, descobriu-se a doença do meu afilhado, doença essa que acabou por lhe tirar a vida no final de Abril desse mesmo ano. 2010 ficou marcado como o pior ano da minha vida, a par de 2005 - por isso é que disse há uns dias que espero que este 2015 seja melhor que os últimos 2 anos múltiplos de 5...
Mas 5 anos depois, olho para a minha vida e tenho saudades de sentir aquela felicidade genuína e (quase) plena. 5 anos se passaram, e eu só sinto que estou 5 anos mais velho - mais maduro e mais crescido também, obviamente. Mas em relação à minha vida, não sinto que tenha avançado, que tenha progredido. 5 anos depois, somo mais 3 relações falhadas: a primeira claramente por minha culpa (porque ainda não tinha esquecido a tal ex); a segunda porque, olhando agora para trás, vejo que não passou de atracção e tensão sexual (de ambas as partes); a terceira porque...não interessa (como sabem, era uma pessoa conhecida da blogosfera, e como tal escuso-me de tecer comentários públicos sobre essa relação). 5 anos depois, estou descomprometido, há quase 1 ano. 5 anos depois, a vontade de ser pai continua, mas a concretização dessa vontade está cada vez mais longínqua. 5 anos se passaram e eu continuo sem ter a minha vida nos eixos em que gostaria de a ter.
Eu sei que a vida é fodida, nunca ninguém disse que era fácil. Eu sei que muitos sonhos e planos ficam pelo caminho. Eu sei que faz parte da vida termos constantemente de desencantar planos B, novos caminhos, novas soluções. Eu sei que já devia estar habituado a esta montanha-russa, porque nos últimos 12 anos a minha vida foi uma sucessão de cambalhotas. Eu sei isso tudo... Mas não deixo de me sentir algo frustrado... Sonhei uma vida diferente, ambicionava coisas diferentes. Ainda não voltei a ter uma relação que eu conseguisse considerar estável, equilibrada e com plena convicção que havia ali um futuro - a que mais se aproximou disso, em alguns momentos, foi a última.
E, neste momento, isso é provavelmente o que mais me frustra... É sentir que no passado já tive uma relação que me preencheu por completo, sentir que no passado já consegui perceber o que preciso numa relação, mas não ter conseguido replicar minimamente aquele nível de cumplicidade e confiança. Se calhar eu e a minha ex deixámos essa fasquia num patamar demasiado elevado, não sei... Porque, e juro que isto é absolutamente verídico, tínhamos episódios de telepatia bem frequentes! Porque o conhecimento mútuo era enorme. Ao ponto de eu poder dizer que, em 27 anos de vida, não houve ninguém que me conhecesse tão bem como ela.
Não vou negar, há dias em que tenho realmente saudades de falar com ela... Há dias em que me apetece pegar no telemóvel, ligar-lhe e dizer-lhe "caramba, já passaram 5 anos, somos adultos para conversar sobre o que ficou por falar... fazes-me falta, tenho saudades da minha melhor amiga". Tenho saudades de me sentir compreendido sem ter que abrir a boca sequer - ela percebia logo quando eu não estava bem, dizia-me logo "hoje estás nhónhó"... Tenho saudades de sentir aquele abraço sem palavras, que nos era tão característico. Tenho saudades da amizade que tivemos - do namoro já não há margem para ter saudades, a vida continuou e o meu coração deixou de bater por ela. Mas a amizade, essa continua a fazer-me falta... Mesmo quando ela era mais bruta comigo e me dava os abanões que eu precisava para abrir a pestana. Ela sabia mostrar-me onde eu estava a errar, sem me fazer sentir a pior pessoa do mundo. Ela sabia estar lá, sempre que era preciso, sem eu dizer que era preciso. Foi a primeira pessoa a quem disse que a minha avó tinha morrido, quando ainda éramos só amigos. Foi a primeira pessoa que soube de imensas coisas, e a única que soube de outras tantas.
Ali não havia filtros, foi das amizades mais genuínas e descomplexadas que tive na vida. E tenho saudades disso... Tenho saudades de não me sentir sozinho nestas noites de insónias...
5 anos depois, a vida continuou. Mas não evoluiu. Eu continuo com a vida estagnada, à espera que os sonhos se concretizem. Luto por eles, sou um gajo obstinado e quando meto um objectivo na cabeça quero levá-lo até ao fim... Mas... Parece que nunca nada é suficiente, parece que nunca chega, parece que não há sangue, suor ou lágrimas que me ajudem a ir mais além. E isto é realmente frustrante...
sábado, 24 de janeiro de 2015
Tesourinhos #31
Numa altura em que nos Telejornais somos bombardeados com o fenómeno "Violetta" (o novo boom das criancinhas), decidi abordar aqui no tasco iguais fenómenos de histeria do passado.
Foi na década de 90 que proliferou a moda das boys-band por esse mundo fora, sendo os Backstreet Boys a face mais visível desse fenómeno que fez delirar miúdashistéricas adolescentes um pouco por toda a parte. No final dos anos 90, a moda pegou em Portugal e surgiram os Excesso, que atingiram um nível de popularidade difícil de explicar.
Foi na década de 90 que proliferou a moda das boys-band por esse mundo fora, sendo os Backstreet Boys a face mais visível desse fenómeno que fez delirar miúdas
No vídeo que se segue, consta uma das primeiras actuações em TV dos Excesso. Não sei o que é mais azeiteiro: se a própria música, se a roupa, se a coreografia xD Leitoras deste blog, confessem lá: hoje perguntam-se como é que foram capazes de gostar de tamanho lagar de azeite, certo? xD
PS - A SIC emitiu, há cerca de 3 anos, uma reportagem ("Perdidos e Achados") sobre os Excesso. Para quem quiser ver, basta clicar aqui para abrir o link.
PS2 - A partir de agora, esta rubrica vai ter a colaboração (nos bastidores) da minha colega Inês. Achei que, uma vez que há muito para explorar no que toca a boys-band, seria melhor ter a ajuda de quem sofreu deste delírio :P e a verdade é que já temos uma lista considerável de Tesourinhos musicais de chorar a rir, esperem para ver :P
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Lembrete para o Roger do futuro
Aquele momento em que percebes que tens mesmo de deixar de contrariar as tuas intuições, porque mais tarde ou mais cedo elas revelam-se absolutamente correctas. E ao perceberes isso, percebes também que, ao contrariares aquilo que é real mas que queres forçar-te a não ver, foste manipulado e acabaste a viver uma mentira. Quando todos os sinais estavam à vista, preferiste ignorá-los e acreditar na palavra de pessoas que juravam ser incapazes de mentir (e agora vês que levaste com mentiras atrás de mentiras) - porque continuas a ser o ingénuo de merda que sempre foste, que acredita na palavra de honra de alguém. O pior cego é aquele que não vê... E tu não viste, em tempo útil, aquilo que era evidente. A tua intuição viu, mas tu preferiste ignorá-la. Começa a dar-lhe ouvidos sempre, porque ela tem sempre razão. Essa sim, nunca te falha.
Definitivamente, há mesmo pessoas que não valem um caralho. E dessas, meu amigo, a única coisa que podes querer delas é distância. Caso contrário... Elas sufocam-te, manipulam-te, tentam fazer-te acreditar que és tu que estás a agir mal, tentam fazer de ti o mau da fita perante o mundo, tentam colar-te o rótulo de desconfiado e inseguro. E tu dás por ti a pedir desculpa, às vezes nem sabes bem porquê - ou se calhar até sabes: porque tu és assim, odeias magoar seja quem for, odeias ferir as sensibilidades alheias. Mas do outro lado afinal está um sorriso cínico e hipócrita, vindo de quem não olha a meios para atingir os fins. Vindo de quem mente com quantos dentes tem na boca, que se vitimiza até à quinta casa, só para te fazer sentir uma culpa que não tens.
Lembra-te sempre de quem és, Roger do futuro. Não deixes que ninguém tenha a capacidade de te destruir. Tu sabes que dormes de consciência tranquila, que ninguém te pode apontar o dedo nessa situação - porque agora sabes que, em todas as vezes que te passaste e explodiste, tinhas razões para tal. E lembra-te: mantém a calma quando existirem terceiros a mandar críticas para o ar - também eles estão a ser manipulados, também eles estão cegos e acabam por tomar as dores de quem lhes faz a cabeça. E mantém a convicção que ninguém pode fingir ser aquilo que não é durante muito tempo. Tu sabes que, mais tarde ou mais cedo, a verdade virá ao cimo. Porque as pessoas que não valem um caralho não precisam que ninguém as enterre, elas enterram-se sozinhas. Nem o maior mentiroso compulsivo da história da humanidade conseguiria manter uma farsa durante muito tempo, porque o tempo vai fazendo das suas, a memória não fixa todos os detalhes e a coerência vai ficando pelo caminho. Então mantém-te tranquilo, tu sabes que a justiça tarda mas não falha. Tu sabes que quem não vale um caralho vai acabar sozinho na vida. E se, no meio da solidão, chamarem por ti, tu sabes o que tens a dizer: "vai-te foder".
Lembra-te, Roger do futuro, nunca desacredites a tua intuição. Chama-lhe dom, chama-lhe o que tu quiseres, mas tu sabes que tens uma intuição apurada. Tens um olfacto mental que facilmente detecta onde é que as coisas começam a cheirar mal. Não podes é, continuamente, ignorar esses sinais. Não podes deixar-te levar por jogos psicológicos de pessoas que até podes apelidar de sociopatas - não demonstram empatia, são egoístas e manipuladoras. Mantém-te fiel a ti mesmo e não deixes que ninguém ouse tentar fazer de ti o mau da fita, quando a tua consciência te diz que estás a agir bem. Não deixes que te voltem a tirar a dignidade.
E, não menos importante, aprende a refriar os ímpetos. Tu sabes que, quando descobres a verdade e te sentes injustiçado, tens vontade de confrontar. Dentro de ti tens aquela vozinha que repete até à exaustão aquilo que lhes queres dizer na cara: "oh minha besta de merda, como é que foste capaz de me mentir olhos nos olhos durante tanto tempo???". Mas controla-te... Respira fundo e mantém-te tranquilo. O desprezo é a maior arma para quem não vale a pena. Deixa-os viver as mentiras que eles quiserem, porque sabes que serás sempre infinitamente mais feliz do que eles - mesmo nos dias em que te sentes infeliz, estás sempre acima deles. Porque vives a vida com verdade, e isso é priceless.
E, não menos importante, aprende a refriar os ímpetos. Tu sabes que, quando descobres a verdade e te sentes injustiçado, tens vontade de confrontar. Dentro de ti tens aquela vozinha que repete até à exaustão aquilo que lhes queres dizer na cara: "oh minha besta de merda, como é que foste capaz de me mentir olhos nos olhos durante tanto tempo???". Mas controla-te... Respira fundo e mantém-te tranquilo. O desprezo é a maior arma para quem não vale a pena. Deixa-os viver as mentiras que eles quiserem, porque sabes que serás sempre infinitamente mais feliz do que eles - mesmo nos dias em que te sentes infeliz, estás sempre acima deles. Porque vives a vida com verdade, e isso é priceless.
Retém a lição.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Divagações de uma madrugada... (post longo)
Há um facto inegável a meu respeito: conheço-me cada vez melhor. É verdade que me obrigo a isso, sim. Deixei de fugir aos pensamentos que me atormentam e obrigo-me a encará-los de frente. E neste momento não há ninguém que me conheça tão bem como eu. Em tempos já houve, mas actualmente ninguém me conhece como eu me conheço.
E se há coisa que tenho percebido (sobretudo nos últimos 3/4 anos) é onde reside o meu ponto de ruptura com alguém. Percebo que é hora de me fazer à estrada quando as pessoas começam a fazer-me mais mal do que bem. O meu breaking point dá-se quando sinto que determinada pessoa me está a afectar no sentido negativo. Quando a minha auto-estima começa a cair a pique, quando começo a deixar de me reconhecer nas minhas acções, quando a frustração começa a ser o pão nosso de cada dia na minha vida. Quando sinto que há alguém a ter efeitos tão nefastos em mim, dá-se a ruptura.
Na maioria das vezes, demoro a chegar a esse ponto. Sou muito de dar segundas oportunidades... E terceiras... E quartas... E por aí fora. Não desisto de ninguém de ânimo leve! E quando as coisas começam a balançar, normalmente tomo a iniciativa de me sentar com a pessoa e perceber o que se está a passar. Porque quero que as pessoas sejam francas comigo. Mas as oportunidades também se esgotam... Esgotam-se quando sinto que do outro lado não há franqueza e sinceridade, quando sinto que do outro lado é igual ao litro se estou ali ou não, quando as atitudes das pessoas me começam a afectar mais do que deviam. E é aí que se dá a ruptura. Às vezes as coisas ficam feias, às vezes o afastamento é simplesmente natural e espontâneo, às vezes é só uma vírgula...
Também acredito que nada na vida acontece por acaso. Todas as pessoas que fazem parte da nossa vida acrescentam algo. Mas acho que a vida é feita de momentos... Se calhar há ligações que se estreitam em determinado momento, porque ambas as pessoas estão numa fase da vida muito semelhante. E quando se perde essa identificação com o outro, pode dar-se a ruptura. Às vezes são rupturas momentâneas, fruto das fases da vida em que as pessoas se encontram. Por exemplo, há uma rapariga que eu conheço há uns 12 ou 13 anos. Tivemos uma fase de grande proximidade, inicialmente. Depois a ligação foi-se perdendo, até que deixámos de ter contacto. Voltámos à vida um do outro no início de 2012. Durante uns 3 ou 4 meses, tivemos ali novamente uma fase de grande proximidade - foi o braço dela que me tirou do fundo do poço, foi no início de 2012 que voltei à vida depois de 2 anos muito negros, e foi ela que me deu o abanão final para isso. E depois, voltámos a afastar-nos... Por questões que ainda hoje não percebo muito bem, mas que desisti de tentar perceber. A sensação com que fiquei na altura é que o namorado dela tinha ciúmes de mim, e pressionou-a para se afastar. E comecei a deixar de ter resposta às mensagens. Fui engolindo o sapo, até que na madrugada (what else) de um dia de Verão, mandei-lhe alto testamento por e-mail, altamente desiludido com aquelas atitudes. Só falámos sobre o assunto meses mais tarde, quando ela decidiu entrar em contacto comigo, a coisa nunca ficou muito bem esclarecida, mas pronto, lá está, são os momentos da vida. Se calhar daqui a alguns anos talvez haja uma nova aproximação, talvez daqui a alguns anos voltemos a estar em fases da vida que criem a tal identificação.
Isto tudo para dizer que, na nossa vida, temos que ter consciência que há pessoas que vão e vêm. Há aquela "meia dúzia" que fica para sempre, que nos acompanha ao longo da vida. Mas também há momentos de passagem... Há pessoas que se cruzam em determinado instante porque é daquilo que precisam naquele momento, mas que depois deixa de fazer sentido...
Custa a aceitar? Às vezes custa p'ra carago... Mas é preciso aprender a lidar com os pontos de ruptura nas relações pessoais... Porque eles existem, não podemos camuflar isso! E há alturas em que o nosso amor próprio tem que falar mais alto que tudo o resto. Eu conheço-me... Sou um gajo afectuoso, e sei que não me contento com migalhas. Migalhas dão-se aos pombos, sempre ouvi dizer. Cada qual aceita aquilo que acha que merece. E quando eu sinto que estou em entrar no ponto de ruptura, que determinada pessoa me está a fazer mais mal do que bem, então aí obrigo-me a centrar-me em mim próprio. Diz-se que as decisões mais difíceis são sempre as mais acertadas, e eu concordo plenamente com essa teoria...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Isto de ser blogger :)
Em Dezembro de 2013, aquando do post de balanço de ano (clicar para abrir), contava com pouco mais de três dezenas de seguidores. Um ano e uns trocos depois, esse número duplicou. Bem como ultrapassei as 50.000 visualizações.
Regra geral, não ligo por aí além a estes números, a estas estatísticas. Continuo na blogosfera com a mesma mentalidade com que entrei, já lá vão quase 8 anos: escrevo sobretudo para mim, como forma de desabafo, seja mais ou menos pessoal. Mantenho a minha essência. Nunca fiz publicidade ao meu blog. E mantenho o tasco enquanto me for fazendo sentido.
Mas não posso deixar de me sentir grato pelos feedbacks que tenho. E não falo só a nível de seguidores. Há pessoas que não têm registo no Google, que não me seguem oficialmente mas que me lêem e com quem troco ideias, quer pela caixa de comentários quer via e-mail. Valorizo cada pessoa que passa por aqui, sejam 6 ou 66 pessoas! E vocês sabem que nunca vos deixo sem resposta. Porque o que a blogosfera tem de melhor é precisamente a troca de ideias. E também os laços que se criam aqui. Já conheci aqui pessoas espectaculares! Não gosto muito de
individualizar, para não parecer injusto com ninguém. Mas há pessoas com
quem de facto gosto muito de falar.
Não posso, de facto, subestimar a importância que o blog tem vindo a ter na minha vida. Porque me aguça a vontade de escrever. Porque se tornou parte integrante do meu quotidiano. Porque me trouxe amizades e paixões. Porque me trouxe outras perspectivas sobre tanta coisa.
Quando comecei nisto de bloggar, nunca pensei que houvesse quem gostasse de ler as minhas bacoradas. Até porque não sei definir muito bem o meu blog. Não é um blog de humor, embora de vez em quando tenha aqui uns pequenos apontamentos humorísticos. Não é um blog de desporto, embora de vez em quando mande umas larachas sobre futebol e sobre o meu Sporting. Não é um blog de textos muito elaborados, embora de vez em quando publique os meus rasgos de inspiração. Acho que, no fundo, é um blog muito pessoal, muito meu. As wall-of-text são a minha imagem de marca, a forma como exprimo sentimentos e pensamentos também... Mas nunca pensei que existisse quem realmente gostasse de me ler. Por isso, sim, surpreende-me o crescimento que o tasco tem tido ao longo do tempo. Até porque há milhentos blogs mais interessantes do que o meu!
Seja como for, obrigado a todos os que vão passando por cá!
You guys rock!
PS - Não poderia deixar de dar uma palavra a alguns bloggers que subitamente desapareceram do mapa, ou que decidiram fechar os seus blogs, ou que vão aparecendo cada vez menos vezes pela blogosfera. Falo do Sérgio, da ABT, da Suricate, da Mente Flutuante, da NIX / Eve, da Catarina / Poppy, da CM, da Gi, da Ana Mar , ... Por onde andam, hein? Voltem, que a malta sente a vossa falta!
PS - Não poderia deixar de dar uma palavra a alguns bloggers que subitamente desapareceram do mapa, ou que decidiram fechar os seus blogs, ou que vão aparecendo cada vez menos vezes pela blogosfera. Falo do Sérgio, da ABT, da Suricate, da Mente Flutuante, da NIX / Eve, da Catarina / Poppy, da CM, da Gi, da Ana Mar , ... Por onde andam, hein? Voltem, que a malta sente a vossa falta!
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Whiplash
Como disse há uns dias, dou por iniciada a minha maratona cinematográfica rumo aos Óscares. Já vi o "Boyhood" em Novembro, mas ainda tenho uma longa jornada pela frente até à noite da entrega dos prémios.
Comecei esta maratona com "Whiplash". Um apontamento curioso: no passado domingo, estava eu a começar a ver um filme, quando recebo um comentário do Mustache a recomendar-me a sua visualização. É que nem de propósito ;)
E que filme, meus caros! Intenso, do início ao fim. Prende por completo a atenção dos espectadores, mexe com as emoções em cada momento. E é altamente recomendado para quem gosta de música.
"Whiplash" conta a história de Andrew, um jovem baterista de Jazz, no primeiro ano do Conservatório, cujo sonho é ser um dos melhores. O seu talento e dedicação chamam a atenção do maestro Fletcher, que o leva para a orquestra principal do Conservatório. Mas Fletcher é mais do que exigente: é impiedoso e abusivo, levando Andrew a extremos físicos e psicológicos.
Este filme está nomeado para as seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Actor Secundário (J. K. Simons), Melhor Montagem, Melhor Mistura de Som e Melhor Argumento Adaptado.
Altamente recomendado! E a cena final é um orgasmo musical!
"Whiplash"
Director: Damien Chazelle
Starring: Miles Teller, J.K. Simmons, Paul Reiser, Melissa Benoist, ...
Genre: Drama, Music
2014
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
domingo, 18 de janeiro de 2015
Que comece a corrida aos Óscares!
Este ano vou tentar não ser tão desnaturado como em anos anteriores, no que toca aos filmes nomeados para os Óscares. Normalmente quando chega a altura da entrega dos Óscares, o habitual é ter visto 2/3 filmes nomeados. No ano passado nem isso: só tinha visto o "The Wolf of Wall Street".
Neste momento, já vi o Boyhood, sobre o qual já falei no blog.
Tenho cerca de 1 mês para tentar ver mais uns quantos :P
O que significa que a rubrica de cinema poderá estar, nas próximas semanas, mais activa que nunca :P
Que comece a maratona cinematográfica!
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
À distância sofre-se mais
Já é suficientemente angustiante termos um ente-querido no hospital. Mas a angústia aumenta exponencialmente quando estamos longe. Sentimo-nos impotentes, a tantos quilómetros de distância não podemos fazer nada. E as horas que não passam?! Isso é o pior de tudo... Aguardamos notícias, sempre a olhar para o telemóvel, sempre a pensar "mas que raio, já devia haver novidades" quando conhecemos perfeitamente a realidade dos hospitais portugueses e as esperas intermináveis das urgências...
É incrível como eu, noctívago assumido, tantas vezes perco a noção das horas quando me ponho a jogar, a ver um filme, a ver qualquer coisa na net, whatever. Mas quando se espera notícias do hospital, parece que a mente não fica entretida com porra nenhuma. Não há filme que nos prenda, não há jogo que nos vicie, nada! Absolutamente nada!
Sei que a dada altura me deitei no sofá, com a TV ligada, a ver nem sei o quê. Acabei por adormecer, já a noite ia longa. Acordei, já o dia estava a nascer, com o toque do telemóvel. Foi só um susto, felizmente. E agora ficam as marcas de uma noite mal dormida: muito sono, muitas dores de cabeça, muito cansaço, pouca paciência e uma cara de meter medo ao susto. Mas fica também o alívio de não ter sido nada de grave.
(É curioso: quando estou presente quando estas situações acontecem, ou quando mesmo distante estou acompanhado por alguém, tenho um sangue-frio incrível... E logo eu, que sou todo coração... Mas nestas alturas, não sei como, sou muito mais cabeça... Reajo com rapidez, sou prático e pragmático. Mas quando fico sozinho, aí é que me começa a bater... Já tive N situações em que, sendo muito fácil perder a calma e o auto-controlo, eu conseguia manter-me focado e racional. Mas quando me cai a ficha e extravaso as emoções, é o descalabro... E hoje estou assim... Sinto-me como se tivesse sido atropelado por um camião...)
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Vá-se lá entender as mulheres...
Imagem retirada do Shiuuu |
É que nem de propósito! Falava eu do Shiuuu no meu post anterior, e eis que sou brindado com isto!
Pois que aos 27 anos de idade, eu já não deveria surpreender-me com certas coisas, não é? Mas a verdade é que há dias em que me pergunto "mas que porra de mundo é este?!". Ora bem, diz esta senhora que perdeu o interesse no marido porque ele a tratava bem. Pois claro... Se ele a insultasse, humilhasse, batesse, traísse ou ignorasse, é que era um "ganda" homem! Porque, claramente, um homem que trate bem a sua mulher, se preocupe com ela e a mime, não tem interesse nenhum...
Eu juro que fico estúpido com estas coisas! Afinal não são só os idiotas da Casa dos Segredos que gostam de estar em relações em que o pão nosso de cada dia são mimos do género "vai para o caralho", "és um(a) otário/a", "és uma/um vaca/cabrão", "és uma merda", "não vales um caralho", "vai para a puta que te pariu" e afins. Não sei se sou só eu a pensar assim ou se estou a pensar mal, mas as mulheres que perdem o interesse quando são bem tratadas não estão, de certa forma, a defender (ainda que inconscientemente) a violência doméstica, física e psicológica?
Não entendo mesmo esta fixação que vejo em muitas mulheres, em preferirem gajos que lhes dão para trás ou que não as tratam como merecem. Mas depois queixam-se: "os homens são todos iguais", "não tenho sorte nenhuma no amor", "já não há homens decentes", etc. Mas quando lhes aparece um gajo decente, aí já é "demasiado nice guy".
Começo a perceber porque é que estou solteiro... Tenho que começar a ser cabrão... Porque se continuar a valorizar, a mimar, a fazer surpresas sem ser nas datas especiais, a preocupar-me com o bem-estar da pessoa com quem esteja, a trabalhar para que a chama se mantenha acesa, etc...então estou a ver que hei-de morrer solteiro e sem descendência...
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Anda tudo mal fodido, ou quê?! *
Às vezes fico parvo com o que espreito no Shiuuu (embora ultimamente seja raro lá ir... aliás, ando meio desnaturado no que toca a ler blogs, eu sei...). E fico parvo porquê? Porque fico sem perceber em que bases assentam as relações que a malta tem. Toda a gente diz o cliché que as relações amorosas devem ter uma boa comunicação... Mas ninguém trabalha para isso!
Sigo o Shiuuu há uns 2 anos, talvez. Ao longo deste tempo, já perdi a conta aos "segredos" relacionados com falta de comunicação no casal, nomeadamente no que toca à vida sexual. Já vi de tudo: mulheres que dizem estar fartas de fingir orgasmos; homens e mulheres que não têm coragem de partilhar as suas fantasias com a pessoa com quem estão; homens e mulheres que se queixam que o sexo é monótono; homens e mulheres que se queixam que o sexo é quase inexistente; and so on... E eu juro que não entendo... O sexo também é importante! E o sexo só é realmente vivido a dois se existir de facto uma boa comunicação, uma boa química, se não existirem tabus. As fantasias devem ser partilhadas, faladas - quem sabe se não é uma fantasia comum a ambos?
As pessoas dizem-se mais evoluídas, menos preconceituosas, mais open mind. Mas será que é mesmo assim? Não me parece, senão não havia tanta gente mal fodida (desculpem a expressão)...
O melhor sexo que já tive foi precisamente com quem não havia tabus, nem pudores, nem vergonhas. Eu conhecia as fantasias dela, e ela as minhas. Eu conhecia os gostos dela, e ela os meus. Eu conhecia-lhe os melhores caminhos para o orgasmo, e ela os meus. E por aí fora. E não havia constrangimentos, vergonhas ou afins. Nem monotonias. Aliás, ambos trabalhávamos para que a chama estivesse sempre o mais acesa possível. Não raras vezes, íamos apimentando o dia, para que a noite fosse bem quente. Provocações mútuas ao longo do dia. Há que trabalhar para a relação, diariamente! A nível sexual, mas não só. Caramba, mas vocês querem viver a vossa vida com alguém com quem não comunicam?! Não me faz sentido, pronto.
Opá, vão mas é pinar e trabalhar a comunicação das vossas relações! xD
* Eu nem mal nem bem: tem sido uma longa travessia no deserto... xD
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
FIFA Ballon D' Or
Há um ano atrás, eu já disse tudo o que poderia dizer sobre Cristiano Ronaldo. Passou um ano, mais recordes foram quebrados, mais títulos foram conquistados, mais prémios foram ganhos. Só me apraz dizer: FODA-SE, que ano do carago para o Ronaldo! De resto, subscrevo tudo o que já escrevi em 2014, quando CR7 ganhou a 2ª Bola d' Ouro (post aqui - clicar para ler).
No que toca ao Melhor Treinador do Ano, volto a dizer o que disse há dois anos, ainda no antigo blog, quando o prémio foi entregue a Del Bosque: "Um seleccionador! Um tipo que faz uma dúzia de jogos por ano! Um tipo
que está à frente de uma equipa tantas vezes por ano como um treinador
de clube num mês e pouco!". Para mim, não faz sentido. Pese embora o mérito do seleccionador alemão (e o mérito é total, porque a Alemanha foi uma justa vencedora do Mundial), para mim o vencedor teria sido Diego Simeone.
Quanto à equipa do ano, ao ver em directo, a determinada altura deu-me vontade de rir... No sector defensivo, só concordo com Neuer na baliza e Lahm (o meu defesa preferido desde Paolo Maldini). A inclusão de David Luiz é mesmo para rir à gargalhada!
Para finalizar, tenho a dizer que os 10 melhores golos do ano (não falo só dos 3 que estavam a votação, mas sim do top 10 mesmo) são verdadeiras obras de arte! Carago, ver aquela compilação é ter um orgasmo futebolístico! Mas o golo do James já levava carimbo Puskas desde o dia em que foi marcado...
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
BSO da Semana #1
Deixei o blog de música ao abandono, mas a música nunca me abandona a mim.
E, apesar de ter ali a rubrica "Lyrics", não é a mesma coisa. Essa rubrica serve exclusivamente para utilizar letras que exprimem aquilo que estou a sentir no momento.
E, apesar de ter ali a rubrica "Lyrics", não é a mesma coisa. Essa rubrica serve exclusivamente para utilizar letras que exprimem aquilo que estou a sentir no momento.
E como tal, surge neste blog uma nova rubrica. Que será semanal - vou tentar que seja, pelo menos, mas pode haver fases com menor disponibilidade...
A partir de hoje, todas as segundas-feiras (porque é o primeiro dia da semana) existirá a Banda Sonora da Semana. Pode ser uma música na qual eu esteja viciado, que não me sai do ouvido; pode ser uma música que se enquadre no meu estado de espírito; pode ser uma música que eu tenha acabado de conhecer; pode ser uma das minhas músicas preferidas; pode ser uma música que eu já não ouvia há anos; etc. Pode ser qualquer coisa, com qualquer significado, de qualquer género musical.
A partir de hoje, todas as segundas-feiras (porque é o primeiro dia da semana) existirá a Banda Sonora da Semana. Pode ser uma música na qual eu esteja viciado, que não me sai do ouvido; pode ser uma música que se enquadre no meu estado de espírito; pode ser uma música que eu tenha acabado de conhecer; pode ser uma das minhas músicas preferidas; pode ser uma música que eu já não ouvia há anos; etc. Pode ser qualquer coisa, com qualquer significado, de qualquer género musical.
E faz todo o sentido inaugurar esta rubrica com uma música da minha banda preferida de sempre. Uma banda que em 2015 completa 23 anos de existência. Uma banda que conheci através do meu irmão mais velho, já lá vai "uma vida", e que me acompanha desde então. E esta música é das que me dá mais gozo tocar - então, para mim, dos 1:37 aos 2:23 é quase orgásmica!
Blink-182
"Time To Break Up"
Album: Take Off Your Pants And Jacket
2001
Post agendado
sábado, 10 de janeiro de 2015
Só existe desilusão quando existe ilusão
Ele está cansado. Verdadeiramente exausto. Sem forças para se mexer. Sempre foi assim: quando tem uma discussão, fica com as pernas bambas e fica com a sensação que foi atropelado por um camião. Percebe que precisa de um banho. E perde a noção do tempo debaixo do chuveiro. A água mistura-se com as suas lágrimas, resultantes de um misto de tristeza, de revolta, de mágoa, de desilusão. Mas não quer que ninguém o veja chorar, por isso esconde-se naquele momento de intimidade, onde a nudez do seu corpo reflecte também a nudez da sua alma. Os pensamentos atropelam-se, misturam-se, confundem-se. Tudo lhe parece vago, demasiado vago para quem precisa de tantas respostas. Conclui que o mundo é cruel, que tão depressa lhe atira com a bóia de salvação como o deixa morrer afogado naquele mar de perguntas.
Ali se deixa ficar. Resguardado dos olhares curiosos de quem lhe espera toda a força do mundo, mesmo quando essa força não existe. Ali está ele, imóvel, debaixo da água quente que sai do chuveiro. Com o olhar perdido e sem vontade de enfrentar a crueldade da vida. Ali está ele, desejando voltar atrás no tempo. Para o tempo em que se sentia feliz, em que as coisas faziam sentido.
Sai finalmente do banho. E a toalha ganha um novo significado. Não é apenas uma toalha: é uma capa que o protege. Ao sair do banho, sai também da intimidade dos seus pensamentos. Está na hora de voltar a vestir a capa de forte, o falso sorriso de "que se foda o mundo". Percebeu finalmente que não se pode mostrar a ninguém. É mais forte quando não deixa que ninguém vislumbre o que o enfraquece. Porque o seu ponto fraco é o coração. E esse agora fica fechado, refém de si próprio, sem ver a luz do dia. É melhor assim. Porque ninguém ataca aquilo que não vê.
Ficção
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Porque isto seria demasiado longo para conseguir passar a minha ideia no blog do SOG
O SOG fez, no blog dele (clicar para abrir), uma pergunta pertinente, que passo a citar: "os amigos não podem ser mais do que amigos e só se namora uma pessoa cuja amizade nunca atingiu um determinado nível?". E pelas respostas que lá vi, já vi que vou contra a maré :P
Oh minha gente, se não nos apaixonamos por amigos, apaixonamo-nos por inimigos, não?! Vamos lá ver uma coisa... Para o one night stand, para a queca ocasional e para as saídas quando o rei faz anos, é indiferente se a pessoa em questão é amiga, conhecida ou apenas boa "com'ó" milho - como diz o povo, em tempo de guerra qualquer buraco é trincheira :P
Mas para uma relação que se quer com futuro e com cumplicidade, a amizade não é a premissa essencial?! Vamos lá desconstruir isto... Consideramos que determinada pessoa é nossa amiga mediante vários factores, certo? Porque gostamos de determinados traços de personalidade, porque nos faz bem, porque nos sentimos bem com ela, porque nos divertimos com ela, etc etc etc. E pergunto eu, isso não são questões essenciais também para um namoro? Ou namora-se com quem se acabou de conhecer? É que depois aí surge a velha questão de querer mudar: a pessoa afinal não é nada daquilo que queremos numa relação e damos por nós a moldá-la à nossa medida. E deixamos de estar apaixonados pela pessoa X e passamos a estar apaixonados por alguém que nós criámos à luz do que achamos "certo". E agora eu pergunto, apaixonarmo-nos por alguém não é gostarmos dessa pessoa? Então o que é que nos dá o direito de a queremos mudar?
Eu não sei se estou a conseguir passar o meu ponto de vista com clareza, até porque explicar sentimentos é tudo menos fácil. Bem sei que há vários patamares de amizade. Mas estarei assim tão errado por acreditar que o amor / a paixão só surge depois de já existir uma amizade?
Pelo menos eu falo por mim... Olhando para o meu passado amoroso, vejo claramente que me fodi sempre que apenas segui o impulso. Impulso esse que, na maioria dos casos, derivou apenas de atracção / tesão / encantamento / algum interesse. Não é por acaso que a relação mais duradoura, mais cúmplice e que mais me fez crescer, foi aquela que derivou de uma grande amizade. Já falei aqui várias vezes dessa relação, por isso não vou alongar-me muito nessa questão. Digo apenas o seguinte: quando falo em grande amizade, era mesmo uma grande amizade. Daquelas em que falávamos todos os dias, daquelas em que se partilhava desde as coisas mais sérias às coisas mais parvas passando pelas coisas mais banais... E não, antes de nos apaixonarmos, não era mais do que amizade - dizia alguém no blog do SOG que quando a coisa pega fogo durante a amizade, era porque já havia fogo desde o princípio: não era o caso. Não sei dizer o que mudou nem quando mudou, não sei identificar quando é que me apaixonei por ela. Apaixonei-me e pronto... Mas até ao dia em que percebi que aquilo era mais que amizade, juro por tudo que nunca a tinha visto de outra forma... Aliás, ela era comprometida inclusive, e eu também até determinada altura!
Sim, é verdade que isto é um pau de dois bicos... A coisa pode correr mal e a amizade pode ir pelo cano abaixo. E, em relação a essa minha história passada, ainda hoje me dói ter perdido a minha melhor amiga - quem me conhece, sabe o quanto eu valorizo a amizade. Mas não me arrependo nem um bocadinho daqueles 2 anos e pouco de namoro! Fui feliz, cresci muito com ela (foi a pessoa com quem mais cresci, sem dúvida alguma)... Só se eu fosse completamente burro é que me poderia arrepender daquilo que vivi com ela... Naqueles 2 anos senti-me completo... Eu, que até então era muito instável emocionalmente, durante aqueles 2 anos nunca "olhei" para outra mulher (nem no sentido carnal nem no sentido emocional), nunca perdi o interesse por ela. E também soubemos levar a coisa: tínhamos noção que podíamos dar-nos muito bem como amigos mas não como namorados, então começámos lentamente e levámos a coisa ao nosso ritmo - no primeiro mês ninguém sabia da nossa história, estávamos a perceber se aquilo dava certo ou não... Só ao fim de um mês é que assumimos perante o mundo que estávamos apaixonados.
E há uma frase, dita por essa minha ex, que encaixa que nem uma luva neste post: "não há nada melhor do que ser amigo de quem se ama". As relações que derivam de uma grande amizade são as melhores... As mais cúmplices, as mais sólidas, aquelas que não abanam por qualquer merdinha. Não há nada melhor do que conhecer a pessoa com quem estamos - isto é importantíssimo, quer nas coisas do dia-a-dia, quer a nível sexual, etc, a todos os níveis mesmo.
Epá, se calhar sou um bicho estranho. Mas relação onde falte cumplicidade não é para mim... As verdadeiras bases de um namoro são a amizade, o companheirismo e a cumplicidade. E agora, pela primeira vez no blog, vou cometer uma inconfidência sobre a minha última relação: com a Lia, uma das coisas que eu sempre senti que nos faltava era a cumplicidade, e por isso abanávamos à mínima merda...
Eu vejo as relações como uma casa: não se começa a construir pelo telhado! Tem que assentar em pilares sólidos, em bases fortes... Uma relação cuja base seja a tesão ou o encantamento, acaba por ter os dias contados... Porque uma vida a dois não se pode basear apenas em fodas divinais - chega a altura de se viver junto e ao fim de pouco tempo a relação abana mais do que uma máquina de lavar roupa a centrifugar :P
Para finalizar o post, acho que muitas vezes se confunde conceitos, nomeadamente confunde-se amor com posse... Amar alguém é ser capaz de lidar com toda a bagagem que a pessoa traz, é ser capaz de gostar até dos defeitos, é querer ver a pessoa feliz - mesmo que não seja connosco.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Curtíssima
Consta que a CNN tem um vídeo preparado para transmitir quando o mundo acabar.
Como se ficasse cá muita gente para assistir :P
Uma noite daquelas
- Inevitavelmente a conversa toma os rumos do desejo. Impossível controlar. Tentas-me... Provocas-me... E o meu corpo começa a dar sinais... Provoco-te um pouco mais. Dizes-me que te estou a dar vontade. Isso abre-me ainda mais o apetite.
(...)
- Tiro-te essa roupa, peça por peça. Uma provocação aqui, outra ali. Tenho fome do teu corpo... da tua pele!
(...)
- A minha boca apodera-se do teu corpo... Vou percorrer-te... Bem devagar... Começo a descer. Devagarinho. (...) Sabes que tenho uma língua exploradora... marota... e acima de tudo sem tabus! Sentes? Claro que sentes... Tens as mãos presas... Queres tocar? Naaa, não vou deixar. Vou descontrolar-te. Sabes bem... Só paro quando te vir em desespero. E agora, que te oiço a respiração ofegante... paro, ou continuo?
(...)
- Agora viro eu o jogo. Deito-te, e deito-me por cima de ti. Beijo-te intensamente. Sussurro que te desejo enquanto as minhas mãos se perdem em ti. (...) Quero descontrolar-te... E a minha língua continua a brincar em zonas perigosas. Faço-te contorcer de desejo. Adoro ver-te descontrolada.
(...)
- O desejo é tão forte. Quero. Quero sentir-te! Descontrolo absoluto, amo sentir-te em mim. Quero mais, muito mais!
(...)
- Olho para ti, contorces-te de prazer.
- É agora, o meu corpo sente... É o momento!
- Vou dar-te o teu momento... e ter o meu também!
Ficção
Este texto foi escrito a duas mãos
Não está reproduzido na íntegra, por ser muito +18
2007
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Parabéns trenga!
Hoje é Dia de Reis. Mas há uma menina que queria ser rainha e decidiu roubar o protagonismo ahahah ;D
A Rita, da qual já falei aqui (clicar para abrir), faz anos hoje! Já nos conhecemos há uma década. E é daquelas amizades que resistem a tudo. Já nos chateámos, já estivemos meses sem falar (somos os dois um bocado tortos de feitio, e às vezes colidíamos frontalmente ahahah :P), mas a amizade sempre prevaleceu. É uma pessoa muito diferente de mim em muita coisa, mas acho que foram essas diferenças que nos aproximaram - talvez porque, ao precisarmos de uma opinião, recorremos à perspectiva do outro. A Rita é uma pessoa com um enorme coração, mas com uma cabeça que às vezes consegue ser mais confusa que a minha :P Mas é sobretudo uma pessoa muito amiga do seu amigo, que já aturou os meus desatinos às tantas da madrugada, que esteve sempre lá quando precisei. E que tem um delicioso sotaque nortenho :P
Ah, e a sua maior qualidade é ser uma grande sportinguista ;D
Parabéns leoa ;D
Ah, e a sua maior qualidade é ser uma grande sportinguista ;D
Parabéns leoa ;D
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
The Interview
Já tinha algum interesse em ver este filme, antes de surgir toda a polémica das últimas semanas. Isto porque até curto o Seth Rogen e gosto de comédias. Mas toda a polémica alimentou um enorme hype à volta do filme, tornando-o provavelmente o filme com maior marketing da história.
Confesso que, dado o hype, as minhas expectativas foram crescendo. Mas depois de ver o filme, chego à conclusão que se não fosse a manobra de marketing da Sony, o filme seria uma comédia (?) banal.
Falemos da história do filme. As personagens de Seth Rogen e James Franco são dois entertainers da TV norte-americana (Franco é apresentador e Rogen o seu produtor), que conseguem a oportunidade de entrevistar o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Ao tomar conhecimento dessa entrevista, a CIA envolve os dois jornalistas em planos para assassinar Kim. E assim embarcam numa viagem rumo à Coreia do Norte, com dois planos definidos: entrevistar o líder norte-coreano e matá-lo, envenenando-o.
Achei o filme fraquinho, que não justifica a pontuação no IMDB (7.4 actuais). Aliás, consta na imprensa que os fãs do filme chegaram a votar massivamente no IMDB, tendo o filme alcançado os 9.9 de pontuação, descendo depois para valores mais realistas. Contudo, a cotação actual continua, a meu ver, a não corresponder ao valor real do filme. É engraçado q.b., tem alguns momentos de fazer esboçar um sorriso mas pouquíssimos de fazer soltar uma gargalhada. Não é uma grande comédia e acho que está claramente sobrevalorizado pela polémica. De 0 a 10, dou 6. Na minha opinião, se o filme tivesse sido bem trabalhado, podia ter sido de facto uma comédia bem conseguida. Contudo, ficou-se apenas por algo idiota...
"The Interview"
Directors: Evan Goldberg, Seth Rogen
Starring: James Franco, Seth Rogen, Lizzy Caplan, Randall Park, Diana Bang, ...
Genre: Action, Comedy
2014
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Sê bem-vindo, 2015!
"Peço ao mundo um segundo.
Apenas um segundo. Peço-lhe tempo para cumprir os meus desafios, para
atravessar a meta. Nada mais. Peço-lhe tempo para aprender a guardar comigo
aqueles que amo, para continuar a amar a carne, os ossos, o calor dos abraços,
a alegria dos sorrisos partilhados. Tempo para me preparar para o depois. Peço-lhe
tempo para o agora. É isso que quero. Quero concentrar-me no agora. Nas noites
frias de inverno, entre as mantas, a escrever como um louco sobre os amores
passados e a possibilidade dos amores futuros; nas manhãs de primavera, com
todas as cores que guardo por dentro como se de um quadro se tratassem; dos
finais de tarde de verão, à beira-mar, de pés na água salgada; das promessas de
outono que acabam sempre por cair por terra como as folhas secas. Quero
concentrar-me neste segundo. Procurar em mim o brilho que ilumina a noite
escura. Descobrir o mapa para a índia do meu coração, e partir. Sem medo de me
perder pelo caminho – todos nos perdemos; todos nos voltamos a encontrar. Partir
em busca da felicidade. Encontrar o meu ponto de equilíbrio. Criar. Ser. Ser um
pouco mais. Ser cada vez melhor. Crescer. É isso que quero: crescer. Dar amor.
Receber amor. Olhar o infinito e sonhar com o seu final. Inventar. Gritar bem
alto, como um louco. Sussurrar ao ouvido: és capaz. Porque realmente sou. Capaz
de transformar um momento menos bom, numa oportunidade. Recomeçar. Criar um
novo zero, um novo referencial relativo. Encontrar. Novas pessoas, novas
cidades, novos mundos. Tingir a folha em branco. Com lágrimas de alegria, com
sorrisos que disfarcem a tristeza. Usar este músculo que não se cansa de bater.
Não ter medo de eventuais taquicardias. Não ter medo. Ir em frente. Sempre.
Olhar para o passado como isso mesmo: algo que passou, que não volta. Olhá-lo
como um motor para avançar e não como um motivo para ficar parado. Ao mundo
peço apenas um segundo. Apenas um segundo de atenção. Há tanta coisa que nos
escapa. Concentramo-nos na tempestade e por vezes esquecemo-nos da bonança.
Só preciso desse segundo.
Só preciso desse segundo.
E tu? Que precisas? Já pensaste bem nisso?"
Por: Pedro Rodrigues
A negrito, aquilo que espero que simbolize o meu 2015. Não vou partilhar aqui os meus objectivos até que eles sejam cumpridos, mas muitos deles estão nas entrelinhas dos posts que tenho escrito ao longo do último mês. Quero fazer deste ano um marco na minha vida. Quero que 2015 seja a minha revolução. Nem todas as metas dependem exclusivamente de mim, mas vou lutar por cada uma delas até que as forças se esgotem. Não sou de baixar os braços, e é isso que me tem levado mais além. Quero ser cada vez mais e melhor, quero atingir todos os "impossíveis" desta vida. Sou obstinado, resiliente, persistente, ambicioso, perfeccionista, dedicado, empenhado, esforçado. Gostem ou não, caguei para isso. O que sei é que são estas características que me definem, que me fizeram estar onde estou, que me levaram a atingir o que atingi. Não consigo identificar-me com pessoas sem ambição, que não lutam pelo que querem, a quem tudo dá demasiado trabalho, que levam a vida com um marasmo quase doentio. Carago, levantem a real peida do sofá e façam-se à vida! Procurem a vossa própria felicidade, procurem os hobbies que vos fazem sentir bem, rodeiem-se das pessoas que vos fazem sorrir, não se acomodem e não tomem nada como garantido - tudo o que não é alimentado, morre. Vamos todos fazer deste 2015 um ano de vitórias, de sorrisos, de triunfos!
Declaração de amizade, logo a abrir o ano :)
Quem me tem lido ultimamente, sabe que estava ansioso por entrar em 2015. Porque quero novos desafios. Porque quero descobrir novos caminhos. Porque queria deixar para trás alguns capítulos. Basicamente, preciso de dar uma volta das grandes à minha vida. Talvez por isso, quando bateu a meia-noite na noite de passagem-de-ano, por entre o trabalho, senti o coração a bater mais forte... Sei exactamente os desejos que pedi (coisa que não fazia há muito tempo), e pedi com tanta força que por momentos senti os olhos a quererem inundar. Se aí até consegui aguentar-me, a primeira SMS de 2015 conseguiu mesmo soltar-me uma teimosa lagriminha (shiu, não é para contar a ninguém!).
Pouco passava da meia-noite (este ano, acho que pela primeira vez, as redes não entupiram e não notei delay nas mensagens). Mensagem da Marta. A Marta foi a minha primeira namorada (aos 12 anos, éramos tão lindos ahahah :P) e pertence ao grupo dos meus mais antigos amigos. Conhecemo-nos desde sempre, porque ela é filha de uns amigos dos meus pais. E ela é das pessoas que me conhece melhor, temos há muitos anos uma relação de amizade inabalável. Talvez por ela conhecer o meu estado de espírito dos últimos tempos e por saber o que se passa na minha cabeça no que toca às mudanças que espero em 2015, a mensagem que ela me mandou foi provavelmente das coisas mais bonitas que já me escreveram na vida. Não vou partilhar aqui o conteúdo, é uma cena só nossa, mas posso dizer que a amizade é dos sentimentos mais bonitos do mundo e que sou de facto grato pelas pessoas especiais que me rodeiam!
Porque é costume dizer-se que a amizade é amor sem sexo, então eu posso dizer que amo aquela miúda, pá! Das pessoas mais "desbocadas" que conheço, mas com um coração do tamanho do mundo. Genuína, nas palavras e nas acções. Com uma sensibilidade fora do vulgar (ela sabe do que eu estou a falar). Refilona, mas facilmente é desarmada com um sorriso e um olhar cúmplice. E ela sabe que, não sendo da família, é como se fosse. E é das pessoas que quero sempre na minha vida, no matter what. A amizade não se esgota no tempo nem se perde na distância. A amizade alimenta-se de um gostar genuíno, de reciprocidade nas acções, de críticas construtivas, de conversas parvas e sem nexo, de situações memoráveis, no "estar lá" nos bons e maus momentos. É com estes ingredientes que alimentamos esta amizade tão cúmplice, há mais de duas décadas.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Suspiro do Mês #16
Para começar o ano em beleza, o Suspiro de Janeiro tinha que ser a condizer. Esta mulher dispensa apresentações e é para mim uma das mulheres mais bonitas do mundo!
Charlize Theron
Post agendado
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